Postagens

Mostrando postagens de maio, 2007

Dacia Logan

Imagem
Recentemente, a Hyundai apresentou um carro conceito chamado Genesis. É a entrada da coreana no mercado de luxo, através de um interessante sedã com motor V8. Qualidades à parte, existe uma discussão sobre se não seria melhor a Hyundai lançar este carro, ou seja, entrar no segmento premium, com outra marca. O expediente não é novo: Cadillac na GM, Lincoln na Ford, Lexus na Toyota, Infiniti na Nissan, Acura na Honda... O lançamento iminente do Renault Logan colocou a imprensa especializada em polvorosa, embora eu não sinta o mercado com grandes expectativas. O carro foi capa da 4R deste mês e até que o carro surpreendeu, pelo menos no conjunto motriz e no acabamento interno. No entanto, algumas partes gritam “economia de custos”. Os retrovisores. Os vidros planos. Os faróis. As fechaduras separadas das portas. É difícil dizer se o mercado está preparado para um carro que entrega essa economia logo de cara, e do lado de fora. Outros projetos voltados para a economia de custos, como o Cel

Golf x Focus

O lançamento do Golf 4,5 aparentemente tirou os Golfistas da caverna. Tenho visto muito barulho dos fãs do carro com essa reestilização e com alguns comparativos mal-ajambrados por aí. Pois bem: se existem dois carros que posso falar, esses são Golf e Focus. E sinto dizer, mas o Ford é melhor. Agora, o conceito de melhor é relativo. O melhor é aquele que é especialista no que faz ou o que é generalista e faz tudo muito bem? Esse é o cerne do debate mais polêmico entre os carros. Qual tem a melhor suspensão e a melhor estabilidade? Pois bem: o Golf é MUITO estável. Muito mesmo. Mas tanto quanto, digamos, um Astra com rodas grandes. O segredo da estabilidade do Golf não é segredo para ninguém: molas duras, pneus grandes. O Focus também é muito estável. No limte, a carroceria do Ford rola um pouco mais – em compensação, os pneus do Golf “dobram” mais na medida de 15 polegadas (nem falo os de 14”). A diferença é que, no piso irregular, a suspensão do Focus se transforma como se fosse um To

Gol G4 com interior de G3

Link Não vi isso em lugar nenhum além desse site. Então a informação pode não ser verdadeira. Mas, se for, é o melhor caso de “ups!” da história automobilística recente. A VW admite que, de próprio punho, piorou o interior do Gol e disponibiliza o interior ANTIGO a um preço extra! Por enquanto, a novidade não aparece no site da VW.

Feirão de fábrica

Em 1998, um Palio 1.0 EDX, de acabamento top, com ar-condicionado, custava menos de R$ 20 mil. No mesmo ano, uma Palio Weekend Stile, topo de linha, com air-bag e retrovisores elétricos, custava menos de R$ 25 mil. Três anos depois, era possível comprar um Golf 1.6 a R$ 32 mil. Pouco acima disso, a opção era um Focus 1.8 16v completo, ABS incluso, a R$ 37 mil. Até então, carros acima de R$ 50 mil eram uma absoluta extravagância. Lembro de uma entrevista com o manda-chuva da Citroën, reclamando que precisava vender a Picasso 2.0 no Brasil por R$ 40 mil e assim tinha prejuízo, enquanto na Argentina o carro custava o equivalente a R$ 60 mil e dava lucro. Nem é preciso ir longe; aqui mesmo eu reclamo do Fit a R$ 35 mil. Aqui , eu sugiro qual deveria ser a tabela de preços da VW – boa fonte de risadas... e isso em 2003. Algo se perdeu no caminho. As montadoras são evasivas, invariavelmente culpando o aumento dos insumos, em especial o aço... hmmm... Os impostos são os mesmos, senão até men

Le encanta la gasolina

Sempre digo que consumo é relativo. É evidente que o peso e o motor do carro que você dirige são fatores importantíssimos, mas no meu julgamento o que realmente faz a diferença é o jeito como se dirige. Case in point: andar de táxi em Nova York. A grande maioria da frota, algo em torno de 90%, é composta pelo clássico Ford Crown Victoria, também o favorito das forças policiais. É um sedã grande, com capacidade para 6 passageiros (câmbio automático na coluna de direção), e muito antigo: 4 marchas, tração traseira, 224 cavalos de um V8 4.6 litros. A opção dos taxistas americanos (na verdade, panamenhos, indianos, iranianos, guatemaltecos) pelo sedã é similar à que os brasileiros faziam pelo Santana: um carro grande e principalmente inquebrável, de manutenção mais que barata. Em termos de transporte de passageiros, tanto o Crown Vic quanto o Santana são deficientes em relação a carros mais modernos. A maneira de dirigir, no entanto, varia da água para o vinho. Enquanto taxistas brasileiro

Curtas cartas

Justo o slogan do Vectra ser “Você vai entender quando tiver um”. Ou seja: compre o carro logo, não pense muito. Não adianta pensar antes de comprá-lo. Claro: quem pensa acaba na Honda. Ou na Toyota. Focus 1.6 Flex custando cinco mil a menos que o Golf de mesma motorização, pelos preços de tabela, é de acabar com o VW. Por mais que o alemão tenha bons argumentos, o Ford ainda é a referência de dirigibilidade na categoria, justamente o argumento de vendas do Golf. Falando nele, qual o futuro do Focus? Difícil dizer. A Ford européia já apronta a terceira geração que, segundo fontes, deve ter a cara do novo Mondeo. Eu vi uma projeção por computador e posso aformar com segurança que se trata de um dos carros mais lindos que já vi até hoje. Tê-lo no Brasil em 2009, em simultâneo com a Europa, seria sonhar demais? A Ford pode se contentar com uma versão similar ao Mk 2 europeu, para mim mais feio que o atual. Onde a GM vai encaixar o tal do Vectra hatch? Vai matar o Astra atual, o médio mais

Gol City 1.0 Total Flex

Para se entender a história de sucesso do Gol, é preciso entender a do Fusca. Essa é longa; um resumo curto e bem superficial mostra simplesmente que o Fusca era o carro certo na hora certa. Praticamente inquebrável e de mecânica simples, numa época em que era comum carros não conseguirem subir a serra de Santos até São Paulo. Levou muito tempo até que suas deficiências de projeto (espaço interno, porta-malas, dirigibilidade, consumo) superassem as qualidades. Com isso, mais de uma geração aprendeu a dirigir e carregou a família a bordo do bom Volkswagen. O sucessor Gol portanto, partiu de uma base de clientes amplamente sólida, aliado a um carisma muito grande em relação à marca Volkswagen. De início, o carro soube seguir as qualidades do Fusca em termos de robustez e mecânica simples, e equiparando-se à concorrência em termos de espaço interno, preço e dirigibilidade. Foi assim por anos, durante toda a fase trágica (para a indústria automobilística) dos anos 80. Assoberbada com o pri