Teste: Nissan Sentra 2.0 SL automático
Impossível não lembrar da campanha “não tem cara de tiozão” do lançcamento do Sentra no Brasil. Grande acerto de marketing, colocou o carro na boca do povo, embora o carro considerado “jovem” por este público alvo seja mesmo o Civic atual. E nem dá pra argumentar, o Sentra parece mesmo pré-histórico diante do design que a Honda aplicou em seu sedã médio.
Mas a Nissan estava muito certa em diferenciar seu carro dos outros médios, enquanto ao mesmo tempo capitaliza a origem japonesa de seus produtos, algo visto como qualidade. Pode-se considerar o Sentra o primo menos famoso de Corolla e Civic. Mas não por isso com menos qualidades.
Existem algumas características de carro japonês que corroboram essa semelhança. Pode-se gostar ou não delas, vai do gosto do freguês. Elas refletem a maneira japonesa de fazer automóveis. O acabamento tem encaixes primorosos, mas não usa materiais luxuosos, apenas aceitáveis. O ar-condicionado é manual mesmo na versão de topo. Apenas o vidro do motorista tem comando um-toque para descida. Os mostradores são essenciais, com temperatura e combustível em mostradores digitais de boa leitura, e um computador de bordo meio bizarro, que mostra os dados em números gigantescos no mostrador LCD central. Pode-se notar o contraste com a escola alemã, por exemplo, e seu acabamento sóbrio, mas de bons materiais, ou os franceses que usam plásticos excelentes, com encaixes que deixam a desejar.
É difícil alguém achar o Sentra feio. Sei de pessoas que o acham bonito, mas a meu ver está apenas na média. Não é um carro lindão como o Mégane, mas não faz feio. O problema do desenho é fazer o carro parecer muito menor do que realmente é. Os desavisados podem achar que o Sentra tem o mesmo porte de um Polo Sedan, por exemplo, sendo que na verdade é bem maior.
O espaço interno é excelente na frente e também muito bom atrás, inclusive para as cabeças. Como na maioria dos carros desse porte, o quinto passageiro vai apertado por conta da largura do carro – acomodar cinco pessoas decentemente só com carros do porte de Fusion, Accord e Azera. Já o porta-malas é pequeno, apenas 371 litros, mas conta com uma excelente solução interna que permite dividi-lo para utilização no dia-a-dia. Pessoas de menor estatura têm muita dificuldade em alcançar objetos no fundo desses porta-malas, e divisórias como a da Nissan, ou mesmo as redes usadas pela Peugeot permitem reduzir o espaço do porta-malas para impedir que volumes colocados ali acabem no fundo do compartimento.
O acabamento de plásticos razoáveis e ótimos encaixes, com boas sacadas como o porta-copos regulável, forte candidato a tirar do Golf o título de melhor porta-copos do Brasil, não vem acompanhado de um bom pacote de opcionais. Mesmo nesta versão de topo, SL, o ar-condicionado é manual, apenas o vidro do motorista tem acionamento um-toque, e mesmo assim somente para descida, não há sensor de estacionamento, nem de luminosidade, nem de chuva, nem alarme, nem luzes de leitura individuais, nem retrovisor fotocrômico, nem luz de neblina traseira, nem mesmo um mísero travamento das portas em movimento, coisa que Gol tem.
Nem tudo está perdido, no entanto. A versão SL tem teto-solar, um som espetacular, da Rockford Fosgate, com capacidade para seis discos e leitura de MP3. A direção é elétrica e levíssima em baixa velocidade. Há piloto automático com comandos no volante, bem como regulagem do temporizador do pára-brisa. A segurança vai bem, com seis air-bags e ABS com EBD.
O motor do Sentra é um 2.0 16v, bem moderno, com duplo comando de válvulas com variador de tempo para admissão. São 142 cv e o bom torque de 20,3 m.kgf. E não aceita álcool, ao menos por enquanto. Está no mesmo nível dos melhores propulsores desta cilindrada no Brasil, o 2.0 16v da PSA e o Ford Duratec. É suave, silencioso e se apresenta disposto desde as baixas rotações. E está casado com um câmbio...
