Comentários nervosos
Salve pessoal, paramos, mas não
morremos.
Em primeiro lugar, desculpem a falta
de atualizações. Foi uma combinação de excesso de trabalho com férias e falta de
material já pronto e não publicado. O teste do Fusca era o único que tínhamos,
se não fosse ele não teríamos publicado nada de novo.
Em segundo lugar, tá difícil de
escrever sobre carros. Falta movimentação no mercado. Juntamos alguns assuntos
diversos abaixo, mas nenhum deles com força para render um post sozinho.
A principal movimentação da indústria
automotiva dos últimos meses foi o lançamento do Fiat Mobi. É válida uma comparação
com o lançamento do up!, que causou muito mais furor, avaliações e testes
quando foi lançado. O Mobi foi desmascarado de cara. Ao contrário do up!,
projeto novo e global, o Mobi é um Uno reduzido e levemente modificado, sem
alterações mecânicas relevantes e as alterações de aparência não são
necessariamente melhores ou mesmo relevantes. Parece que alguém na Fiat viu a
oportunidade de entrar num segmento gastando pouco, pouquíssimo, só que nessas
de gastar pouco o carro ficou uma porcaria. É provável que mais pra frente com
motor tricilíndrico a coisa melhore.
Por outro lado a Toro foi um golaço.
Ao contrário da Oroch, que tem aquela sensação de pobreza que emana dos carros
da Dacia, a Toro é moderna, chique, chama a atenção mesmo. E tem porte de
picape cabine dupla, inclusive considerando que as gerações atuais de Ranger,
S10 e Hilux são verdadeiros monstros de grandes. Outro dia vimos uma Ranger
nova perto de uma Dakota (que era monstruosa no lançamento) e a Dodge ficou
parecendo um Hot Wheels.
Agora, já passou da hora da Fiat
acabar com essa palhaçada de achar que esse 1.8 16v consegue empurrar carros de
1400 kg. É um motor adequado para Punto, Linea e só. A Volkswagen consegue
fazer motores de alta complexidade como um 1.4 TSI flex muito mais rápido do
que a Fiat consegue importar o 2.4 Tiger Shark já em uso nos Estados Unidos. Difícil
entender a demora, e aí os donos de Toro e Renegade ficam passando vergonha nas
subidas e fazendo 4 km/l de etanol na cidade.
A Ford suspenseu as vendas da Edge
antiga e não começou as da Edge nova. Genial. “Vamos parar de vender, aí todo
mundo nos esquece, aí a gente começa a vender de novo”. Sério, quem comanda
aquela porcaria?
A mesma pessoa que acha que o Powershift
é um câmbio viável, só pode ser. Pra não ficar feio, não façam agora assim de
sopetão, mas na próxima remodelação de Fiesta e Focus, troquem pelo
copnvencional do Fusion. Muito melhor e menos trabalho de recall. Amigo nosso
dono de um Focus 2014 ouviu a seguinte pérola da concessionária: “Identificamos
que seu câmbio precisa de troca de embreagens, mas não temos a peça. Assim que
chegar ligamos”. E isso foi em fevereiro... Pior que ele se considera um privilegiado,
pois o Powershift nunca o deixou na mão.
Gol, o carro conectado. Sério
Volkswagen? Esse é o mote do carro? Ok, os millenials querem carro com recursos
de multimídia, e de fato o interior ficou muito melhor, mas nem um chorinho
para nós entusiastas? Ou traduzindo: CADÊ A PORRA DO GOL GTI? Tem o motor, tem
o carro, tem o câmbio, não tem um puto dum engenheiro pra fazer um protótipo?
É o que dizemos aqui: o principal
requisito para trabalhar em montadora é não gostar de carro. Quem gosta não
aguenta e cai fora.
O Etios ganhou um painel digital,
câmbio automático e zzzz... desculpe, temos dificuldade para falar do Etios.
Novo Cruze deve ser legal, novo Civic
também. A ver.
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