Teste: BMW 320i ActiveFlex GP
Você pode ter uma BMW. Já parou pra pensar
nisso?
Quem diria? Os com alguma idade lembram inclusive
do frisson causado quando as primeiras 325i chegaram no Brasil em 1993, algumas
já estão até com status de “clássicos”, pelo menos as que sobreviveram à
manolização...
E desde enão ter uma BMW do Brasil oscilava
entre o impossível e o muito impossível, e é fácil notar isso pela raridade dos
modelos subsequentes nas ruas. E isso porque estamos falando da série 3, sem
mencionar as outras mais caras.
Aí acontece que o brasileiro em geral fica
mais rico, melhora o poder aquisitivo, melhora o poder de compra, o mercado é
grande e significativo, e apesar do esforço ininterrupto do governo em tornar a
vida do brasileiro um inferno, mesmo contando os impostos hoje dá pra levar uma
série 3 para casa por R$ 130 mil.
Ah, mas é muita grana! É mesmo, esse valor
compra uma casa na maioria do Brasil. Não estamos dizendo que vai vender mais
que Gol. Estamos dizendo que pessoas com alto poder aquisitivo, porém não
ricas, hoje em dia têm acesso a um carro que antes era bem mais caro. Aliás é
uma turma que ganhou um acrônimo pelos estudiosos norte-americanos de consumo,
são os HENRYs (High Earners, Not Rich Yet, ou seja, ganham bem, mas ainda não
são ricos).
Configurar um 320i parecido em equipamentos
no site da BMW norte-americana resulta em 38.300 dólares, que ao câmbio de 3,05
resulta em 116.815 reais, não muito distante do preço brasileiro. A BMW baixou
a ganância, o brasileiro melhorou a renda, e hoje temos este feliz encontro. Se
o governo baixasse os impostos o encontro seria ainda mais feliz, mas aí é difícil.
Essa grana leva para casa um carro símbolo
da marca. Não símbolo como os que aspiram os desejos e modernidades, mas sim o
carro mais representativo da BMW, o mais vendido no mundo todo, o carro que vem
à mente quando se pensa em BMW e prazer ao dirigir. Favor não pensar na M3 que
aí começa a babar no teclado.
A série 3 começou a vida quase como um sedã
compacto, e foi crescendo geração após geração, para um porte hoje pouco maior
que os sedãs médios que estamos acostumados, e menor que os sedãs grandes como
Fusion e Altima. São 4,62 metros de comprimento e um entreeixos magnífico de mais
de 2,81m. Aliás da mesma forma que criticam os carros de tração traseira pelo
espaço perdido por causa do eixo de transmissão, também deveriam elogiá-los por
permitir que as rodas dianteiras fiquem lá na frente e com isso seja possível
otimizar o espaço na cabine como um todo.
O desenho é típico BMW, e aqui no M4R
acompanhamos toda a saga do Chris Bangle estragando os desenhos das BMWs. Na
série 3 ele até que foi comedido, mas de toda forma estamos felizes dos modelos
voltarem ao seu desenho mais tradicional. Esta geração em particular não é das
mais bonitas devido à altura abrupta do capô, medida que ajuda os pedestres, mas
prejudica o design. Tem pessoas que criticam os faróis dianteiros serem ligados
à grade, para nós não incomoda. Gostamos bastante da traseira e da lateral,
ajudada pelo estilo típico BMW de ter a roda dianteira lá na frente, para um
balanço mínimo e ótimo esterço. Também é presente a tal “curva Hofmeister”, que
é o desenho da porta traseira próximo à coluna C, característica BMW copiada
por outras marcas.