No Bora o câmbio é quase a estrela única, pois é muito mais avançado do que o resto do conjunto. O Sentra é um carro infinitamente mais avançado, mas ainda assim não seria páreo para a concorrência não fosse a estrela do câmbio. É uma unidade CVT, de relações continuamente variáveis como a usada no antigo Fit. A vantagem desse tipo de transmissão é aproveitar ao máximo o motor, mantendo baixas rotações no caso de pouca necessidade de potência, ou elevando o motor logo à rotação de potência máxima caso e precise de desempenho. O resultado é um carro bem mais econômico e de melhor dessempenho do que um carro equipado com um câmbio convencional. Numa hipotética aceleração de 0-100 km/h contra todos os sedãs médios automáticos (Civic, Corolla, Mégane, 307, Pallas, Focus, Vectra, Línea, Bora) eu acredito piamente que dá Sentra. E ainda por cima bebendo menos combustível.
O estranho é não haver troca de marcha, algo que será sentido pelo motorista que curte pilotar. O câmbio traz ainda a opção de eliminar as relações mais longas, para manter altos os giros do motor, e a posição L que reduz progressivamente a velocidade através do freio-motor, excelente para descidas de serra.
O conceito de suspensão é convencional, com eixo de torção na traseira, e resultados aquém do esperado. O acerto é duro, e chega a incomodar em pisos irregulares. Já a estabilidade é boa e a carroceria rola bem pouco. Não chega a ser um convite para dirigir esportivamente, mas é um carro gostoso de levar numa tocada mais forte.
Os freios respondem bem à modulação do pedal e são satisfatórios no uso diário, mas na traseira ainda são usados prosaicos tambores. Em situações-limite, a capacidade de frenagem pode ser insuficiente.
Este é um carro que há pouco tempo custava R$ 82 mil e que hoje é vendido a R$ 63 mil, queda expressiva que não costuma acontecer nas outras japonesas – chova canivetes e um Corolla SE-G sempre custará acima de R$ 80 mil, bem como o Civic EXS. É um negócio interessante pelo atual preço, pois é um carro dinamicamente exclente e cujas únicas falhas gritantes são a falta de equipamentos, digamos, “supérfluos”, e o porta-malas de capacidade reduzida, embora não tão ruim quanto o Civic. Se levarmos em consideração que os japoneses nessa faixa de preço, Civic LXS e Corolla XEi, são mais caros e igualmente mal-equipados (especialmente o peladão Civic), que o Vectra é ridículo, que o Línea não merece consideração enquanto não tiver um câmbio automático de verdade, e que o Mégane e o 307 não vingaram (o que leva a altíssima depreciação e dificuldade de revenda), sobram como concorrentes o Pallas GLX (muito mais espaçoso e equipado, flex, mas ruim em desempenho e casado com um câmbio automático sofrível,) e o Focus Ghia que é muito mais carro que o Sentra mesmo oferecendo apenas dois air-bags. Como o único desabono real do Focus é o fato de apenas aceitar gasolina, mal que também aflige o Sentra, vá de Ford e aproveite a melhor suspensão do mercado.
Estilo 8 – De fato não é carro de tiozão e o conjunto é bem interessante. Parece bem mais curto do que realmente é, o que joga contra quem curte imponência. As lanternas traseiras, tipo Altezza, não agradam a alguns (eu gosto).
Imagem – Ok, não é tiozão, mas também não é carro da molecada. É tanto masculino quanto feminino, para pessoas acima dos 35 anos. Passa a imagem de gente que quer fugir da unanimidade (Civic) sem migrar para o tiozão absoluto Corolla. E gente que foge da unanimidade é sempre bom.
