Opinião: Novo Cruze e Novo Fiesta

Continuam as provações do Cruze. A novidade é o Park Assist, que na GM tem outro nome. Os caras pintaram os vidros dos carros com Suvinil e botaram os cobaias para estacionar, obviamente não conseguiram na Mercedes e o Cruze usou o sistema para estacionar sozinho. Porque EVIDENTEMENTE estacionar sua Mercedes numa rua totalmente escura é algo que se faz todos os dias. Esquecer que o Focus traz esse item desde 2013 também é bastante conveniente.

Vimos o vídeo pela página da Chevrolet no Facebook e chamou nossa atenção a quantidade de comentários negativos que esse vídeo recebeu. Seguramente, mais de 90%, divididos entre "Chevrolet nunca será Mercedes" e "não vendam tecnologia obsoleta como se fosse de outro mundo". Fica cada vez mais claro: quem realmente se interessa por carros não cai nessas armadilhas e sabe diferenciar o joio do trigo. E também fica cada vez mais claro que quem se interessa por carro é uma parcela ínfima da sociedade. Como cansou de acontecer conosco: "qual carro você recomenda?" "X". "Ah, comprei o Y, é que veio com tapetes".

Quem ajudou o Cruze essa semana foi, surpreendentemente, a Ford. Ao pedir SETENTA E DOIS mil reais pelo Fiesta EcoBoost, o Cruze parece até acessível. Todas as montadoras estão trocando volume por margem e precificando seus carros lá nas alturas. A alta nas vendas de usados é a maior prova disso. Nossa sorte é que não somos um país pequeno, pois se fôssemos já teríamos nos tornado local de venda de carros usados importados, como vemos na Bolívia por exemplo.

É evidente que o Fiesta não vale essa grana. Acabamento de plástico, display digital dos anos 90, espaço interno de bicicleta, desenho já com anos de mercado. É um excelente carro, talvez o melhor "compacto premium" à venda no Brasil (excetuando-se os equipados com o Powershift, que são a encarnação do demônio em forma de câmbio) mas pode muito bem ficar na faixa dos 50 mil. Com mais dez mil reais leva-se para casa um Jetta 1.4, talvez até um Golf. Muito auê por um motor que é bom, mas não se justifica pelo custo diante do 1.6. É engraçado, um motor que vai economizar se muito 50 reais por mês em combustível custa 5 mil a mais, leva trocentos anos pra se justificar.

E fica aqui nosso reconhecimento aos que conseguiram comprar Golfs alemães, especialmente os primeiros importados. Vocês aproveitaram talvez o último "negocio da China" em termos de compra de carro 0km no Brasil por um bom tempo. 

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