Entrar no carro, e não há outra maneira
de dizer isso, foi uma grande decepção. Aliás decepção talvez não seja a
palavra certa, pois afinal já sabíamos o que íamos encontrar, mas ainda assim
existe uma certa brochada. O problema é a abordagem Bauhaus, de “a forma segue
a função”. Então você tem um painel de instrumentos completamente sem graça, um
console central igualmente sem graça, nada ali que chame a atenção pelo design
ou que pareça ter uma ousadia. Um caso típico do “fazemos assim há vinte anos e
não vamos mexer”. Basta entrar num Audi para entender como um interior pode ser
funcional, elegante e moderno ao mesmo tempo. São coisas simples, como por
exemplo o velocímetro com escala maior até 60 e depois 100 km/h, que são afinal
as faixas mais utilizadas, e que o Grupo VW faz com maestria. Ou os ponteiros
voltados totalmente para baixo em repouso, como em alguns Audis e Mercedes.
Não na BMW. O velocímetro é graduado até
260 km/h em escalas absolutamente iguais, como já era na BMW 325i de vinte anos
atrás. O conta-giros segue a mesma filosofia. Marcador de combustível e de
temperatura, idem. A novidade está no fato de que ao invés de ter uma tela no
cluster dedicada a itens do computador de bordo por exemplo, esta tela fica ao
redor dos instrumentos, o que resulta num painel limpo, mas que perde em
legibilidade – pois as informações aparecem à direita do conta-giros, outras à
esquerda, e o motorista precisa se acostumar.
O console central é a mesma coisa. Comandos
do ar-condicionado com um display da década de 90, encimados pelo rádio, depois
as saídas de ar e aí a tela no topo do painel. Não entendemos a dificuldade de
embutir a tela no console, como fazem as empresas de menor prestígio, e colocar
comandos redundantes tanto na tela touch quanto pelo comando no console próximo
ao freio de mão. Os puristas como nós preferem os comandos mecânicos no
console, pois além de maior confiança pelo fato de ter um acionamento mecânico
da coisa, impede a tela de ficar toda suja de dedos e aí você precisa andar com
uma flanela pra manter a parada limpa. Só que a geração que vem aí já é toda
“touch screen” e vai sentir falta dessa facilidade.
Agora a execução disso tudo é com aquela
excelência que só vemos mesmo nos carros das marcas mais caras. Os materiais
são macios ao toque e combinam texturas e formas diferentes de maneira muito
elegante. Os detalhes em alumínio no painel e nos puxadores são de ótimo gosto.
O couro no volante é algo espetacular, dá vontade de arrancar e colocar no
travesseiro. O dos bancos também é de alto nível. E, claro, todos os
acionamentos de alavancas e botões vêm com a firmeza na medida certa, passando
uma impressão de alta robustez.
Então até aí temos prós e contras como em
qualquer carro. A mágica da BMW começa a agir quando você senta no banco do
motorista.
E aí vamos pedir desculpas desde já pois o
assunto vai ficar bem “entusiasta”. Como imaginamos que pessoas que consideram
os carros meros meios de transporte não acessem o M4R, então estamos bem
acompanhados.
A posição de dirigir da BMW 320i é uma
posição de pilotagem. Vamos imaginar a seguinte escala: a posição de pilotagem
de um carro de corrida vale 10, e a de uma Kombi vale 1. A maioria dos carros
tem posição de dirigir ao redor de 5. A da BMW é 8.
Normalmente, os carros que dirigimos têm
tração dianteira e motor transversal dianteiro à frente do eixo numa carroceria
relativamente compacta. Isto necessariamente coloca os pedais numa posição
muito próxima do volante. Nenhum problema para os mais baixinhos, mas para quem
passa de 1,80 já fica necessário colocar o banco bem para trás e a regulagem de
profundidade do volante no máximo para longe do painel, de forma a ter um pouco
a posição ideal de pernas levemente flexionadas e volante mais próximo ao
peito. Se o carro é manual, a montadora pode colocar um pedal de embreagem de
curso longo e matar a posição de guiar, pois aí o motorista precisa ficar mais
perto do volante para apertar a embreagem até o final do curso e a posição de
dirigir fica toda bagunçada, com pedais de acelerador e freio muito mais "pra cima" do que o ideal.
