Hyundai i30
Expliquei na avaliação do Civic LXS que é difícil alguma coisa em matéria de carros me surpreender. Pois bem: se o i30 (ou Elantra, segundo algumas previsões que espero estarem erradas), da maneira como vi, com os equipamentos que vi, custar até 65 mil reais, será verdadeiramente revolucionário.
Por fora, é regular. Estilo vai do gosto de cada um, mas o carro não é algo que surpreenda como foi o Punto, por exemplo. Também não é uma monstruosidade como o Sandero. Está bem inserido nas tendências atuais, com lanternas dianteiras e traseiras um pouco maiores do que seria desejável. No final das contas, parece um carro coreano que fez compras na Zara e ficou elegante. Destaque para as rodas 17 polegadas, muito bonitas. A medida do pneu é muito agressiva: 205/45, baixa e incômoda para o padrão de piso que temos em SP. Fará melhor com uma roda mais modesta, 16.
Por dentro o bicho pega. O i30 dá o mesmo salto no padrão de qualidade no interior que o Golf deu em 1999. Absolutamente todos os plásticos têm boa pega, os tecidos são macios, os bancos em couro. Encaixes com um mínimo de folga. Alavancas e botões são muito precisos. Todas, e eu disse todas as alças de teto e tampas de porta-objetos têm abertura suave. Um senão: o material do volante poderia ser melhor.
A posição de dirigir é muito boa: o volante tem regulagem de altuira e profundidade. O espaço interno, então, é digno de sedã médio: com o banco do motorista regulado para uma pessoa de 1,80, o passageiro de trás ainda tinha folga para as pernas.
A lista de equipamentos, então, é de cair o queixo: seis air bags; freios ABS com EBD; ar digital (única zona); trio elétrico com um toque nos 4 vidros; bancos em couro, teto solar, computador de bordo, piloto automático, sistema de som com mp3 e 6 CDs, e câmbio automático.
Que pode ser o calcanhar-de-aquiles do i30. O powertrain é conhecido, o motor 2.0 do Tucson e a mesma caixa automática. Hum. Aqui acontece o mesmo que no 307: ótimo motor, câmbio nem tanto: demorado nas trocas e indeciso nas reduções. Além disso, fica devendo a opção de trocas manuais, embora a alavanca possa ser colocada nas posições 1, 2 e 3 seguindo os trilhos.
Se este pacote já é atraente, imagino uma versão manual com um câmbio longo, 4+E, como ele é disponível na Argentina. Perfeito. Com um senão: lá ele é mais caro que os competidores diretos, como 307 e Golf. Será que aqui a Hyundai está preparada para oferecer um carro mais caro que a concorrência (e não mais barato, como todo o resto da linha) ou será que ela segue na estratégia sempre brilhante de oferecer mais por menos? Um i30, similarmente equipado, com câmbio manual, na faixa de 55 a 60 mil reais, é de tirar do sério.
E ainda pode rolar uma versão 1.6 de 122 cv, como os hermanos têm, a 45 mil. Será?
Por fora, é regular. Estilo vai do gosto de cada um, mas o carro não é algo que surpreenda como foi o Punto, por exemplo. Também não é uma monstruosidade como o Sandero. Está bem inserido nas tendências atuais, com lanternas dianteiras e traseiras um pouco maiores do que seria desejável. No final das contas, parece um carro coreano que fez compras na Zara e ficou elegante. Destaque para as rodas 17 polegadas, muito bonitas. A medida do pneu é muito agressiva: 205/45, baixa e incômoda para o padrão de piso que temos em SP. Fará melhor com uma roda mais modesta, 16.
Por dentro o bicho pega. O i30 dá o mesmo salto no padrão de qualidade no interior que o Golf deu em 1999. Absolutamente todos os plásticos têm boa pega, os tecidos são macios, os bancos em couro. Encaixes com um mínimo de folga. Alavancas e botões são muito precisos. Todas, e eu disse todas as alças de teto e tampas de porta-objetos têm abertura suave. Um senão: o material do volante poderia ser melhor.
A posição de dirigir é muito boa: o volante tem regulagem de altuira e profundidade. O espaço interno, então, é digno de sedã médio: com o banco do motorista regulado para uma pessoa de 1,80, o passageiro de trás ainda tinha folga para as pernas.
A lista de equipamentos, então, é de cair o queixo: seis air bags; freios ABS com EBD; ar digital (única zona); trio elétrico com um toque nos 4 vidros; bancos em couro, teto solar, computador de bordo, piloto automático, sistema de som com mp3 e 6 CDs, e câmbio automático.
Que pode ser o calcanhar-de-aquiles do i30. O powertrain é conhecido, o motor 2.0 do Tucson e a mesma caixa automática. Hum. Aqui acontece o mesmo que no 307: ótimo motor, câmbio nem tanto: demorado nas trocas e indeciso nas reduções. Além disso, fica devendo a opção de trocas manuais, embora a alavanca possa ser colocada nas posições 1, 2 e 3 seguindo os trilhos.
Se este pacote já é atraente, imagino uma versão manual com um câmbio longo, 4+E, como ele é disponível na Argentina. Perfeito. Com um senão: lá ele é mais caro que os competidores diretos, como 307 e Golf. Será que aqui a Hyundai está preparada para oferecer um carro mais caro que a concorrência (e não mais barato, como todo o resto da linha) ou será que ela segue na estratégia sempre brilhante de oferecer mais por menos? Um i30, similarmente equipado, com câmbio manual, na faixa de 55 a 60 mil reais, é de tirar do sério.
E ainda pode rolar uma versão 1.6 de 122 cv, como os hermanos têm, a 45 mil. Será?
Comentários
Me surpreende a ausência de comentários na mídia especializada sobre a exposição do carro no salão do automóvel. Acredito que será o produto de maior apelo comercial da marca nos próximos seis meses.