X-Burger Motorsport
Ontem fui no X-Treme Motorsports, em São Paulo. Pode paracer ridículo para um sujeito que tem um blog sobre carros, mas é a segunda vez que vou num evento desses – a primeira foi num evento de acessórios com a chancela do Emerson Fittipaldi, que aconteceu no Anhembi há algum tempo.
A verdade é que tuning não me atrai. Certa vez, numa lista de discussões que participo por e-mail, um cidadão escreveu que: “os engenheiros estudam e fazem milhares de cursos para chegarem exatamente àquele acerto do carro, pra ir um mecânico de meia tigela depois e estragat tudo”. Não sou assim tão radical e acredito que as montadoras realmente amarram muitos carros, através de filtros e escapamentos restritivos, bem como a programação da ECU (a central eletrônica que controla diversos parâmetros do carro, entre eles os de desempenho). Existem caras no meio do tuning que fazem um trabalho realmente de responsa, com os quais eu entregaria meu carro sem a menor sombra de dúvidas. Entre eles, o Herrera, que fez um grande nome trabalhando motores de maneira muito elegante – qualquer um coloca 2 kg de pressão num turbo e extrai 500 cv de um motor. O Herrera extrai a mesma potência com 0,5 kg. Isso é ser elegante. Também destaco o Batistinha, que vem ganhando nome como “o” cara de V8 do Brasil. Desculpem os outros bons nomes, mas realmente só conheço esses dois, de SP, que vale a pena destacar. Certeza que existem outros fazendo um senhor trabalho.
Essa história de dragster, carro de arrancada, preparação forte, nada disso me atrai. Acho legal um Gol 91 com 600 cv, mas, sinceramente, acho que dava pra fazer coisa melhor com o dinheiro. Gosto mesmo de tunings e preparações discretas. Um Fusion, por exemplo, com rodas negras com aro cromado e um trabalho de leve no motor. Um Vectra novo (que como carro é limitado, mas é uma ótima plataforma para melhorias) mais potente e também com umas rodas e bancos mais agressivos. Sou fã do estilo discreto, elegante, um pouco DUB para quem conhece. Me dói ver carros chamativos, de cores berrantes, com dez alto-falantes. Nessas, acabo gostando de poucas coisas na cena do tuning.
No entanto, acho que os eventos tradicionais (leia-se Salão do Automóvel) podiam aprender muito com o esquema tuneiro. Em primeiro lugar, deixar um espaço para outros carros que não os oficiais – assim como nesses eventos podemos ver o que os tuneiros reais têm feito com seus carros, numa área separada, poderíamos ver carros interessantes de particulares: vai que um brasileiro tem uma Countach ou Diablo, você não ia querer ver essas encrencas num salão do automóvel?
Outra coisa são as mulheres. Já defendi aqui que eles deveriam ser eliminadas do Salão, pq eu não agüento sujeito que vai lotar o evento só pra ver aquelas modelos. Já no salão de tuning, onde as modelos estão espremidas em tops pequenos e saias que parecem cintos, eu entendo mais a apreciação das mulheres. Gosto disso pois elimina a hipocrisia reinante no Salão: a mulher esta lá para enfeitar o carro com sua beleza estonteante, mas como todas as marcas querem passar uma impressão de elegância, colocam as ditas em vestidos de gala que não mostram efetivamente nada. Ou vamos assumir a questão mulher-objeto de vez (como o tuning faz) ou vamos tirá-las do evento.
Por fim, a possibilidade de ver os carros em funcionamento. Todo evento de tuning que se preze tem uma área onde acontecem demonstrações de arrancada, de drift, de big foot e até de capotagem. Carros foram feitos para andar – e é por isso que me senti muito melancólico ao visitar o maior museu de carros do Brasil, o da Universidade Luterana (Ulbra), em Canoas, no RS. Vários automóveis maravilhosos – e parados. Não foram feitos para aquilo, eles existem para andar. Por isso que aprecio evento como os encontros de carros antigos no sul de Minas, no qual os carros andam, ou as corridas de autos antigos. O Salão do Automóvel poderia talvez fundir-se com a Quatro Rodas Experience, e permitir que as pessoas andem ou dirijam os carros.
Ah, em tempo. Formulei uma teoria totalmente bizarra. Chamou minha atenção a quantidade de mulheres presentes ao evento – muito mais que no Salão do Automóvel, por exemplo. Algumas realmente curtem preparação. Outras, a grande maioria, acompanhavam os namorados. Moças bonitas, acompanhando às vezes uns caras bizarros. A teoria: Quem gosta de tuning precisa de dinheiro para comprar o carro, as peças, deixar no preparador, estas coisas. Para conseguir dinheiro, ou se nasce rico ou se batalha, trabalhando e sendo responsável. Qual garota não deseja um cara responsável e batalhador? Os tuneiros estão com tudo!