A BMW aplica tração traseira a um motor
longitudinal, e joga o eixo dianteiro lá na frente como vimos. Em termos de
posição de dirigir, o incômodo fica pelo largo console, que poderia jogar os
pedais mais à esqueda do que o ideal. Isto não acontece na BMW, mas quem gosta
de apoiar a perna direita no console central notará uma posição diferente.
Agora, a vantagem reside no fato de que os pedais podem ficar lá no fundo. Aí é
só posicionar o banco mais para frente, puxar o volante, e pronto, estamos num
verdadeiro cockpit que ainda tem a vantagem adicional de liberar mais espaço
para as pernas de quem vai atrás.
Se você é dos que se liga em automóveis,
dirigibilidade, e faz parte da turma com mais de 1,80, recomendo fortemente que
entre numa BMW para entender o que estamos falando. A posição de dirigir é simplesmente sensacional
e diferente do que estamos acostumados, justamente pela filosofia de motor
longitudinal e tração traseira.
Tem outros fatores, claro. A pega do
volante é excelente, tanto pela qualidade do couro quanto pelo diâmetro e
espessura. O formato do banco é ótimo, como já esperamos de carros alemães. E o
feeling dos pedais também está na medida certa, sendo que o acelerador é
pivotado no chão.
O espaço interno é surpreendentemente bom,
especialmente considerando que os projetos mais novos estão com uma largura de
colunas e portas excessiva por motivos de segurança. Na 320i dois adultos vão com conforto atrás, embora
o quinto ocupante fique prejudicado mais pela conformação do banco traseiro,
pensado para duas pessoas, do que propriamente pelo espaço. Entrar e sair do
carro é fácil, valendo a ressalva que a BM é relativamente baixa. O porta-malas
leva 480 litros, excelente, e as dobradiças pescoço de ganso têm espaço
reservado.
A lista de equipamentos é um tanto
polêmica, pois apesar de completa não traz itens disponíveis em carros mais
baratos. Temos seis airbags, controle de estabilidade e tração, xenônio, sensor
de chuva (mas não de luminosidade), sensor de estacionamento somente na
traseira, ar bizona, banco elétrico do motorista, som com Bluetooth e USB, e
start-stop. Existem três versões, a sem nome, a GP e a Sport GP, sendo que a
que testamos foi a intermediária. Além do pacote listado acima essa versão traz
GPS e “pacote de conectividade” com aqueles lances de aplicativo relacionado ao
carro para ter no celular e que honestamente não entendemos a utilidade. Existe
ainda o ajuste das reações da suspensão e câmbio em quatro estágios: eco,
comfort, sport e sport+, que desliga o controle de tração e estabilidade.
Deixamos no comfort e achamos ótimo, dá pra colocar no sport para respostas
mais rápidas, se bem que nem precisa. O pessoal que faz esses ajustes precisa
entender que se é pra mudar em 0,0001 o comportamento do carro, nem precisa;
agora, se puder mudar de suspensão de Landau para os dias de passeio para
suspensão de Lotus Elise para os momentos de acelerar, aí sim começamos a ver
vantagem. Do jeito que está é mais para contar pros amigos do que qualquer outra
coisa. E a nossa tinha teto solar, opcional à parte.
Quem comparar a lista de equipamentos com a
de um Fusion percebe claramente a diferença entre um carro muito bem equipado
de uma marca generalista e um menos equipado de uma premium.
O motor é um 2.0 turbo de 184 cv a 5 mil
rpm e 27,5 m.kgf de torque a 1.250 rpm. Claro que temos saudades das BMWs com o
seis cilindros em linha aspirado, mas é inútil: o motor turbo é menor, menos
poluente, mais econômico, e melhor em performance. É como comparar um Jetta MkV
com o MkVI turbo: o anterior tinha o ronco sensacional e o carisma do cinco
cilindros, mas toma um espanco fora do contexto do novo tanto em desempenho
quanto em consumo.
