GM fecha fábricas


Essa semana a GM anunciou que vai fechar 5 fábricas nos Estados Unidos e mais duas no exterior. Segundo o site kbb.com.br:

O fechamento das fábricas faz parte de um esforço de aumento da utilização da capacidade das plantas que permanecem ativas. Com elas, morrem diversos modelos nos EUA, como os Chevrolet Impala, Cruze e Volt, o Buick LaCrosse e o Cadillac CT6. Segundo a GM, a ideia é focar em "crossovers, SUVs e picapes", algo que permeia todo o informativo à imprensa divulgado pela empresa. É a mesma ideia que a Ford divulgou em abril deste ano e que foi pesadamente criticada. Com otimização de seu portfólio, concentrado nestes modelos, a GM espera produzir mais de 75% de seus carros sobre apenas 5 plataformas no começo da próxima década.

Outras medidas anunciadas pela empresa, no esforço de chegar a "Zero Acidentes, Zero Emissões e Zero Mortes" em seus carros, são a integração de seus times de desenvolvimento de motores e de veículos e a expansão do uso de ferramentas virtuais de desenvolvimento. A empresa fala também em transformar sua mão de obra, o que corresponde a demitir 15% de todos os seus funcionários e 25% de seus executivos, para dinamizar a tomada de decisões. Outro eufemismo é "comprimir" seus centros de desenvolvimento. Fechar seria uma expressão mais adequada. Por fim, a GM fala em aumentar "a quantidade de componentes de alta qualidade em sua linha de produtos, especialmente aqueles que não são visíveis ou perceptíveis para os consumidores". O que é uma tremenda mudança de direção em uma empresa que vende tantos produtos nota zero nos testes de impactos, como é o caso do Aveo e já foi o do Onix e do Prisma. Talvez porque, agora, os consumidores fiquem sabendo que faltam componentes, como os airbags de cortina no Cruze sulamericano.

Temos alguns comentários.

- Uma das fábricas do exterior cujo fechamento é aventado é a de São José dos Campos, que hoje está ociosa produzindo S10 e Trailblazer. O que mais nos espanta é ela ainda estar produzindo apesar dos grandes esforços do sindicato local em fechá-la. Se for isso, será a crônica de uma morte anunciada.

- Haverá uma grande redução na quantidade e variedade de modelos oferecidos, algo que a Ford também já sinalizou que fará. Aqui apelidamos o processo de “brasileirização da oferta”: isso significa oferecer a menor quantidade possível de opções para o consumidor e ele que se vire com o que tem. Um portfólio considerado “ideal” no Brasil hoje reúne um compacto e seu sedã, um SUV compacto e um médio, e uma picape diesel cabine dupla. TALVEZ um sedã. Esportivo? Não. Perua? Não. Sedã grande? Não. E fica quietinho aí. Nessas ficamos aqui babando em carros como o Scirocco, a Focus SW, Astra SW (na época), e não recebemos nada. E tome carros iguais vendidos a rodo, você olha na rua e tudo é mais do mesmo, um monte de carros iguais. Países como Chile e Argentina têm muito mais diversidade. E aqui continua sendo o Brasil colônia, local de extração do ouro e só.

- A GM precisa mesmo melhorar sua qualidade construtiva. Está muito pra trás da VW e mesmo da Ford.

- O kbb é um site excelente, não tem roda presa com ninguém, fala umas verdades bem necessárias.

Comentários

ChAndré disse…
Espero que o novo presidente assine logo o acordo com a UE para permitir a importação de veículos de lá sem sobretaxação.

Daí teríamos a opção de modelos exóticos, como peruas, sedãs grandes e etc.

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