Aos de estômago forte

Direto do Carplace:

A Honda lança no México o novo City. O sedan brasileiro, produzido na fábrica da Honda localizada em Sumaré – SP, chega ao mercado mexicano com apenas duas importantes diferenças: a primeira é a entrega mais equipamentos desde a versão de entrada e a segunda é o preço equivalente a menos da metade do cobrado no Brasil.

No México, todas as versões são equipadas com freios à disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar condicionado além dos vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo que equipa a versão vendida no Brasil, ou seja, um 1.5 litro que entrega 116 cv de potência.

Por lá, a versão de entrada será oferecida por 197 mil pesos mexicanos, o que equivale a cerca de R$ 25.800. No Brasil, o City LX com câmbio manual (versão de entrada) que não conta com freios ABS, tem preço sugerido de R$ 56.210.

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Juro que nessas horas dá vontade de apoiar quem sonega imposto. Governo inútil.

Comentários

Cefas Fernandes disse…
RIDICULOOOO!!!! SEM COMENTARIOSS!
André disse…
Dub, a questão não é só imposto. Sim, a carga tributária, relacionada aos impostos sobre venda de produto (PIS, Cofins, IPI, ICMS) e serviços (ISS) realmente onera a base. Mas isso não explica o fato de o carro aqui custar mais do que o dobro do produzido e vendido no México. A somatória desses impostos sobre vendas, somente, não explica isso. Sim, explica parte.

Um outra parte é a margem maior da indústria aqui. A margem do Honda City vendido aqui na Brasil é mais alta do que a margem do mesmo carro vendido no México.

Ou seja, parte da culpa é do governo. Mas a montadora também leva seu quinhão pra casa. Não sou defensor do governo, mas é fato que as montadoras embolsam mais aqui do que em outros países. Nós brasileiros estamos dispostos a pagar mais? Será isso? Historicamente sempre pagamos mais? Não tenho a resposta, mas o fato é que pagamos mais do que nossos vizinhos e enriquecemos o governo brasileiro e as montadoras.
Jarraum disse…
André, o carro é produzido no Brasil e vendido no México, isso q vc quis dizer?
André disse…
Bom, de fato não quis falar isso. Referi-me à produção e venda no mercado local. Relendo o texto, de fato o carro é produzido aqui no Brasil e vendido no Mexico. Por isso, reitero meu ponto. As montadores têm sim margem mais alta aqui no Brasil. É triste, lamentável, nojento. Dá raiva. Como Dub menciona, serve aos de estômado forte :-) Abraço!
Paulo disse…
Pois é, André vc chegou muito perto do problema: historicamente compramos ou produtos defasados, ou depenados: aqui entra a Honda: quer 1 exemplo? o Civic aqui nunca teve -e não tem airbags de cortina. Alem dessa questão, existe, claro, a questão dos tributos que aqui sempre foram altos. Conclusão: esses tributos altos + margem bem alta das "montadoras" + vontade "doida" de 1 povo de andar de carro novo = deu nisso que aí está ! E a solução estaria (vejam que eu coloquei no futuro do pretérito...)nas maos do "rei" consumidor (que cá pra nós nunca foi e não é rei... ...quem sabe, um dia...)Abraços a todos -extensivos aos de estomago fraco LOL!
Unknown disse…
Caros
Não apenas os carros são caros no Brasil. Quem tiver oportunidade de ir a um Walmart nos EUA e pegar qualquer produto que também seja vendido no Brasil, verá que lá custa muito menos.
Quanto aos carros, não estamos pagando apenas custo de produção, impostos e lucros das montadoras. Elas têm que contabilizar também que nossa frota é muito velha. Confesso que não fiz nenhuma estatística, mas os carros que vi na Itália, Canadá ou EUA são visivelmente mais novos que os nossos. Quem já não viu um Chevette com uns 20 anos, caindo aos pedaços, pintado no vidro traseiro "vendo completo com GNV". Ou seja, este carro ainda vai circular por muito tempo. E é isso (creio eu) que as montadoras cobram. Se uma frota é renovada em média a cada 10 anos, pode cobrar menos por outra que é renovada a cada 20 anos.

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