Tem isso do motor ser flex. A nosso ver, a
principal vantagem de usar etanol está no fato de que isso desliga o start
stop, que é totalmente irritante. Ah, e também deixa o dono mais tranquilo
nesta época de percentuais muito ousados de etanol na gasolina, afinal para um
carro flex pouco importa. Fosse nosso e provavelmente usaríamos sempre gasolina
aditivada.
Acoplado ao motor está uma caixa de câmbio
automática ZF de oito marchas. O funcionamento dela em D, na condução calma, é
irrepreensível. Está sempre em marcha alta, para economia, e um leve toque do
pé direito leva a reduções de mais de uma marcha se necessário, para pronto
desempenho. Já as trocas manuais (tanto pela alavanca quanto por aletas atrás
do volante) foram um tanto decepcionantes, pois existe um lag entre o comando e
a resposta. A verdade é que a programação dessa caixa ZF, independente do carro
no qual ela está, foi feita para ficar em D o tempo todo. Até porque são muitas
marchas e isso confunde o motorista, pois a relação entre velocidade e marcha
fica alterada. Por exemplo, a 50 km/h é comum estarmos em quarta em carros com
câmbios de cinco marchas, mas o ZF já mete uma sexta.
A vantagem desta caixa sobre os câmbios de
dupla embreagem é o funcionamento em situações de deslizamento de embreagem ou
ação do conversor de torque, como ao “quase parar” e retomar velocidade. O
dupla embreagem se atrapalha neste momento, enquanto que o convencional chama
giro do motor pelo conversor e vai embora. Por sua vez, o imediatismo nas
trocas do dupla embreagem ainda não tem rival. Acelerar um Audi A3 1.8T forte e
trocar as marchas leva até a um certo “tranco”, bem esportivo, mas no ZF não.
E já que estamos nesse assunto vamos falar
do único item que honestamente pode levar à desistência da compra desse carro.
A PORRA DA ALAVANCA DE CÂMBIO QUE NÃO MEXE.
É o seguinte: a alavanca é super pequena e
tem três posições: R, N e D, podendo ser deslocada para a esquerda para as
trocas manuais, ascendente para trás no que ficou justamente conhecido por
“padrão BMW”. O P é um botão no topo.
Lembra que dissemos acima de como é bom ter
um acionamento mecânico de botões para ter certeza que um comando entrou? Então
pra quê tirar isso da alavanca? Você coloca em D e não sabe se foi, tem que
esperar aparecer a indicação no painel. Aí você quer colocar em ré rapidamente
e fica em N. Aí quer colocar em D de novo. E tudo isso dando toques idiotas na
alavanca como se fosse um controle de Playstation. Justo a BMW, que é tão
conservadora em tantas coisas, resolveu fazer uma idiotice dessas com algo tão
crítico para a condução de um carro. Vai ver é uma revolta secreta contra os
câmbios automáticos. A verdade é que uma alavanca normal ali seria mil vezes
melhor.
Bom, depois de 40 minutos para certificar
que estava em D, fomos andar com o carro. E a melhor surpresa foi o elevado
nível de conforto. A programação comfort, aliada aos pneus altos corretamente
escolhidos pela BMW (225/50 R17), deixa a condução da 320i muito agradável
mesmo em pisos degradados. Não que seja um tanque de guerra, mas foi muito bem
e não raspou a frente nem em valetas agressivas – pelas quais passamos com o
devido cuidado -, mérito do pequeno balanço dianteiro.
Claro que o desempenho é cavalar também.
Estamos falando de um carro que cumpre o 0 a 100 km/h em sete segundos e tem
máxima limitada a 235 km/h. Não tem nada de esportivo por fora e anda quase
como um Golf GTI. O estilo é típico de motor turbo, uma faixa muito estreita de
lag, compensada pelo câmbio, e logo vem aquela porrada de torque para nossa
alegria. Anda muito, em qualquer situação, e traciona igualmente bem.
