Novo Corolla
A Toyota apresentou o novo Corolla. Algumas impressões:
- O design exterior não tem nada de novo, é até meio pesadão. Parece um Camry em miniatura, o que não é um elogio ao pensarmos que o Camry é o carro da terceira idade por referência nos Estados Unidos. Traços conservadores, pesados, mescla um tano indefinida de retas e curvas. Mas tem um grande mérito: opõe-se radicalmente às linhas do Civic, arrojadas e modernas, e que podem fugir do gosto de uma faixa bastante ampla de compradores, em especial ao notarmos que são carros de luxo no Brasil. O Civic mira pessoas mais jovens e esportivas; o Corolla aposta nos conservadores.
- O conjunto mecânico permanece o mesmo, o que é ruim. Na geração anterior, o Corolla tinha um ótimo acerto de suspensão e era um carro bastante agradável de guiar. É provável que tenha continuado igual, mas agora a concorrência evoluiu. O Civic, que sempre teve uma suspensão traseira mais avançada, agora encontrou um ótimo equilíbrio entre conforto e estabilidade. O futuro Focus sedan, se seguir o acerto do atual, também terá um comportamento dinâmico superior.
- O interior parece ter melhorado bastante. Talvez não em encaixe das peças, que sempre foi um ponto forte do carro de qualquer maneira, tampouco na qualidade dos materiais utilizados, mas simplesmente no design. Está bem mais bonito e os comandos, bem distribuídos.
- Uma nota altamente positiva para a foto que mostra a versão SE-G, de topo, com o interior mesclando cor caramelo e madeira. Pessoalmente, não gosto, mas aprecio muito a Toyota fornecer essa liberdade de opção ao comprador em relação ao interior.
- Manter a potência do motor em 136 cv é conservador. Muito provavelmente as filiais brasileiras se prendem a esses valores devido a testes dinâmicos feitos internacionalmente e que “autorizaram” os carros a ter essa potência. No Brasil é feito um Civic bem mais potente, o Si, enquanto a Toyota oferece versões mais fortes do Corolla lá fora. Não custava soltar um pouco mais esses motores, que estão amarrados tanto em potência quanto em torque.
- Manter o mesmo câmbio automático é, a meu ver, o maior retrocesso da Toyota com o novo carro. O câmbio do Corolla está abaixo da média: não é suave, não oferece a possibilidade de trocas manuais, não tem opção esportiva, tem apenas quatro marchas. Está muito aquém do carro e do motor aos quais ele serve.
- Preços estão competitivos em relação ao Civic. O Civic pode, na prática, ser dividido em quatro categorias: LXS manual, LXS auto, EXS e o Si, que não tem concorrência na Toyota. Visto desta maneira, o LXS manual leva vantagem sobre o XLi manual, que no entanto é mais barato. LXS auto e XEi travarão o grosso da briga, enquando os compradores de EXS e SE-G precisam rever seriamente seus conceitos – na categoria entre 80 e 100 mil reais, só há um carro: Ford Fusion.
- Corolla vem significativamente melhor equipado que o Civic na maioria das versões, oferecendo air bags laterais e ar digital na versão XEi. Está se delineando uma briga entre o melhor conjunto mecânico (Civic) e o mais equipado (Corolla). Mesmo assim, está mais do que na hora desses carros adotarem mais opcionais e um acabamento mais caprichado.
- O design exterior não tem nada de novo, é até meio pesadão. Parece um Camry em miniatura, o que não é um elogio ao pensarmos que o Camry é o carro da terceira idade por referência nos Estados Unidos. Traços conservadores, pesados, mescla um tano indefinida de retas e curvas. Mas tem um grande mérito: opõe-se radicalmente às linhas do Civic, arrojadas e modernas, e que podem fugir do gosto de uma faixa bastante ampla de compradores, em especial ao notarmos que são carros de luxo no Brasil. O Civic mira pessoas mais jovens e esportivas; o Corolla aposta nos conservadores.
- O conjunto mecânico permanece o mesmo, o que é ruim. Na geração anterior, o Corolla tinha um ótimo acerto de suspensão e era um carro bastante agradável de guiar. É provável que tenha continuado igual, mas agora a concorrência evoluiu. O Civic, que sempre teve uma suspensão traseira mais avançada, agora encontrou um ótimo equilíbrio entre conforto e estabilidade. O futuro Focus sedan, se seguir o acerto do atual, também terá um comportamento dinâmico superior.
- O interior parece ter melhorado bastante. Talvez não em encaixe das peças, que sempre foi um ponto forte do carro de qualquer maneira, tampouco na qualidade dos materiais utilizados, mas simplesmente no design. Está bem mais bonito e os comandos, bem distribuídos.
- Uma nota altamente positiva para a foto que mostra a versão SE-G, de topo, com o interior mesclando cor caramelo e madeira. Pessoalmente, não gosto, mas aprecio muito a Toyota fornecer essa liberdade de opção ao comprador em relação ao interior.
- Manter a potência do motor em 136 cv é conservador. Muito provavelmente as filiais brasileiras se prendem a esses valores devido a testes dinâmicos feitos internacionalmente e que “autorizaram” os carros a ter essa potência. No Brasil é feito um Civic bem mais potente, o Si, enquanto a Toyota oferece versões mais fortes do Corolla lá fora. Não custava soltar um pouco mais esses motores, que estão amarrados tanto em potência quanto em torque.
- Manter o mesmo câmbio automático é, a meu ver, o maior retrocesso da Toyota com o novo carro. O câmbio do Corolla está abaixo da média: não é suave, não oferece a possibilidade de trocas manuais, não tem opção esportiva, tem apenas quatro marchas. Está muito aquém do carro e do motor aos quais ele serve.
- Preços estão competitivos em relação ao Civic. O Civic pode, na prática, ser dividido em quatro categorias: LXS manual, LXS auto, EXS e o Si, que não tem concorrência na Toyota. Visto desta maneira, o LXS manual leva vantagem sobre o XLi manual, que no entanto é mais barato. LXS auto e XEi travarão o grosso da briga, enquando os compradores de EXS e SE-G precisam rever seriamente seus conceitos – na categoria entre 80 e 100 mil reais, só há um carro: Ford Fusion.
- Corolla vem significativamente melhor equipado que o Civic na maioria das versões, oferecendo air bags laterais e ar digital na versão XEi. Está se delineando uma briga entre o melhor conjunto mecânico (Civic) e o mais equipado (Corolla). Mesmo assim, está mais do que na hora desses carros adotarem mais opcionais e um acabamento mais caprichado.
Comentários
No mesmo preço, eu prefiro o Jetta ao Fusion. Com o Jetta a 80 mil e o Fusion a 64, não em como não ficar com o Ford, que tem um espaço interno muito maior e alguns equipamentos ausentes do Jetta, como acendimento automático dos faróis, retrovisor interno fotocrômico e sensor de pressão dos pneus.