Postagens

Mostrando postagens de julho, 2003
Citroën C3 1.6 16v E não é que o danado é bonito? Não parecia, pelas fotos. Eu posso ser suspeito, pois sou fã do 2CV que lhe inspirou o design. Não é um carro agressivo, mas sim um daqueles “eternamente felizes” como o Beetle. Tem um quê de retrô aliado com toques de modernidade, rodas bonitas e de tamanho adequado. E é pequeno: por fora, dá a impressão de ser menor que um Gol, embora o fato de ser novidadoso, além do símbolo da Citroën, garantam uma boa imagem. O test drive do C3 foi o percurso mais comprido que eu fiz em Campos do Jordão. Além disso, a permissividade (no bom sentido) da vendedora Marina permitiu manobras interessantes com o carrinho. A posição de dirigir é muito boa e não incomoda. O acabamento está no nível mais alto da categoria. É um passo nitidamente superior em relação ao Polo, por exemplo. Todo o painel é bem desenhado e atrativo. Eu não achei a visualização ruim, como muitos. Sua leitura não é clara como um bom painel analógico, mas pelo menos é muito me
Fiat Stilo 16v Confesso que me surpreendi. Desde que os primeiros carros começaram a rodar pela Europa, e suas fotos chegaram aqui, em julho de 2002, eu já criticava o design. A frente é agradável, embora não seja um primor. A traseira não é o lado que eu penso ser mais fraco. O que me incomoda mesmo é a lateral. Aquelas janelas quadradas, quase perpendiculares em relação ao solo, são minivan demais para o meu gosto. Já comentei aqui sobre os outros aspectos do carro. Espaço interno e modularidade brilhantes, lista de opcionais nunca antes vista, mas ainda não havia guiado um. Até Campos. Sentei-me ao volante de uma versão 16v (a Abarth não estava disponível) completa, à exceção do Sky Window e das rodas de 17 polegadas – que, inegável, dão um toque mais do que especial ao carro. E não é que o danado é bom de guiar? Volante de boa pega e com uma calibragem correta entre leveza e precisão, câmbio com manopla boa e engates justos (embora a trava da ré fosse dispensável), pedais mu
Campos do Jordão No final de semana passado, tive o privilégio de me juntar à “gente bonita” e passar algum tempo em Campos do Jordão. Apesar do calor absurdo (dava para usar bermuda de dia), o tempo estava ótimo, com céu azul sem nuvens o tempo todo. Como no ano passado, diversos estandes de montadoras espalhados pelas avenidas atraíam os consumidores com suas novidades. Test-drives não estavam no meu programa, mas já que o domingo de manhã estava inutilizado, resolvi das asas à paixão. Aos poucos vou falar dos modelos aqui. Começo com o menos impressionante. Ford EcoSport 2.0 16v XLT Eu já havia guiado o modelo XLT 1.6 naquele evento na Hípica Paulista. Agora tinha nas mãos um foguetinho capaz de 0-100 km/h em 9,8s, com 143 cv. Nota-se claramente que aquele motor é excessivo para o carro. Deve-se tomar cuidado nas curvas, pois é fácil entrar nelas a uma velocidade que o centro de gravidade elevado não permite. A aceleração impressiona (mas não muito) e as retomadas são uma
Fordmania Pra continuar com minha mania de Fordmaníaco: no ranking das 500 maiores e melhores, a Ford fopi a única das 4 grandes que cresceu, da 30ª para a 27ª posição. Isso em 2001, sem EcoSport e sem Fiesta novo. Até que enfim! Ontem eu vi uma propaganda reveladora: Gol Special GII (bolinha) a R$ 15 mil, na Sabrico. Até que enfim! Com quase 10 anos de produção, o Gol com carroceria antiga consegue chegar ao preço do Palio Fire – mais moderno, atual, mais econômico e muito melhor de guiar. E não estou nem falando do Celta. VW: quer recuperar o tempo perdido? Siga esta fórmula: Gol bolinha a R$ 13 mil, Gol GIII pelado a R$ 15 mil, Gols melhores até R$ 25 mil, Polo disto até R$ 30 mil, Golf entre R$ 30 e 40 mil. Difícil, né?
