Tema da vitória

Dois acontecimentos importantes marcaram a F1 neste final de semana. O mais conhecido, e mais comentado, foi a ultrapassagem do Alonso sobre Massa no GP da Alemanha. E lá vem a imprensa toda revoltadinha contra o absurdo que é o jogo de equipe, falta de ética, e tal. A Ferrari assumiu o jogo de equipe e não vamos esquecer que os mesmos patrocinadores que exigem esse tipo de jogada são os mesmos patrocinadores que mantém as equipes correndo. É como o exemplo da BBC inglesa que vira e mexe trago à tona no blog. É uma TV maravilhosa, que produz um programa de carros absolutalmente isento, o Top Gear. E, apesar de inúmeras tentativas, a ideia de um Top Gera americano nunca deu certo. Pois a isenção dos ingleses é conhecida graças ao custeio da BBC por todos os britânicos, que pagam uma taxa mensal à companhia e permitem que ela mantenha-se livre de pressões comerciais. As grandes redes americanas dependem de anúncios; imaginem qual seria a vontade da GM em continuar anunciando num programa que chama o Corvette de “carrinho de fibra de vidro?”

Com a F1 é a mesma coisa. O espetáculo existe por causa das companhias que pagam o custeio das equipes, estas equipes precisam mostrar resultados para exigir mais dinheiro dos patrocinadores, e mostrar resultados significa focar os esforços no piloto que está à frente no campeonato. E não dá pra negar que, neste ano, o Alonso tem demonstrado bem mais estofo que o Massa.

E o Top Gear, citado anteriormente, é o segundo assunto relacionado à F1 hoje. No programa veiculado neste domingo, dia 25, os ingleses fizeram uma homenagem a Ayrton Senna, qualificado por vários pilotos e ex-pilotos de F1 como o melhor que já existiu. Foram 10 ou 15 minutos absolutamente encantadores, maravilhosos, documentário que nunca vi igual na TV brasileira. Chama a atenção, por um lado, o profundo respeito que este mundo de entendidos em automobilismo tem pelo Senna, algo que não temos muita noção no Brasil. É muito bonito ver um brasileiro alcançar esta posição graças ao seu talento. E, por outro lado, chama a atenção a incapacidade da TV brasileira de homenagear o Ayrton à altura.

É nessas pequenas coisas que descobrimos, de verdade, o quanto ainda estamos atrasados em relação ao Primeiro Mundo.

Comentários

Anônimo disse…
Te mandei um email sobre uma ajuda sobre o focus .Recebestes ? Desde ja agradeço.( Andre_trainee@hotmail.com)
Cefas Fernandes disse…
isso aqui foi retirado da homenagem do Top Gear Ayrton Senna, o proprio Senna falou em uma entrevista “Winning is a gift; you either commit yourself as a professional racing driver that is designed to win races or you come second, or you come third, or you come fifth, and I am not designed to come third, or fourth, or fifth. I race to win! And if you no longer go for a gap that exists, you're no longer a racing driver!” – Ayrton Senna

em portugues, Vencer eh um dom, ou voce se compromete de que eh um piloto de corrida profissional criado para vencer corridas ou voce vai chegar em segundo, terceiro, ou quinto. E eu nao fui criado para chegar em terceiro, ou quarto, ou quinto. Eu corro pra vencer! Se voce nao tenta ultrapassar num pequeno espaco que se abre vc nao eh mais um piloto de corrida!"

A frase eh melhor em ingles, fiz uma traducao rapida... mas eh incrivel... por isso que ele era o grande piloto que era!

Essa recado vai pro massa... e pra todos os outros pilotos brasileiro... o Senna fala q se vc nao vai pra um espaco q abriu vc nao eh mais um piloto... imagina oq seria dar sua posicao de primeiro lugar pra o companheiro de equipe? Seria ainda um piloto? As corridas e os pilotos estao acabando.. agora resta apenas o business... so correm por interesse e nao mais pela gana de ganhar. No globo esporte mostrou uma entrevista com alguem que nao me recordo o nome, me desculpa por nao me recordar, mas ele falou q o felipe massa eh um piloto muito bonzinho.. e por isso nao ganha. Campeao nao pode ser bonzinho. Lembro quando o Massa chegou na formula 1, em 2002 pediram pra ele deixar o companheiro dele passar mas ele nao deixou, segurou ateh o final, isso lhe custou seu emprego no final do ano... mas mostrou raca, personalidade, gana de vencer... aquele emprego nao fez falta, hj esta em outra equipe. Acho q se ele der seu melhor sempre... se ele for como o Ayrton Senna, entrar pra vencer... ser espetacular em todas as corridas e nao em apenas alguns momentos... ai sim! ai alguma coisa pode mudar. Se o massa nao desse a posicao... talvez perdesse o emprego, mas concerteza iria trabalhar com outra empresa, teria outro contrato, poderia terminar no final mais perto do lider, e mostra uma excelente recuperacao, mesmo nao ganhando mostraria superacao.
Renato disse…
A revista Quatro Rodas dedicou algumas páginas ao Senna na sua edição de comemoração.

Gostei muito da reportagem, que foi baseada em depoimentos de pessoas que conviveram com ele.

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