Acabamento 6 – Luxo não há, mas as peças se encaixam bem. Falta um pouco de criatividade, em que pese a alavanca de câmbio próxima ao painel (detalhe que não agrada a todos).
Posição de dirigir 9 – Os amplos ajustes de altura e profundidade do volante permitem boa posição, embora a regulagem do encosto do banco seja por alavanca, sistema mais chatinho de usar. O volante é revestido de couro e tem boa pega.
Instrumentos 5 –Painel bem sem graça. Os mostradores digitais de combustível e temperatura têm boa leitura, mas não substituem os analógicos. A iluminação branca é bonita. O computador de bordo de dígitos gigantes no mostrador LCD central é bizarro.
Itens de conveniência 3 – A nota é baixa tendo-se em vista a categoria do carro. Existem luxos que vêm se popularizando e que o Sentra não adota, como ar digital (presente no irmão menor Tiida), retrovisor fotcrômico, sensor de estacionamento, mesmo vidros elétricos com um toque nas quatro portas. Nada de essencial, no entanto, é deixado de fora: ar-condicionado, direção elétrica (super leve em manobras), trio elétrico.
Espaço interno 8 – Amplo na frente, nem tanto atrás, mas ainda assim bastante confortável. Falta largura para o quinto passageiro, mas há bom espaço para pernas e cabeças de quem viaja atrás.
Porta-malas 5 – Ótimo revestimento, e a solução de dividi-lo para facilitar a retirada de pouca bagagem é excelente. Mas ainda assim eu trocaria a divisória por uns cem litros a mais de capacidade. 371 é bem pouco.
Motor 9 – Moderno, tem potência e torque bem adequados à sua capacidade cúbica. Os números, 142 cv e 20,3 m.kgf a altos 4800 rpm, são bons. A unidade é suave e bem pouco ruidosa. Se fosse flex poderia levar um 10.
Desempenho 7 – O câmbio opera milagres e transforma o Sentra num carro de desempenho surpreendente em acelerações e retomadas. Falta, no entanto, sentir as trocas de marcha para que se perceba a exuberância do desempenho. Um Sentra automático faz de 0-100 km/h em 10,4 segundos, mais rápido que um Focus sedã automático, que leva 11,2 segundos para a mesma tarefa. Mas garanto que o Focus e suas trocas de marcha fazem o carro parecer bem mais rápido...
Câmbio 10 – É estranho não ter trocas de marcha, mas sem dúvida o soberbo desempenho e economia proporcionados por essa característica devem ser levados em conta. O carro fica muito esperto e responde bem em qualquer velocidade, ao contrário da maioria dos automáticos por aí (supracitado Focus inclusive).
Freios 2 – Tambores atrás. Isso num automático, que requer maior capacidade de frenagem por não contar com o auxílio do freio-motor. É uma das grandes falhas do carro. O sistema vai bem no dia a dia, mas sofre numa tocasa mais esportiva. De qualquer maneira, freio a tambor atrás não é coisa de carro que se pretende sério.
Suspensão 4 – O eixo de torção atrás está duro demais, e o carro sobra em estabilidade e falta em conforto.
Estabilidade 8 – Dá gosto entrar em curvas. O carro oscila pouco e encoraja a tomadas esportivas, ainda mais pelo comportamento exemplar da dupla motor e câmbio.
Segurança passiva 10 – Seis air-bags, ABS com EBD e um projeto moderno, que atende a legislações rígidas de segurança. Como os freios a disco atrás não entram neste item, a nota é máxima.
Custo-benefício 8 – O atual preço é muito convidativo. O carro tem atributos interessantes (seis air-bags, ótimo conjunto motriz) que superam as falhas em equipamentos. No entanto, como em breve se tornará flex (o Tiida já virou), é melhor aguardar para comprá-lo, ou pedir um descontão.
Mas a Nissan estava muito certa em diferenciar seu carro dos outros médios, enquanto ao mesmo tempo capitaliza a origem japonesa de seus produtos, algo visto como qualidade. Pode-se considerar o Sentra o primo menos famoso de Corolla e Civic. Mas não por isso com menos qualidades.