De carros, economia e política Ontem tive acesso à lista das 500 maiores e melhores empresas, segundo a revista Exame. Não preciso ficar aqui discorrendo sobre a credibilidade desta ação – vocês verão a quantidade de ações de marketing, baseadas neste ranking, que serão veiculadas a partir de agora. Enfim, as três maiores montadoras do país registraram quedas significativas em comparação ao ranking de 2001 (este reflete 2002). VW caiu da 3ª para a 6ª posição, a GM da 6ª para a 10ª e a Fiat da 15ª para a 17ª. As colocações levam em conta o volume de vendas, e a crise do setor mostra o encolhimento das empresas. O relatório da Anfavea aponta o mês de junho como o pior mês de junho em 10 anos, e a situação não parece melhorar. Luís Perez, editor por muitos anos do caderno de Veículos da Folha de S. Paulo, comentou em sua mais recente coluna no BCWS sobre a mania que os brasileiros têm de manter o carro “zerado”. “Na Europa”, ele diz, “um carro batido vai continuar batido. Enquanto e
Paixão por automóveis A cada dia eu me impressiono mais com a paixão dos brasileiros por automóveis. Claro, seu alcance varia muito, desde o lavador ocasional nos finais de semana até os malucos que resolvem dedicar um blog ao assunto. Automóveis costumam ser um denominador comum em conversas de homens, mesmo que não se conheçam. Se dois entendedores se encontram, então, aí há assunto para varar a noite. Às vezes eu acho muito mais inteligente e racional ter uma visão do carro como uma simples máquina de transporte, prestadora de serviços que precisa me levar aonde eu quero. Fazer o carro estar a seu serviço e não o contrário. Em São Paulo, pelo menos, ter o seu carro como xodó querido e usá-lo todo dia para trabalhar e sair só pode resultar em conflito de interesses. Muitos lugares aqui te obrigam a deixar o veículo com os valets, aqueles manobristas malucos (não todos) que se vê dando ré em avenidas movimentadas. mesmo em qualquer estacionamento você é obrigado a deixar a chave
Maneiras de dirigir Cada um tem a sua maneira de dirigir. Na simbiose carro-motorista, cada um passa suas características aos outros de uma determinada maneira. Muitos são, ao volante, uma extensão do que são na vida real. O boy, exemplo mais comum, é aquele que dirige com apenas uma mão no topo do volante, com o banco na posição mais recuada possível. Pais de família que são bons motoristas já preferem assumir uma posição mais próxima ao volante, com braços flexionados e as duas mãos no volante durante a maior parte do percurso. Muitos são inflexíveis; guiam da mesma maneira um trator, um Gol e um A3 turbo. Outros são como camaleões, guiando de acordo como está a sua cabeça no momento. Cito aqui alguns exemplos comuns: Esportivo: Vá assistir a “Velozes e Furiosos” e depois pegue o seu carro. Toda reta é uma aceleração, toda curva é um desafio. O objetivo é extrair o máximo dos limites, seu e do carro, na corrida pela adrenalina. Briguei com a namorada: Um clássico. Você e e
Generalização A Ferrai F40 é um dos melhores exemplos de carros cuja função no mundo é uma só (no caso, correr). O Jeep Willys é outro – transpor lamaçais. Tirando aspectos subjetivos, como “provocar inveja no vizinho”, muito mais ligados ao design, já houve um tipo de carro para cada necessidade. Hoje a moda é o multi-uso. Minivans são boas para levar família e bagagem. Mas hoje em dia procuram mostrar um comportamento e agilidade de um hatchback. Peruas vêm equipadas com motores grandes e suspensões duras. A busca pelo “all-around car” segue sem fim. Muitos dos resultados, no entanto, ficam aquém do esperado. Não têm a capacidade off-road de um puro jipe e nem o conforto de um automóvel. Cada consumidor tem seu nível de exigência para cada situação – tanto é que nunca se falou tanto na expressão “pai de família que viaja para o sítio” para vender os SUVs 4x2. Venho notado essa tendência também nas publicações especializadas em automóveis – que me levaram a escrever isso aqui.
Peugeot 206 Outro dia guiei um dos carros mais revolucionários à venda no Brasil: o Peugeot 206. Poucos carros atuais acertaram tanto a mão no design: o 206 já tem bons anos de mercado e continua mais bonito que a concorrência. Detalhes muito interessantes são os faróis “de gato”, o amplo pára-brisa e as lanternas traseiras que invadem a lateral. No entanto, após 5 anos sem reestilizações, o desenho entrou numa espécie de “limbo” que vitima o Golf atual também. São carros atuais e modernos, porém o desenho está há tanto tempo inalterado (e é tão fácil de vê-los nas ruas) que acaba enjoando. O carro é bonito por dentro também. Talvez por ter sido “rebaixado” de uma categoria superior, o 206 tem um acabamento de dar inveja a muito carro maior. Não há plásticos aparentes e nem rebarbas, e o carro que eu guiei, com 26 mil km devidamente ralados, não tinha fontes de ruído que incomodassem. Destaque especial para o quadro de instrumentos, iluminado com elegância em laranja e branco, co