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Mostrando postagens de setembro, 2016

Dê valor ao seu dinheiro

Dois carros apareceram hoje custando 100 mil reais. Um é um projeto novo, lançado mundialmente no Brasil, de uma marca premium, equipado com um motor igualmente novo e que acaba de ser convertido para flex. Tem 165 cv, suspensão independente do tipo McPherson nas quatro rodas, design atraente, enfim. O outro é vendido há seis anos no Brasil, sofreu um ligeiro facelift há dois, vem de marca generalista, a origem é um projeto de baixo custo, tem o mesmo motor com 143 cv desde o lançamento, suspensão traseira por eixo de torção e nenhum equipamento digno de nota. O que faz a Renault achar que o Fluence, cuja única atração era o custo-benefício, pode custar 100 mil reais? O Lancer não custa isso, bem o C4 Lounge, nem o Jetta 1.4, até o multimilionário carro dos xeiques árabes Civic Geração 10 tem versões a menos de 100 mil. Aí a Jeep lança um modelo novo, bacanudo, bonito, razoavelmenbte equipado (sim existem deslizes na lista de equipamentos, especialmente cobrar à parte

Por carros mais baratos

Ficamos bastante entristecidos com este editorial do Best Cars. Este site, que sempre norteou e ainda norteia nossas avaliações pela riqueza de detalhes e franqueza total com que fala dos automóveis, a nosso ver prestou um desserviço com esta informação. Há anos que lutamos contra a subserviência que tomou de assalto a imprensa automobilística no Brasil. Diante da enorme crise do jornalismo, com demissões em massa a cada dia, é até natural que os repórteres e editores do setor se agarrem aos seus principais anunciantes e fiquem com medo de escrever avaliações negativas sob pena de perderem os anúncios e, consequentemente, os empregos. O BCWS inclusive é vítima de um boicote da GM que dura vários anos, desde a época em que o site falou as verdades reais sobre produtos horrorosos que a GM empurrou goela abaixo dos brasileiros. Aí tivemos uma época tenebrosa em que barbaridades do tipo “o Peugeot 207 ficaria muito caro para o Brasil; o Golf V fiaria muito caro para o Brasil” for

Hyundai HB20 branco

Eliminada a auto-propaganda implícita deste texto , ele é muito válido. Mercados muito menores que o Brasileiro têm uma variedade muito maior de modelos à venda. Quem visita a Grécia se surpreende com a variedade de carros nas ruas, muito maior que aqui, e isso num País falido há anos. Um impeditivo está nos combustíveis. Só o Brasil adiciona 27% de etanol à gasolina e só aqui carros são flexíveis em combustível. Somos defensores ferrenhos do etanol, e aqui é das poucas coisas em que acreditamos que o Brasil está realmente mais avançado do que outros países. Porém, poderíamos ter adotado uma solução menos “jabuticaba”, como por exemplo padronizar o combustível em E85, que é 85% etanol e 15% gasolina. Resolve o problema de partida a frio, alinha com os modelos “flex” vendidos nos Estados Unidos, e acaba com a palhaçada da variação da quantidade de etanol na gasolina. Outro impeditivo está na elevadíssima taxa de importação. Quando Collor reduziu estes impostos no início da déca

Despedida: Chevrolet Corsa Classic

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Antes de começarmos a escrever esta nota, fomos pesquisar nos alfarrábios do M4R o que já publicamos sobre o Chevrolet Classic. Coitado. Que dó. Batemos de com força, como se diz lá no Goiás. Algumas vezes até apareceu positivamente – dissemos que o compraríamos ao invés de um Gol G4, o que convenhamos não é muito elogio. No entanto, na maior parte das vezes foi bastante criticado, especialmente a má dirigibilidade e o parco espaço interno. Foi um carro que começou a vida até meio chique, como a versão sedã do Corsa ovinho, um fenômeno de vendas. Era vendido em versões GL e GLS e inclusive por alguns anos com opcional de câmbio automático. Em 2010 tivemos a oportunidade dedar uma volta num GLS e foi muito interessante ver um Corsa com acabamento de veludo nas portas e nos bancos, todo chique. Depois com os anos ele abandonou esse segmento, dando espaço ao Corsa 4300, e foi brigar nos sedãs pequenos já com motor 1.0. E ali ficou até o final da carreira. Sua longevitade foi t

Quanto vale um Golf?

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(foto: belo clique do WM1) Pelo facebook, a Quatro Rodas acaba de dar visibilidade a mais um estudo mostrando a maluquice financeira que se tornou ter um carro no Brasil. A revista inglesa Auto Express avaliou o custo de compra, manutenção e seguro de um Golf 1.4 TSI em diversos países do mundo. Nós compilamos os dados na tabela abaixo, convertidos de libra para real pelo câmbio de hoje, 4,36 reais por uma libra: Preço de Compra Custo da gasolina por litro Seguro Total PIB Austrália 64471,32 3,10 2943 76267,74 150114,8 Japão 86297,48 4,32 915,6 99557,98 123095,88 Emirados Árabes 72249,56 1,44 1796,32 78160,85 231437,52 África do Sul 71900,76 3,10 1146,68 81900,86 43429,96 Brasil 97406,76 3,88 4050,44 112555,14 50654,48 Venezuela 76195,36 2,01 854,56 82

Lucro das montadoras

Um amigo chamou a atenção para um tópico que não estávamos considerando nessa questão dos preços absurdos cobrados pelas montadoras. “É preferível manter o dinheiro no banco do que investir”. Numa economia em busca de equilíbrio como a brasileira, a instabilidade é prato cheio para remineração de capital sem risco e sem trabalho. Imagine um americano e um brasileiro, ambos com um milhão de dólares livres para investir. O americano tem três opções: 1.    Investir numa aplicação segura e cujo rendimento está atrelado à taxa de juros do País. No caso, rendimento de 1% AO ANO. 2.    Investir na Bolsa de Valores. Risco alto, boa chance de retorno. 3.    Investir num negócio. Existe um alto risco que pode ser mitigado com um bom planejamento, e chance de retornos elevados. O brasileiro tem três opções: 1.    Investir numa aplicação segura e cujo rendimento está atrelado à taxa de juros do País. No caso, vinculado a uma taxa Selic de 14,25% ao ano. 2.    Investir na