Existem algumas características de carro japonês que corroboram essa semelhança. Pode-se gostar ou não delas, vai do gosto do freguês. Elas refletem a maneira japonesa de fazer automóveis. O acabamento tem encaixes primorosos, mas não usa materiais luxuosos, apenas aceitáveis. O ar-condicionado é manual mesmo na versão de topo. Apenas o vidro do motorista tem comando um-toque para descida. Os mostradores são essenciais, com temperatura e combustível em mostradores digitais de boa leitura, e um computador de bordo meio bizarro, que mostra os dados em números gigantescos no mostrador LCD central. Pode-se notar o contraste com a escola alemã, por exemplo, e seu acabamento sóbrio, mas de bons materiais, ou os franceses que usam plásticos excelentes, com encaixes que deixam a desejar.
É difícil alguém achar o Sentra feio. Sei de pessoas que o acham bonito, mas a meu ver está apenas na média. Não é um carro lindão como o Mégane, mas não faz feio. O problema do desenho é fazer o carro parecer muito menor do que realmente é. Os desavisados podem achar que o Sentra tem o mesmo porte de um Polo Sedan, por exemplo, sendo que na verdade é bem maior.
O espaço interno é excelente na frente e também muito bom atrás, inclusive para as cabeças. Como na maioria dos carros desse porte, o quinto passageiro vai apertado por conta da largura do carro – acomodar cinco pessoas decentemente só com carros do porte de Fusion, Accord e Azera. Já o porta-malas é pequeno, apenas 371 litros, mas conta com uma excelente solução interna que permite dividi-lo para utilização no dia-a-dia. Pessoas de menor estatura têm muita dificuldade em alcançar objetos no fundo desses porta-malas, e divisórias como a da Nissan, ou mesmo as redes usadas pela Peugeot permitem reduzir o espaço do porta-malas para impedir que volumes colocados ali acabem no fundo do compartimento.
O acabamento de plásticos razoáveis e ótimos encaixes, com boas sacadas como o porta-copos regulável, forte candidato a tirar do Golf o título de melhor porta-copos do Brasil, não vem acompanhado de um bom pacote de opcionais. Mesmo nesta versão de topo, SL, o ar-condicionado é manual, apenas o vidro do motorista tem acionamento um-toque, e mesmo assim somente para descida, não há sensor de estacionamento, nem de luminosidade, nem de chuva, nem alarme, nem luzes de leitura individuais, nem retrovisor fotocrômico, nem luz de neblina traseira, nem mesmo um mísero travamento das portas em movimento, coisa que Gol tem.
Nem tudo está perdido, no entanto. A versão SL tem teto-solar, um som espetacular, da Rockford Fosgate, com capacidade para seis discos e leitura de MP3. A direção é elétrica e levíssima em baixa velocidade. Há piloto automático com comandos no volante, bem como regulagem do temporizador do pára-brisa. A segurança vai bem, com seis air-bags e ABS com EBD.
O motor do Sentra é um 2.0 16v, bem moderno, com duplo comando de válvulas com variador de tempo para admissão. São 142 cv e o bom torque de 20,3 m.kgf. E não aceita álcool, ao menos por enquanto. Está no mesmo nível dos melhores propulsores desta cilindrada no Brasil, o 2.0 16v da PSA e o Ford Duratec. É suave, silencioso e se apresenta disposto desde as baixas rotações. E está casado com um câmbio...
