Confusão no IPI
Essa redução do IPI tem causado um bom rebuliço no mercado. Não nos carros de entrada, que seguem vendidos a preços menores, porém ainda muito próximos. A coisa pegou mesmo no segmento de luxo.
Embora a redução afete apenas carros com motores até 2 litros, as montadoras têm aproveitado para fazer alguns desavisados engolirem que reduziram os preços de automóveis com motores de capacidade maior por causa do IPI. Balela, reduziram a gorda, farta, enorme margem de lucro.
É o caso do Hyundai Azera, que despencou de 95 para 75 mil. O carro tem um motor V6 de 3.3 litros que está a anos-luz de ter o IPI reduzido. Mas a coreana aproveitou para deixar o sedã ainda mais competitivo. Se o Azera era o carro a ser comprado na faixa entre 90 e 120 mil, agora ele é o cara na faixa de 75 até 100 mil. Outro que ficou bem mais barato foi o Fusion, cujo motor 2.3 também não se encaixa nas alíquotas de IPI reduzido. No entanto, aqui o caso é mais devido à chegada do Fusion novo, maior e, ao que parece, muito mais equipado. A redução – hoje compra-se o carro por menos de 60 mil, sendo que o preço inicial era de 84 mil – teve um efeito nefasto no mercado de usados, e hoje um Fusion 2007 com ainda um ano e meio de garantia pela frente é uma tremenda pechincha.
No segmento imediatamente superior a este, quem tem praticado uma política mais agressiva é a Volvo. Não sei se isso tem a ver com a iminência de sua venda pela controladora Ford, mas o fato é que o C30, o hatch pequeno que é o carro-chefe da marca, hoje é encontrado a menos de 80 mil, cerca de 10 mil reais mais barato. O sedã S40, do porte de um Civic, sai por 100 mil, e a bela perua deste sedã, a V50, por 105 mil. Não está em questão se os carros valem o que custam – o Azera tem mais equipamentos e é mais potente que os dois -, mas sim que são carros Volvo a preços que começam a ficar acessíveis. E o Azera,, neste caso, pode vir com o equipamento que for: Volvo é Volvo.
O pênalti dessa questão toda é a desvalorização dos usados. É desanimador ver que seu possante na garagem teve o valor de mercado derrubado, em muitos casos em percentuais maiores até do que a redução do IPI. O atual desconto concedido não serve para cobrir as perdas na avaliação do usado. Quem comprou carro no boom de 2007 e 2008, especialmente os carros mais caros, está vendo o preço de seu usado despencar. E aí o melhor a fazer é esquecer essa história de IPI reduzido e continuar com o velho companheiro até que a maré dos usados melhore. Com o mercado aquecido deste jeito, não há negociação que se faça.
Embora a redução afete apenas carros com motores até 2 litros, as montadoras têm aproveitado para fazer alguns desavisados engolirem que reduziram os preços de automóveis com motores de capacidade maior por causa do IPI. Balela, reduziram a gorda, farta, enorme margem de lucro.
É o caso do Hyundai Azera, que despencou de 95 para 75 mil. O carro tem um motor V6 de 3.3 litros que está a anos-luz de ter o IPI reduzido. Mas a coreana aproveitou para deixar o sedã ainda mais competitivo. Se o Azera era o carro a ser comprado na faixa entre 90 e 120 mil, agora ele é o cara na faixa de 75 até 100 mil. Outro que ficou bem mais barato foi o Fusion, cujo motor 2.3 também não se encaixa nas alíquotas de IPI reduzido. No entanto, aqui o caso é mais devido à chegada do Fusion novo, maior e, ao que parece, muito mais equipado. A redução – hoje compra-se o carro por menos de 60 mil, sendo que o preço inicial era de 84 mil – teve um efeito nefasto no mercado de usados, e hoje um Fusion 2007 com ainda um ano e meio de garantia pela frente é uma tremenda pechincha.
No segmento imediatamente superior a este, quem tem praticado uma política mais agressiva é a Volvo. Não sei se isso tem a ver com a iminência de sua venda pela controladora Ford, mas o fato é que o C30, o hatch pequeno que é o carro-chefe da marca, hoje é encontrado a menos de 80 mil, cerca de 10 mil reais mais barato. O sedã S40, do porte de um Civic, sai por 100 mil, e a bela perua deste sedã, a V50, por 105 mil. Não está em questão se os carros valem o que custam – o Azera tem mais equipamentos e é mais potente que os dois -, mas sim que são carros Volvo a preços que começam a ficar acessíveis. E o Azera,, neste caso, pode vir com o equipamento que for: Volvo é Volvo.
O pênalti dessa questão toda é a desvalorização dos usados. É desanimador ver que seu possante na garagem teve o valor de mercado derrubado, em muitos casos em percentuais maiores até do que a redução do IPI. O atual desconto concedido não serve para cobrir as perdas na avaliação do usado. Quem comprou carro no boom de 2007 e 2008, especialmente os carros mais caros, está vendo o preço de seu usado despencar. E aí o melhor a fazer é esquecer essa história de IPI reduzido e continuar com o velho companheiro até que a maré dos usados melhore. Com o mercado aquecido deste jeito, não há negociação que se faça.
Comentários
Gostei do blog, faz crítica inteligente da indústria automobilística, são poucas as pessoas que conseguem enxergar além do óbvio.
Parabens.
Bisinski, obrigado pelos elogios e pela visita. Volte sempre!