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Mostrando postagens de 2022

Fim de Fiesta

Esses dias a Ford anunciou o fim da produção do Fiesta na Europa, dando fim ao carrinho que prestou bons serviços a incontáveis famílias desde seu lançamento nos anos 70. No Brasil tivemos quatro gerações. A primeira, conhecida como “espanhol” devido a ser importado da Espanha, teve vida curta e serviu mais para tapar uma lacuna na oferta de veículos pequenos da Ford com o fim do Escort e da Autolatina em meados dos anos 90. A segunda, que era um face lift da anterior, teve vida longa. Chegou junto com o Ford Ka e oferecia os motores Endura 1.0, 1.3 e Zetec 1.4 16v, que o tornava um esportivo de alto gabarito – e com fama de não permitir retífica pelo bloco ser de alumínio. Ficou conhecido como tristonho, pela dianteira que parecia uma cara triste. Depois foi remodelada e o carro passou a ser conhecido como “gatinho”, devido ao formato dos faróis. Neste momento ele ganhou os motores 1.0 e 1.6 Zetec, muito mais potentes e agradáveis que os Endura. Houve uma versão Sport, somente em

O caminho é uma Strada

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Em 2021, o Brasil foi disparado o melhor mercado em vendas para a marca Fiat: 431.018 unidades vendidas, mais de 50% à frente do segundo melhor mercado que é a Itália, com 269.331 unidades. A partir dali as vendas despencam: pouco mais de 120k na Turquia, 95k na Alemanha, 55k na França. Seria de se esperar então que a Fiat se dedicasse sobremaneira ao mercado brasileiro, oferecendo aqui produtos de alto nível, equiparados aos da Europa, atuando em todos os segmentos com um portfólio amplo, robusto e inovador. Sabemos que não. O único produto de classe mundial vendido pela Fiat no Brasil é a Toro, um merecido sucesso de vendas. O resto do portfólio é dureza. Tem aquele Mobi horroroso, feio, mal ajambrado. Tem o Argo e o Cronos que, se não estão amplamente defasados em relação à concorrêmcia, também estão longe de representar a vanguarda tecnológica. Chegando agora, ainda não disponíveis em 2021, estão o Pulse, que é o Argo Adventure, tamanha a semelhança com o hatch, e o estranhíssi

Quantos carros você precisa para ser feliz?

FlatOut lançou uma provocação interessante : quantos carros você precisa para ser feliz? Achamos que todos os entusiastas já divagaram em questões assim: “escolha 10 carros, ou um carro”, por aí vai, e monte a garagem dos seus sonhos. E não deixa de ser engraçado o comentário do Badolato, colecionador, dizendo que o mínimo é o máximo que você conseguir. Com mais de 300 carros, dá pra entender o lado dele. Mas aqui achamos exagero. Carro parado, que não pode ser usado por falta de tempo, é peça para museu. Nada contra, pelo contrário, essa atitude permite que hoje a gente consiga ver de perto carros raros, interessantes e lendários. Porém não temos essa disposição de ter o mesmo modelo de carro em várias cores – um exemplar já é suficiente. Aliás, o que mais nos encanta no mundo automotivo é a diversidade massiva de opções. E por isso nossa reação desolada a esse mundo de caros iguais e isolados que temos à venda hoje. Assim, caso ganhássemos na Mega Sena acumulada, buscaríamos

Causos e obrigado

Primeiramente queremos agradecer os comentários e incentivos à continuidade do blog, eles têm ajudado a não abandonarmos dado nossa falta de interesse total nos carros atuais e sua mesmice sem fim. Então faremos um post de breves comentários sobre situações recentes.   - A Mitsubishi está veiculando uma nova e curiosa propaganda da L200. Primeiro que em nenhum momento a picape aparece na lama, só na cidade – o que chama especialmente a atenção vindo da Mit, que se vangloria do passado vencedor do Dakar e da capacidade off-road de seus veículos. Porém chama ainda mais a atenção a argumentação de inveja que é usada no vídeo, com famílias embarcando na L200 e outras famílias ficando de fora com inveja. Sério mesmo? 2022 e o melhor que esse spublicitários inúteis têm a pensar é em “keeping up with the Joneses”? O consumismo nu e cru? Ficamos emputecidos em perceber como tem gente incompetente ganhando dinheiro fácil.   - Interessante o Polo lançado hoje. Em termos de design somente

Economia é a mãe da porcaria

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O Luis Alberto Veiga, ex-designer da Chrysler e VW, está publicando em seu Instagram imagens históricas de seu trabalho (vale a pena conferir). Hoje ele publicou uma imagem da SpaceFox com a legenda: “Logo após a aprovação do Fox atacamos possíveis derivados. O mais adequado seria um SW. Como o Fox era um carro alto, a space ficou com cara de van compacta (...). Os financeiros queriam que a gente usasse a porta traseira “carry over”, igual do Fox, mas a caída do teto ficou muito pronunciada e o Dr. Demel, nosso presidente da época, pagou a porta nova. O modelo ficou muito bonito”. Imediatamente pensamos no SUV fastback que a Fiat acaba de anunciar. As fotos disfarçam um pouco, mas aparentemente usaram a porta traseira do Cronos numa tentativa de reduzir custo e... ficou horrível. Tentaram ajustar ali na coluna C, mas notem como ela destoa da fluidez restante do carro. Não é de foder que quando a empresa vai lançar um carro cujo apelo principal é o design, vão os filhos da puta do

