Cada um é cada um

As publicações especializadas, este blog entre elas, têm a preocupação de mostrar ao consumidor qual é o carro que melhor vai atender suas necessidades pelo valor que ele tem disponível. Isso vem na forma dos testes e comparativos que estamos acostumados a ler e ver. E, mesmo com essa grande quantidade de informação disponível, a maior parte das aquisições é feita com mais ênfase em obscuros critérios pessoais do que na objetividade em si.

Os exemplos são vários. Talvez o mais comum seja a fidelidade à marca, pessoas que só compram Volkswagen, pois tiveram um Fusca em mil novecentos e bolinha e desde então adoram os modelos da marca alemã – muitas vezes alegando que eles “não quebram”. Outros são fãs de Chevrolet, fidelizados por grandes carros do passado, como Opala e Monza, e hoje sofrendo com geringonças como Agile e Monstrana. Existem desculpas do tipo “adoro o torque do motor Ford”, sendo que torque não tem nada a ver com marca.

Existe ainda o preconceito em relação a outras marcas, que é mais comum de vermos em relação às francesas. Hábito muitas vezes infundado, difundido por más experiências de outras pessoas que não necessariamente são a regra.

Uma outra forma pouco convencional de se escolher um carro é pela imagem que ele projeta, algo mais comum em países desenvolvidos onde os carros atingiram um nível similar de conforto e desempenho. Pessoas que não compram sedãs, pois são “carro de velho”, algo habilmente explorado pela propaganda do Nissan Sentra há algum tempo. As minivans também são vistas como carro de senhoras, e alguns compactos são os “carros de mulher”, como 206, 206,5 e Clio.

Claro que nenhum desses critérios se sustém sob um exame lógico, mas não deixam de ser muito relevantes ao se considerar os padrões de compra do brasileiro.

Comentários

Renato disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Renato disse…
Acho que estamos melhorando.

Pós-venda (seguro, peças, garantia, qualidade de atendimento das autorizadas, consumo, etc) pesaram muito na escolha do meu carro atual.

Estes pontos são tão relevantes que os comerciais das montadoras vêm dando bastante importância para eles.

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