Consumo consciente
Há oito anos, o topo de linha da Fiat era o Marea. Na versão HLX, o carro vinha com teto solar, bancos em couro, transmissão automática de quatro velocidades, um motor de 21 m.kgf de torque e 160 cv, suspensão traseira independente por sistema de braço arrastado, ar-condicionado automático, ajuste de apoio lombar, além dos equipamentos de sempre. Naquela época, o topo de linha da Fiat na Itália também era o Marea.
Hoje, o topo de linha da Fiat é o Linea. Na versão Absolute, não há teto solar e o câmbio automático foi substituído por um automatizado. Os bancos são em couro, mas o motor é bem mais simples, gerando 132 cv e 18,6 m.kgf de torque. A suspensão traseira é convencional, por eixo de torção. Entre os equipamentos, evolução discreta: ar-condicionado igualmente automático, mas com mostrador digital, ajuste da profundidade do volante, computador de bordo, e sem ajuste lombar. O topo de linha da Fiat na Itália é o Croma.
A situação se repete na GM. Em 2001, o Vectra CD vinha com um motor 2.2 16v de 138 cv, revestimento interno em veludo ou couro, câmbio automático de quatro marchas, ar-condicionado digital, sistema de freios ABS com EBD, controle de tração e uma excelente suspensão traseira independente multibraço. Embora não fosse o topo de linha da Opel alemã, o Vectra era vendido lá tal qual aqui. O Elite brasileiro atual mantém o teto, o couro, a transmissão de quatro marchas, o ar digital, e adiciona air bag lateral, sensor de chuva, com um motor 2.0 de 8v com 140 cv, e uma suspensão simples e dura, de eixo de torção. O Vectra alemão mudou de plataforma e de nome, chama-se Insignia e é um forte concorrente no segmento dos sedãs grandes europeus, que inclui nomes como Mondeo e Passat.
Esta situação não se repete com a Ford, que evoluiu o médio Focus e, no segmento de topo, trocou o Mondeo pelo Fusion sem grandes perdas em equipamentos, e nem na VW, que sempre ofereceu a versão mais atualizada do Passat e, logo abaixo, substituiu o decadente Santana pelo ótimo Jetta.
Repare que mencionei carros de topo, que seriam os “flagships” das marcas no Brasil. São carros menos abalados pelo corte de custos que assola a categoria dos compactos. E, ainda assim, tiveram poucas evoluções em quase uma década, quando não retrocesso claro, gritante como no caso da suspensão de Linea e Vectra.
Comprar, hoje, em sã consciência, um Linea ou um Vectra (ou um Golf 4,5, ou uma Ranger, ou um 207, ou um Symbol, para citar representantes das outras marcas), é ajudar a perpetuar essa defasagem, é colaborar com o atraso de nossa indústria, é pagar caro por produtos velhos, ruins, defasados, que tiveram sua época dez ou quinze anos atrás, mas que já foram substituídos por carros mais modernos, mais seguros e mais econômicos.
Hoje, o topo de linha da Fiat é o Linea. Na versão Absolute, não há teto solar e o câmbio automático foi substituído por um automatizado. Os bancos são em couro, mas o motor é bem mais simples, gerando 132 cv e 18,6 m.kgf de torque. A suspensão traseira é convencional, por eixo de torção. Entre os equipamentos, evolução discreta: ar-condicionado igualmente automático, mas com mostrador digital, ajuste da profundidade do volante, computador de bordo, e sem ajuste lombar. O topo de linha da Fiat na Itália é o Croma.
A situação se repete na GM. Em 2001, o Vectra CD vinha com um motor 2.2 16v de 138 cv, revestimento interno em veludo ou couro, câmbio automático de quatro marchas, ar-condicionado digital, sistema de freios ABS com EBD, controle de tração e uma excelente suspensão traseira independente multibraço. Embora não fosse o topo de linha da Opel alemã, o Vectra era vendido lá tal qual aqui. O Elite brasileiro atual mantém o teto, o couro, a transmissão de quatro marchas, o ar digital, e adiciona air bag lateral, sensor de chuva, com um motor 2.0 de 8v com 140 cv, e uma suspensão simples e dura, de eixo de torção. O Vectra alemão mudou de plataforma e de nome, chama-se Insignia e é um forte concorrente no segmento dos sedãs grandes europeus, que inclui nomes como Mondeo e Passat.
Esta situação não se repete com a Ford, que evoluiu o médio Focus e, no segmento de topo, trocou o Mondeo pelo Fusion sem grandes perdas em equipamentos, e nem na VW, que sempre ofereceu a versão mais atualizada do Passat e, logo abaixo, substituiu o decadente Santana pelo ótimo Jetta.
Repare que mencionei carros de topo, que seriam os “flagships” das marcas no Brasil. São carros menos abalados pelo corte de custos que assola a categoria dos compactos. E, ainda assim, tiveram poucas evoluções em quase uma década, quando não retrocesso claro, gritante como no caso da suspensão de Linea e Vectra.
Comprar, hoje, em sã consciência, um Linea ou um Vectra (ou um Golf 4,5, ou uma Ranger, ou um 207, ou um Symbol, para citar representantes das outras marcas), é ajudar a perpetuar essa defasagem, é colaborar com o atraso de nossa indústria, é pagar caro por produtos velhos, ruins, defasados, que tiveram sua época dez ou quinze anos atrás, mas que já foram substituídos por carros mais modernos, mais seguros e mais econômicos.
Comentários
Como sempre, né!
rsrs
Abs