É dureza

Tem coisas que a gente queria desouvir. Escutando um podcast com dois “jornalistas automotivos” entrevistando a pessoa responsável por Comunicação e Relações Governamentais na Mercedes. Primeiro, a dificuldade que é ouvir o caminho sem graça que o setor está trilhando. Segundo a executiva, vamos ver cada vez mais eletrificação, compartilhamento, autonomia e conectividade, num acrônimo em inglês que a Mercedes chamou de CASE. Mas dureza mesmo é ter que aguentar “jornalista especializado” defendendo downsizing e falando que discutiu com um amigo que comprou um Porsche Boxter e que dizia ser melhor que o atual por ter motor de 6 cilindros contra 4 do atual. E o energúmeno vindo com argumentos de desempenho melhor, economia, e que... O BARULHO DO MOTOR SÓ DEPENDE DO ESCAPAMENTO. Claro. Se ele começa a defender essas posições ortodoxas, cortam o jabá dele. E aí acabou Mercedinha emprestada uma semana pra pagar de gatinho, acabou Nissan Frontier emprestada pra ajudar na mudança, acab

Teste: Volkswagen Nivus Highline 200 TSI

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A última vez que aconteceu algo parecido conosco foi em 2007, quando a Fiat lançou o Punto. Era um daqueles carros que fazia você clicar nas fotos, ampliar, olhar várias vezes, mandar pros amigos. Carro bonito mesmo, e acessível, não é todo dia que aparece. Estamos acostumados a ver supercarros lindíssimos (olá Ferrari Roma), mas um assim que meio que dá pra comprar? Normalmente são esses desenhos genéricos que, se não são feios, também não dizem muita coisa. O Nivus não. Este veio bonito desde o berço, com suas belas proporções de balanços dianteiro e traseiro, grade, lanternas traseiras, o vidro fortemente inclinado. Ajudado pelo porte pequeno e entre-eixos de Polo, ele não parece aqueles SUV cupê da BMW e Mercedes que são uma tremenda forçada de barra. Ele é bonito mesmo. E carro bonito vende. Quando dizemos que só gente nó cega que odeia carros trabalha em montadora, é disso que nos referimos. Custa deixar os carros bonitos? Como que a mesma VW que faz um Nivus comete aquela co

Pedido aos que gostam MESMO de carros

Vira e mexe, num grupo de discussão sobre carros no qual participo, aparece alguém publicando uma foto ou víde de algum carro ultra-rebaixado, daqueles que o dono corta todo e refaz a caixa de roda pra andar socadão no chão. Até um vídeo de um Golf nos EUA que o cara tem que tirar a roda pra abastecer apareceu. Aí os comentários são de raiva, ódio, acham aquilo um absurdo, os caras matam os carros e travam as ruas. Bom, a gente não tem raiva disso não. Achamos legal? Não. Faríamos com um carro? Não. Mas vamos lá. Primeiro que nunca vimos fazerem isso com um carro mais valioso ou exclusivo. É sempre Gol, Saveiro, Golf, Astra, tudo carro que foi produzido em milhões de unidades. Segundo que o cara tá dando emprego pra funileiro, pintor, mecânico. Terceiro que nunca fomos atrapalhados no trânsito por carros assim, talvez por estarmos em São Paulo e se um cara desses trava o trânsito já perde os dois espelhos pros motoqueiros e fica surdo de tanta buzinada. Sabe o que achamos o fim d

Not dead yet

  Sei lá quantos meses sem postar.   Esses dias um amigo apareceu com uma Mercedes GLC 350 (acho que era isso) para fazermos uma viagem e ofereceu para que eu dirigisse. Eu recusei. Isso vindo de uma pessoa que voluntariamente dedivaca tempo no final de semana para ir até concessionárias aguentar papo furado de vendedor somente para conseguir fazer um test drive. Então o que aconteceu?   Acho que a maior desilusão é que os carros ficaram todos iguais. Com raras exceções, o carro que você vai comprar hoje é tração dianteira, 4 cilindros downsized com turbo, automático, com McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Então achar diferenças emtre eles começa a ficar bizarro, um tem air bag de cortina, o outro tem controle de cruzeiro adaptativo, a diferença fica nos detalhes.   E pouco importa, porque você não vai conseguir comprar. Primeiro pelos valores absurdos, estamos falando de altas ao redor de 40% em dois ou três anos, acima de qualquer inflação ou variação ca

Demora

Desculpa gente. Tá chato falar de carro.  Tudo caro pra caralho, tudo sem graça, os carros todos iguais. De 911 pra baixo é tudo 4 cilindros, turbo, tração dianteira, automático. Paga-se um dinheiro absurdo para comprar uma geladeira, um eletrodoméstico.

Feliz 2022

 O Camargo agora custa 490 mil reais. Reajuste de NOVENTA E TRÊS MIL, o preço anterior era de 397 mil. Normalmente agora eu faria uma comparação com o dólar e a inflação para provar como é descabido esse aumento. Fodas, não vou fazer. As fabricantes que enfiem esses carros todos no cu até explodir. E Feliz Ano Novo pra quem precisa trabalhar e não tá rico como os executivos desses caras.