Dacia Logan
Recentemente, a Hyundai apresentou um carro conceito chamado Genesis. É a entrada da coreana no mercado de luxo, através de um interessante sedã com motor V8. Qualidades à parte, existe uma discussão sobre se não seria melhor a Hyundai lançar este carro, ou seja, entrar no segmento premium, com outra marca. O expediente não é novo: Cadillac na GM, Lincoln na Ford, Lexus na Toyota, Infiniti na Nissan, Acura na Honda...
O lançamento iminente do Renault Logan colocou a imprensa especializada em polvorosa, embora eu não sinta o mercado com grandes expectativas. O carro foi capa da 4R deste mês e até que o carro surpreendeu, pelo menos no conjunto motriz e no acabamento interno.
No entanto, algumas partes gritam “economia de custos”. Os retrovisores. Os vidros planos. Os faróis. As fechaduras separadas das portas.
É difícil dizer se o mercado está preparado para um carro que entrega essa economia logo de cara, e do lado de fora. Outros projetos voltados para a economia de custos, como o Celta, voltavam seus plásticos para dentro, deixando o exterior o mais aprazível possível. Essa tem sido uma receita de sucesso, como comprovam, além do Celta, o Fiesta, o Prisma e até o EcoSport – contanto que o carro seja bonito por fora, o interior vem depois.
A alusão à Hyundai no começo do texto serve para ilustrar o problema de posicionamento da Renault no mercado. Enquanto as quatro grandes, as japonesas e até as outras francesas têm batalhado pelos seus nichos, a Renault tentou generalizar e se seu mal. A imagem de especialista em minivan, ganha com a Scénic, se perdeu pela inapetência dos franceses em manterem seu produto atualizado. A entrada do Clio e do Clio Sedan no mercado não tirou o rótulo da Fiat como especialista em carros pequenos, e também não contribuiu para uma imagem de resistência, ou durabilidade, ou desempenho, ou tecnologia, ou acabamento, ou, ou, ou...
Quem pagou o preço foi o Mégane, um excelente produto penalizado pela falta de posicionamento na Renault – se bem que há que se culpar o Civic, de lançamento quase simultâneo.
Pensando nesta imagem, será que lançar o Logan não seria ainda mais danoso à marca? Mégane e Logan são totalmente diferentes na proposta e no preço, mas têm tamanho parecido. Será que a Renault é boa mesmo em sedãs médios e o Logan é um esforço isolado? Ou o Mégane é que é um esforço de classe numa especialista em carros baratos?
Ou ainda, tudo isso é uma bobagem, como a VW prova, vendendo Kombis e Passats? (Com o senão que o Phateon não decolou, e que eu pelo menos vejo a Kombi como um atentado à imagem da VW).
Corrijam-me se estiver enganado, mas eu acho que o Logan não será esse sucesso todo não. Tragam o Clio francês, por favor.
O lançamento iminente do Renault Logan colocou a imprensa especializada em polvorosa, embora eu não sinta o mercado com grandes expectativas. O carro foi capa da 4R deste mês e até que o carro surpreendeu, pelo menos no conjunto motriz e no acabamento interno.
No entanto, algumas partes gritam “economia de custos”. Os retrovisores. Os vidros planos. Os faróis. As fechaduras separadas das portas.
É difícil dizer se o mercado está preparado para um carro que entrega essa economia logo de cara, e do lado de fora. Outros projetos voltados para a economia de custos, como o Celta, voltavam seus plásticos para dentro, deixando o exterior o mais aprazível possível. Essa tem sido uma receita de sucesso, como comprovam, além do Celta, o Fiesta, o Prisma e até o EcoSport – contanto que o carro seja bonito por fora, o interior vem depois.
A alusão à Hyundai no começo do texto serve para ilustrar o problema de posicionamento da Renault no mercado. Enquanto as quatro grandes, as japonesas e até as outras francesas têm batalhado pelos seus nichos, a Renault tentou generalizar e se seu mal. A imagem de especialista em minivan, ganha com a Scénic, se perdeu pela inapetência dos franceses em manterem seu produto atualizado. A entrada do Clio e do Clio Sedan no mercado não tirou o rótulo da Fiat como especialista em carros pequenos, e também não contribuiu para uma imagem de resistência, ou durabilidade, ou desempenho, ou tecnologia, ou acabamento, ou, ou, ou...
Quem pagou o preço foi o Mégane, um excelente produto penalizado pela falta de posicionamento na Renault – se bem que há que se culpar o Civic, de lançamento quase simultâneo.
Pensando nesta imagem, será que lançar o Logan não seria ainda mais danoso à marca? Mégane e Logan são totalmente diferentes na proposta e no preço, mas têm tamanho parecido. Será que a Renault é boa mesmo em sedãs médios e o Logan é um esforço isolado? Ou o Mégane é que é um esforço de classe numa especialista em carros baratos?
Ou ainda, tudo isso é uma bobagem, como a VW prova, vendendo Kombis e Passats? (Com o senão que o Phateon não decolou, e que eu pelo menos vejo a Kombi como um atentado à imagem da VW).
Corrijam-me se estiver enganado, mas eu acho que o Logan não será esse sucesso todo não. Tragam o Clio francês, por favor.
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