No Bora o câmbio é quase a estrela única, pois é muito mais avançado do que o resto do conjunto. O Sentra é um carro infinitamente mais avançado, mas ainda assim não seria páreo para a concorrência não fosse a estrela do câmbio. É uma unidade CVT, de relações continuamente variáveis como a usada no antigo Fit. A vantagem desse tipo de transmissão é aproveitar ao máximo o motor, mantendo baixas rotações no caso de pouca necessidade de potência, ou elevando o motor logo à rotação de potência máxima caso e precise de desempenho. O resultado é um carro bem mais econômico e de melhor dessempenho do que um carro equipado com um câmbio convencional. Numa hipotética aceleração de 0-100 km/h contra todos os sedãs médios automáticos (Civic, Corolla, Mégane, 307, Pallas, Focus, Vectra, Línea, Bora) eu acredito piamente que dá Sentra. E ainda por cima bebendo menos combustível.
O estranho é não haver troca de marcha, algo que será sentido pelo motorista que curte pilotar. O câmbio traz ainda a opção de eliminar as relações mais longas, para manter altos os giros do motor, e a posição L que reduz progressivamente a velocidade através do freio-motor, excelente para descidas de serra.
O conceito de suspensão é convencional, com eixo de torção na traseira, e resultados aquém do esperado. O acerto é duro, e chega a incomodar em pisos irregulares. Já a estabilidade é boa e a carroceria rola bem pouco. Não chega a ser um convite para dirigir esportivamente, mas é um carro gostoso de levar numa tocada mais forte.
Os freios respondem bem à modulação do pedal e são satisfatórios no uso diário, mas na traseira ainda são usados prosaicos tambores. Em situações-limite, a capacidade de frenagem pode ser insuficiente.
Este é um carro que há pouco tempo custava R$ 82 mil e que hoje é vendido a R$ 63 mil, queda expressiva que não costuma acontecer nas outras japonesas – chova canivetes e um Corolla SE-G sempre custará acima de R$ 80 mil, bem como o Civic EXS. É um negócio interessante pelo atual preço, pois é um carro dinamicamente exclente e cujas únicas falhas gritantes são a falta de equipamentos, digamos, “supérfluos”, e o porta-malas de capacidade reduzida, embora não tão ruim quanto o Civic. Se levarmos em consideração que os japoneses nessa faixa de preço, Civic LXS e Corolla XEi, são mais caros e igualmente mal-equipados (especialmente o peladão Civic), que o Vectra é ridículo, que o Línea não merece consideração enquanto não tiver um câmbio automático de verdade, e que o Mégane e o 307 não vingaram (o que leva a altíssima depreciação e dificuldade de revenda), sobram como concorrentes o Pallas GLX (muito mais espaçoso e equipado, flex, mas ruim em desempenho e casado com um câmbio automático sofrível,) e o Focus Ghia que é muito mais carro que o Sentra mesmo oferecendo apenas dois air-bags. Como o único desabono real do Focus é o fato de apenas aceitar gasolina, mal que também aflige o Sentra, vá de Ford e aproveite a melhor suspensão do mercado.
Estilo 8 – De fato não é carro de tiozão e o conjunto é bem interessante. Parece bem mais curto do que realmente é, o que joga contra quem curte imponência. As lanternas traseiras, tipo Altezza, não agradam a alguns (eu gosto).
Imagem – Ok, não é tiozão, mas também não é carro da molecada. É tanto masculino quanto feminino, para pessoas acima dos 35 anos. Passa a imagem de gente que quer fugir da unanimidade (Civic) sem migrar para o tiozão absoluto Corolla. E gente que foge da unanimidade é sempre bom.
Acabamento 6 – Luxo não há, mas as peças se encaixam bem. Falta um pouco de criatividade, em que pese a alavanca de câmbio próxima ao painel (detalhe que não agrada a todos).
Posição de dirigir 9 – Os amplos ajustes de altura e profundidade do volante permitem boa posição, embora a regulagem do encosto do banco seja por alavanca, sistema mais chatinho de usar. O volante é revestido de couro e tem boa pega.
Instrumentos 5 –Painel bem sem graça. Os mostradores digitais de combustível e temperatura têm boa leitura, mas não substituem os analógicos. A iluminação branca é bonita. O computador de bordo de dígitos gigantes no mostrador LCD central é bizarro.