A verdade é que tuning não me atrai. Certa vez, numa lista de discussões que participo por e-mail, um cidadão escreveu que: “os engenheiros estudam e fazem milhares de cursos para chegarem exatamente àquele acerto do carro, pra ir um mecânico de meia tigela depois e estragat tudo”. Não sou assim tão radical e acredito que as montadoras realmente amarram muitos carros, através de filtros e escapamentos restritivos, bem como a programação da ECU (a central eletrônica que controla diversos parâmetros do carro, entre eles os de desempenho). Existem caras no meio do tuning que fazem um trabalho realmente de responsa, com os quais eu entregaria meu carro sem a menor sombra de dúvidas. Entre eles, o Herrera, que fez um grande nome trabalhando motores de maneira muito elegante – qualquer um coloca 2 kg de pressão num turbo e extrai 500 cv de um motor. O Herrera extrai a mesma potência com 0,5 kg. Isso é ser elegante. Também destaco o Batistinha, que vem ganhando nome como “o” cara de V8 do Brasil. Desculpem os outros bons nomes, mas realmente só conheço esses dois, de SP, que vale a pena destacar. Certeza que existem outros fazendo um senhor trabalho.
Essa história de dragster, carro de arrancada, preparação forte, nada disso me atrai. Acho legal um Gol 91 com 600 cv, mas, sinceramente, acho que dava pra fazer coisa melhor com o dinheiro. Gosto mesmo de tunings e preparações discretas. Um Fusion, por exemplo, com rodas negras com aro cromado e um trabalho de leve no motor. Um Vectra novo (que como carro é limitado, mas é uma ótima plataforma para melhorias) mais potente e também com umas rodas e bancos mais agressivos. Sou fã do estilo discreto, elegante, um pouco DUB para quem conhece. Me dói ver carros chamativos, de cores berrantes, com dez alto-falantes. Nessas, acabo gostando de poucas coisas na cena do tuning.
No entanto, acho que os eventos tradicionais (leia-se Salão do Automóvel) podiam aprender muito com o esquema tuneiro. Em primeiro lugar, deixar um espaço para outros carros que não os oficiais – assim como nesses eventos podemos ver o que os tuneiros reais têm feito com seus carros, numa área separada, poderíamos ver carros interessantes de particulares: vai que um brasileiro tem uma Countach ou Diablo, você não ia querer ver essas encrencas num salão do automóvel?
Outra coisa são as mulheres. Já defendi aqui que eles deveriam ser eliminadas do Salão, pq eu não agüento sujeito que vai lotar o evento só pra ver aquelas modelos. Já no salão de tuning, onde as modelos estão espremidas em tops pequenos e saias que parecem cintos, eu entendo mais a apreciação das mulheres. Gosto disso pois elimina a hipocrisia reinante no Salão: a mulher esta lá para enfeitar o carro com sua beleza estonteante, mas como todas as marcas querem passar uma impressão de elegância, colocam as ditas em vestidos de gala que não mostram efetivamente nada. Ou vamos assumir a questão mulher-objeto de vez (como o tuning faz) ou vamos tirá-las do evento.
Por fim, a possibilidade de ver os carros em funcionamento. Todo evento de tuning que se preze tem uma área onde acontecem demonstrações de arrancada, de drift, de big foot e até de capotagem. Carros foram feitos para andar – e é por isso que me senti muito melancólico ao visitar o maior museu de carros do Brasil, o da Universidade Luterana (Ulbra), em Canoas, no RS. Vários automóveis maravilhosos – e parados. Não foram feitos para aquilo, eles existem para andar. Por isso que aprecio evento como os encontros de carros antigos no sul de Minas, no qual os carros andam, ou as corridas de autos antigos. O Salão do Automóvel poderia talvez fundir-se com a Quatro Rodas Experience, e permitir que as pessoas andem ou dirijam os carros.
Ah, em tempo. Formulei uma teoria totalmente bizarra. Chamou minha atenção a quantidade de mulheres presentes ao evento – muito mais que no Salão do Automóvel, por exemplo. Algumas realmente curtem preparação. Outras, a grande maioria, acompanhavam os namorados. Moças bonitas, acompanhando às vezes uns caras bizarros. A teoria: Quem gosta de tuning precisa de dinheiro para comprar o carro, as peças, deixar no preparador, estas coisas. Para conseguir dinheiro, ou se nasce rico ou se batalha, trabalhando e sendo responsável. Qual garota não deseja um cara responsável e batalhador? Os tuneiros estão com tudo!
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