Pequeno dossiê Fiat
E a Fiat Powertrain technologies (não ficaria muito melhor em italiano? Tecnologie di motori, talvez?) comprou a fábrica da Tritec no Paraná, que produzia motores para PT Cruiser e Mini Cooper e estava parada há bons meses. A imprensa tem falado que é para produzir o motor 1.8 que atualmente vem da GM – e que a americana sofre para atender à demanda.
Qual o interesse da Fiat em produzir este motor 1.8? Ainda mais com o 1.9 16v entrando em linha no Linea (ai que trocadilho inteligente), com 130 cv e provavelmente funcionamento mais suave e “italiano” do que o 1.8. Pode ser útil que ela produza peças para os 1.8, tendo em vista o mercado de reposição, mas já passou da hora da Fiat eliminar esse motor de linha. Vamos torcer para que o 1.9 seja bom e honre a linha de excelentes motores Fiat multiválvulas, enquanto ao mesmo tempo mantém boa confiabilidade.
Agora, mui estranha esta história de Linea de 120 cv a 60 mil e o de 130 cv a 55 mil. E esta é a leitura que o consumidor fará, não tenha dúvidas. Linea recheado de equipamentos, e com entreeixos de Civic, a 55 mil é significativo, se pensarmos que o Vectra Expression sofreu depenações significativas para chegar a este preço, e isto usando um motor jurássico e uma plataforma idem.
Posicionar o Linea nesse segmento é arriscado. O Punto é um concorrente do Polo, o que leva a lógica a pensar que o Linea, derivado do Punto, seria o concorrente do Polo Sedan. Na verdade, ele será mais caro e maior, seguindo a estratégia usada na linha Brava e Marea há algum tempo – enquanto o Brava competia com Golf e Astra, o marea encarava Santana e Vectra, carros de outro segmento.
Tenho minhas dúvidas se funciona. Ele pode ficar no limbo, fugindo do alcance do Polo Sedan enquanto seu preço não permite uma competitividade com Civic e Corolla. Por outro lado, existe uma oportunidade para sedãs nesta faixa, hoje habitada por projetos defasados (Bora, Focus), ou mal-resolvidos (307 Sedan). Resta ver se a qualidade do produto permitirá o posicionamento nesta faixa.
Nesta estrutura, fica complicado encaixar o Bravo. Ele pode vir mais caro, na faixa de 60 mil – o Focus novo, que deve inaugurar a série de médios equivalentes aos europeus, deve atuar nesta faixa, o que serve bem para o Bravo. Isto, no entanto, “espreme” o Linea numa faixa intermediária e realmente o caracteriza como inferior aos futuros sedãs (o Focus Sedan deve vir na faixa dos 65 mil, para começo de conversa). É bom que a Fiat tenha o papel do Linea já bem definido e que saiba como o Bravo pode se encaixar neste portfólio sem mexer no status do Linea – um item caro para os compradores de sedãs – e ao mesmo tempo sendo competitivo em preço.
Qual o interesse da Fiat em produzir este motor 1.8? Ainda mais com o 1.9 16v entrando em linha no Linea (ai que trocadilho inteligente), com 130 cv e provavelmente funcionamento mais suave e “italiano” do que o 1.8. Pode ser útil que ela produza peças para os 1.8, tendo em vista o mercado de reposição, mas já passou da hora da Fiat eliminar esse motor de linha. Vamos torcer para que o 1.9 seja bom e honre a linha de excelentes motores Fiat multiválvulas, enquanto ao mesmo tempo mantém boa confiabilidade.
Agora, mui estranha esta história de Linea de 120 cv a 60 mil e o de 130 cv a 55 mil. E esta é a leitura que o consumidor fará, não tenha dúvidas. Linea recheado de equipamentos, e com entreeixos de Civic, a 55 mil é significativo, se pensarmos que o Vectra Expression sofreu depenações significativas para chegar a este preço, e isto usando um motor jurássico e uma plataforma idem.
Posicionar o Linea nesse segmento é arriscado. O Punto é um concorrente do Polo, o que leva a lógica a pensar que o Linea, derivado do Punto, seria o concorrente do Polo Sedan. Na verdade, ele será mais caro e maior, seguindo a estratégia usada na linha Brava e Marea há algum tempo – enquanto o Brava competia com Golf e Astra, o marea encarava Santana e Vectra, carros de outro segmento.
Tenho minhas dúvidas se funciona. Ele pode ficar no limbo, fugindo do alcance do Polo Sedan enquanto seu preço não permite uma competitividade com Civic e Corolla. Por outro lado, existe uma oportunidade para sedãs nesta faixa, hoje habitada por projetos defasados (Bora, Focus), ou mal-resolvidos (307 Sedan). Resta ver se a qualidade do produto permitirá o posicionamento nesta faixa.
Nesta estrutura, fica complicado encaixar o Bravo. Ele pode vir mais caro, na faixa de 60 mil – o Focus novo, que deve inaugurar a série de médios equivalentes aos europeus, deve atuar nesta faixa, o que serve bem para o Bravo. Isto, no entanto, “espreme” o Linea numa faixa intermediária e realmente o caracteriza como inferior aos futuros sedãs (o Focus Sedan deve vir na faixa dos 65 mil, para começo de conversa). É bom que a Fiat tenha o papel do Linea já bem definido e que saiba como o Bravo pode se encaixar neste portfólio sem mexer no status do Linea – um item caro para os compradores de sedãs – e ao mesmo tempo sendo competitivo em preço.
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