Itens de conveniência 3 – A nota é baixa tendo-se em vista a categoria do carro. Existem luxos que vêm se popularizando e que o Sentra não adota, como ar digital (presente no irmão menor Tiida), retrovisor fotcrômico, sensor de estacionamento, mesmo vidros elétricos com um toque nas quatro portas. Nada de essencial, no entanto, é deixado de fora: ar-condicionado, direção elétrica (super leve em manobras), trio elétrico.
Espaço interno 8 – Amplo na frente, nem tanto atrás, mas ainda assim bastante confortável. Falta largura para o quinto passageiro, mas há bom espaço para pernas e cabeças de quem viaja atrás.
Porta-malas 5 – Ótimo revestimento, e a solução de dividi-lo para facilitar a retirada de pouca bagagem é excelente. Mas ainda assim eu trocaria a divisória por uns cem litros a mais de capacidade. 371 é bem pouco.
Motor 9 – Moderno, tem potência e torque bem adequados à sua capacidade cúbica. Os números, 142 cv e 20,3 m.kgf a altos 4800 rpm, são bons. A unidade é suave e bem pouco ruidosa. Se fosse flex poderia levar um 10.
Desempenho 7 – O câmbio opera milagres e transforma o Sentra num carro de desempenho surpreendente em acelerações e retomadas. Falta, no entanto, sentir as trocas de marcha para que se perceba a exuberância do desempenho. Um Sentra automático faz de 0-100 km/h em 10,4 segundos, mais rápido que um Focus sedã automático, que leva 11,2 segundos para a mesma tarefa. Mas garanto que o Focus e suas trocas de marcha fazem o carro parecer bem mais rápido...
Câmbio 10 – É estranho não ter trocas de marcha, mas sem dúvida o soberbo desempenho e economia proporcionados por essa característica devem ser levados em conta. O carro fica muito esperto e responde bem em qualquer velocidade, ao contrário da maioria dos automáticos por aí (supracitado Focus inclusive).
Freios 2 – Tambores atrás. Isso num automático, que requer maior capacidade de frenagem por não contar com o auxílio do freio-motor. É uma das grandes falhas do carro. O sistema vai bem no dia a dia, mas sofre numa tocasa mais esportiva. De qualquer maneira, freio a tambor atrás não é coisa de carro que se pretende sério.
Suspensão 4 – O eixo de torção atrás está duro demais, e o carro sobra em estabilidade e falta em conforto.
Estabilidade 8 – Dá gosto entrar em curvas. O carro oscila pouco e encoraja a tomadas esportivas, ainda mais pelo comportamento exemplar da dupla motor e câmbio.
Segurança passiva 10 – Seis air-bags, ABS com EBD e um projeto moderno, que atende a legislações rígidas de segurança. Como os freios a disco atrás não entram neste item, a nota é máxima.
Custo-benefício 8 – O atual preço é muito convidativo. O carro tem atributos interessantes (seis air-bags, ótimo conjunto motriz) que superam as falhas em equipamentos. No entanto, como em breve se tornará flex (o Tiida já virou), é melhor aguardar para comprá-lo, ou pedir um descontão.
Comentários
Santos, não há motivo para a Nissan divulgar capacidade inferior à real. O porta-malas do Sentra é pequeno, mas concordo que não parece ser apenas 30 litros maior que o do Civic.
Jarraum, de fato os retrovisores do Sentra são enormes, deveriam ter opção de recolhimento ou ao menos serem dobráveis.
Jarraum, realmente espelho fixo é inacreditável num carro desses.
A propósito, estou buscando um sedan médio. Corolla novo = só tem cara de tiozão. Civic = tem mais do que carro. É só o que se vê na rua... Mégane = já deu o que tinha de dar no visual. Focus = bonito, mas caro e sem desconto. 307 = passo longe de Peugeot. Bora = é, como a tradução de Volkswagen, "carro do povo". Pior, agora com frente de carro chinês. Bom, desse jeito me sobrou o Nissan Sentra. Irei sem medo nele, apostando num mega desconto para pegar uma unidade que só beba gasolina. Com cerca de R$ 54k dá pra levar a opção intermediária de câmbio automático CVT e todos os pacotes aqui mencionados.
