Alfa cars

A Alfa Romeo 8C competizione tem dado o que falar. Aparentemente. É o carro que fará a redenção da Alfa Romeo, uma marca altamente respeitável que adorna de igual para igual com Lancia e Maserati o impressionante portfólio Fiat de marcas automobilísticas – sim, a Ferrari está num degrau à parte.

No entanto, os executivos da Alfa sabem que sucesso mesmo, só dando certo nos EUA, onde não estão presentes desde 1995. E daí vem o choque cultural. Embora uma marca de prestígio, a Alfa precisa apresentar índices de vendas minimamente razoáveis, até porque, a rigor, o 8C é uma distorção na linha de produtos: a Alfa faz carros médios e médio-grandes, na linha dos 147, 156, 166, e não supercarros, território de Maserati e Ferrari. Então o 8C será, nos EUA, o “flagship”, que demonstra a capacidade da marca – mais ou menos como o Omega é para a GM no Brasil, e o Passat para a VW.

E como fazer um carro que agrade os americanos? A má fama da Fiat não é só aqui; lá, a sigla significa “Fix it again, Tony”, para os cínicos. Como adornar uma construção belíssima, como o 8C, com porta-copos, navegação OnStar, câmbio automático? Se até a Porsche – Cayenne – e a Ferrari – 456 e 612 – cederam aos apelos dos americanos endinherados, pelo visto a Alfa terá de bolar alguma solução elegante para agradá-los e, ao mesmo tempo, honrar o símbolo do cuore sportivo, coisa que não tem feito há algum tempo.

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