Tamanho não é documento
É complicada essa questão de definir a qual segmento o carro pertence. A divisão tradicional, que levava em conta o tamanho do veículo, não conta mais. O critério mais inteligente, hoje em dia, é o posicionamento.
Vamos confrontar dois extremos. Linea e Jetta. O Fiat tem 4,56m de comprimento, 1,73m de largura e 2,60m de entreeixos. O VW tem 4,55, 1,78m e 2,57m, respectivamente. A diferença é expressiva na largura, e inexistente nos outros quesitos. E alguém aí se atreve a colocar Linea e Jetta como concorrentes?
Vamos esquecer um pouco o fato de que o Linea é derivado do Punto. A Fiat definiu Corolla e Civic como rivais do Linea, e elaborou o carro e começou a vendê-lo dessa forma. A potência é compatível (132 cv contra 136 cv no Corolla e 140 cv no Civic), a motorização é próxima (um quatro cilindros de 1,9 litros, contra 1,8), os equipamentos e as faixas de preço são similares.
A Volkswagen, ao definir o público do Jetta, mirou acima. É um carro de construção superior, suspensão traseira multibraço, e com um belo motor de 5 cilindros, 2,5 litros e 170 cv. Quem compete com ele é o Fusion – e, por favor, não me venham com Civic EXS e Corolla Altis, essas monstruosidades de preço que não deveriam nem existir.
Então, já de saída, Linea e Jetta miraram públicos diferentes. Apesar das dimensões, estão em segmentos diferentes, com o Volkswagen um degrau acima. E reparem que o fator definidor não é o fato de um carro ser melhor do que o outro, mas sim o seu público-alvo, conforme definido pela montadora.
Outro exemplo envolve a competição entre Jetta e Focus sedã, que são concorrentes na Europa. A Ford optou por não mirar no Jetta – afinal, já tem o Fusion – e posicionou o Focus para brigar com os outros sedãs médios. Isso permitiu manter o motor 2.0, por exemplo, com potência relativamente modesta (148cv) e o câmbio automático de 4 marchas, sendo que a Ford tem na prateleira um DSG maravilhoso com seis marchas, além de outras depenações como os faróis elipsoidais e o retrovisor fotocrômico. Um Focus completaço seria um competidor à altura do Jetta, sendo criticado pelo acabamento mais pobre, exatamente como acontece na Europa.
A Volks repete a estratégia com o Polo Sedan, que é caro demais pelo tamanho, e em compensação pode vir equipado com opcionais ausentes em carros bem mais caros – como o retrovisor fotocrômico já mencionado ou o ar digital, que o Sentra não tem. Hoje, o Polo Sedan caminha numa categoria quase sozinho, com suas versões de topo competindo com as versões de entrada de Focus, Sentra, Vectra e Mégane, todos bem maiores.
O Logan segue o caminho oposto, com dimensões que o qualificariam tranquilamente como um sedã médio, mas uma construção simples e um posicionamento de sedã de entrada.
Portanto, é bobagem apegar-se às dimensões do carro para definir sua categoria. O que importa é o posicionamento, e cabe ao consumidor decidir se o tamanho acanhado de alguns competidores, como Jetta e Linea, é um impedimento para se comprar o carro, assim como o espaço do Logan é o grande argumento que o carro tem ante sedãs da mesma categoria.
Vamos confrontar dois extremos. Linea e Jetta. O Fiat tem 4,56m de comprimento, 1,73m de largura e 2,60m de entreeixos. O VW tem 4,55, 1,78m e 2,57m, respectivamente. A diferença é expressiva na largura, e inexistente nos outros quesitos. E alguém aí se atreve a colocar Linea e Jetta como concorrentes?
Vamos esquecer um pouco o fato de que o Linea é derivado do Punto. A Fiat definiu Corolla e Civic como rivais do Linea, e elaborou o carro e começou a vendê-lo dessa forma. A potência é compatível (132 cv contra 136 cv no Corolla e 140 cv no Civic), a motorização é próxima (um quatro cilindros de 1,9 litros, contra 1,8), os equipamentos e as faixas de preço são similares.
A Volkswagen, ao definir o público do Jetta, mirou acima. É um carro de construção superior, suspensão traseira multibraço, e com um belo motor de 5 cilindros, 2,5 litros e 170 cv. Quem compete com ele é o Fusion – e, por favor, não me venham com Civic EXS e Corolla Altis, essas monstruosidades de preço que não deveriam nem existir.
Então, já de saída, Linea e Jetta miraram públicos diferentes. Apesar das dimensões, estão em segmentos diferentes, com o Volkswagen um degrau acima. E reparem que o fator definidor não é o fato de um carro ser melhor do que o outro, mas sim o seu público-alvo, conforme definido pela montadora.
Outro exemplo envolve a competição entre Jetta e Focus sedã, que são concorrentes na Europa. A Ford optou por não mirar no Jetta – afinal, já tem o Fusion – e posicionou o Focus para brigar com os outros sedãs médios. Isso permitiu manter o motor 2.0, por exemplo, com potência relativamente modesta (148cv) e o câmbio automático de 4 marchas, sendo que a Ford tem na prateleira um DSG maravilhoso com seis marchas, além de outras depenações como os faróis elipsoidais e o retrovisor fotocrômico. Um Focus completaço seria um competidor à altura do Jetta, sendo criticado pelo acabamento mais pobre, exatamente como acontece na Europa.
A Volks repete a estratégia com o Polo Sedan, que é caro demais pelo tamanho, e em compensação pode vir equipado com opcionais ausentes em carros bem mais caros – como o retrovisor fotocrômico já mencionado ou o ar digital, que o Sentra não tem. Hoje, o Polo Sedan caminha numa categoria quase sozinho, com suas versões de topo competindo com as versões de entrada de Focus, Sentra, Vectra e Mégane, todos bem maiores.
O Logan segue o caminho oposto, com dimensões que o qualificariam tranquilamente como um sedã médio, mas uma construção simples e um posicionamento de sedã de entrada.
Portanto, é bobagem apegar-se às dimensões do carro para definir sua categoria. O que importa é o posicionamento, e cabe ao consumidor decidir se o tamanho acanhado de alguns competidores, como Jetta e Linea, é um impedimento para se comprar o carro, assim como o espaço do Logan é o grande argumento que o carro tem ante sedãs da mesma categoria.
Comentários
No seu ponto de vista esse eh realmente o mercado do City? Em preco pode ate ser.... pq eh carinho! Mas eu tenho pra mim q a honda tah querendo posicionar um carro num mercado q nao existe pra ele. E colocar o Honda civic numa posicao mais alta! Como se o honda fosse competir com fusion e jetta, e o City com FOcus, Sentra, Linea e outros....
Bem... Varioss donos de sentra se sentem ate ofendidos quando o comparam com o City... e faz sentido, acho o sentra superior!