O engraçado dessa história é que, há cerca de 20 anos atrás, todo mundo corria de carro japonês. Americano era o que havia de melhor. Será que daqui a 20 anos os coreanos serão como os japoneses? Esperar pra ver. Por enquanto, ficarei com o que "não tem cara de tiozão".
Parabéns pelo blog. Sucesso!
O pecado da marca seria que eles gostam de revisões com peças e mão-de-obra pagas: não são baratas pois os concorrentes dão 1 ou 2 rev. com mão de obra free. (A Nissan "colocou" uma "revisão de 1000 (um mil km) para "reaperto de rodas" e essa é a unica coisa gratis, o resto: te prepara...)
Abs
Ticondes
O fato é que encontrar Sentras está difícil, por aparentemente a Nissan já está montando equipamentos com motor flexível em combustível e "tirando o pé" das versões somente a combustível... Pelo menos foi essa a impressão que tive.
Por isso, acabei migrando pra o Novo Focus Sedan (versão GLX com câmbio automático). Esse aí você encontra por 54~55k fácil em SP Capital.
Se conseguir um Sentra (gasolina) a preço justo, dado que não é flex, avisa...
A propósito, curto os carros com motor que bebem somente gasolina. Parece que os japoneses ainda não acertaram a mão no consumo dos "flex". Embora a economia seja boa, fico incomodado com a (mais baixa) autonomia do tanque movido 100% a álcool... Bom, opinião pessoal.
Abraços e aproveito para deixar mais uma vez meu parabéns ao blog!
Meu carro está com 120.000 km e as revisoes nao são baratas, a media de consumo na estrada 10/km e cidade 7km/l.Problemas apresentados freios dianteiros apresentam muito desgaste devido a sua grande utilização, e o Cambio CVT quebrou o que me impressionou foi o valor do cambio R$ 42.000,00 é isso mesmo quase o valor do carro ainda bem que a garantia(3 anos) cobriu tudo, mas vou vender um pouco antes de acabar a garantia.
Os 371 litros declarados não condizem com o real tamanho do porta malas, a menos que esse número faça referência à litragem contada a partir do fundo falso. Dirigi o carro(cvt) e gostei de quase tudo, o que mais incomoda é a forma como a suspensão transmite as irregularidades do solo. Creio ser ótimo custo benefício e opção aos "mais que comuns" Civic e Corolla. E agora já é flex. Tenho grandes dúvidas no entanto se não vale a pena pagar mais(bem mais) e migrar para uma categoria superior como o Jetta por exemplo, que apesar do maior consumo e certa "dureza" na suspensão também, une atributos inquestionáveis.
Eu acabo de comprar um Sentra CVT 2011/2012. Ainda não estou com ele, creio que a concessionaria só me libera ele no meio da semana que vem. Mas fiz muita pesquisa em sites como este para chegar nesse carro. Eu tenho um Vectra, do qual eu odeio, revisões baratas, porém consumo muito alto, desempenho fraco e seguro não tão barato. O sentra cabe no meu bolso perfeitamente. Eu estava entre Bora e Sentra. Fechei Sentra devido a que o Bora saiu de linha. As revisões do Sentra estão em uns 340,00 e o seguro, bem mais barato do que o Vectra. Quanto a dirigibilidade, ainda irei descobrir, mas estou bastante satisfeito com tudo o que li por aqui.
Abraço,
Filippe
Estou passando de um Honda City para um Sentra S. Eu não gostei da suspensão do City. Embora ainda não tenha recebido o Sentra acho que nesse aspecto vou continuar na mesma. Nos demais, acredito que o Sentra aparenta ser melhor. Vamos ver...
Parabéns pelo blog.
Poucosiso.
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