A vantagem da tração traseira aparece no
comportamento muito neutro em curvas, e na percepção clara que existe menos
peso na frente e, com isso, mais precisão direcional. Agora, estamos falando de
condução bem no limite; no dia-a-dia é suave e tranquilo, com pouca diferença perceptível para um tração dianteira bem executado. Fica a consciência
limpa do entusiasta ao saber que as rodas corretas estão tracionando.
A suspensão vem com McPherson na frente e
multilink atrás, para uma calibração um tiquinho de nada no lado firme. É um
carro muito plantado no chão, com absoluta segurança em todas as movimentações
e direções, e ainda assim tranquilo de usar na cidade como falamos. Fazia tempo
que não víamos tamanha excelência de calibração, talvez só no Focus.
Os freios são a disco ventilado nas quatro
rodas e têm ótima atuação e mordida do pedal.
Ah, por fim tem um fator importante a
considerar: toda vez que o motorista olhar para o centro do volante, lá ele
encontrará o logo da BMW. Pra uns, tanto faz como tanto fez. Para nós do M4R, a
BMW é uma das poucas fabricantes com um certo senso de propósito. “Sheer
Driving Pleasure”, ou seja, "Puro Prazer de Dirigir" como ficou o slogan em
português. Os caras têm carros antológicos na sua história. Insistem na tração
traseira quando outras grandes já abriram mão. Fizeram um esportivo híbrido tão
bom que até o Jeremy Clarkson aprovou. Tem horas que isso vira teimosia, como
no cluster sem graça, mas tem horas que uma marca com um certo significado por
trás faz diferença.
Se vale a pena? Depende. Óbvio que a
discussão preço x equipamentos é vencida pelo Fusion, que inclusive também é
muito bom de dirigir. A mesma performance é possível de obter com um Jetta TSI,
bem mais barato. A mesma performance com status tem na Audi com A3 e A4.
Mas só a 320 é tração traseira.
Entendedores entenderão.
Estilo
8 – Aquele ressalto no capô ficou estranho. E a frente poderia ser melhor. Mas
não é feio e é típico BMW.
Imagem
– É mais masculino, e também não exatamente jovem.
Acabamento
10 – Padrão de carro top alemão, aqui não se discute.
Posição
de dirigir 12 – Absolutamente fantástico, demos nota 12.
Instrumentos
6 – Painel sem graça. Completo, tem display digital, mas faltou um toque
italiano.
Itens
de conveniência 8 – Não é o forte, mas não deixa faltar nada crítico também.
Espaço
interno 9 – Nestas épocas de carros grandes e apertados por dentro, é muito bem
distribuído.
Porta-malas
9 – Bom tamanho, dobradiças cobertas.
Motor
8 – É um 2.0 turbo alinhado com o que se oferece no mercado, e não se deixe
enganar pelo “baixo” número de cavalos. Cavalos alemães andam mais.
Desempenho
10 – Anda muito! Pra achar algo na rua que ande junto demanda certo esforço.
Câmbio 7 – Esse ZF não nos engana. É excelente em D, mas todo o resto deixa a desejar.
Freios
9 – Disco ventilado nas quatro, que aqui o desempenho é bom.
Suspensão
10 – Impressionante o acerto de calibração da BMW, mostrando como se pode
alinhar conceitos modernos e boa calibração para ótimos resultados.
Estabilidade
9 – O limite do motorista chega muito antes.
Segurança
passiva 10 – Tem os airbags de praxe, mais toda a modernidade de construção,
suporte para cadeirinhas e tudo mais.
Comentários
Muito mais carro que uma BMW.
Modo Ironic Off.
Posso pedir uma 320i Touring?
Vlw
Como disse no fim da materia "se vc gosta de dirigir , se não gosta o que esta fazendo aqui....