O Celta morreu
Já não era sem tempo.
Primeiro modelo oriundo da fábrica da
GM em Gravataí, o projeto Arara Azul deveria ser um modelo estrondosamente
barato, para vender em altíssimos volumes e catapultar a GM à liderança de
vendas. Toda a depenação possível estava lá. Só não estava o preço. Entao o
consumidor levava o pior acabamento já visto na produção nacional, com exceção
da Kombi, espaço interno difícil, absolutamente nenhum equipamento, por preço
similar ao da concorrência.
Foi uma fase tenebrosa para os
amantes de carro no Brasil, esse início dos anos 2000 que precisávamos conviver
com Gol G4, Fox da primeira geração, Fiesta baiano e o Celta. Jogo duro. Dá até
gosto olhar para trás e ver como Gol, Fox, Fiesta (mesmo seu sucessor
espiritual, o Ka) e Onix melhoraram as coisas. Sair de um Fox daquela época e
entrar num atual é como sair de um banco de praça e entrar no Copacabana
Palace.
Hoje o Celta não cabe mais no cenário
nacional; mesmo tendo melhorado internamente com a remodelação, a posição de
dirigir enviesada, o câmbio extremamente curto, o projeto baseado no Corsa de
94 já estavam mais do que esgotados.
Então damos adeus a um carro pequeno,
popular, de altas vendas, confiabilidade mecânica, e um câmbio extretamente
curto que dava impressão de bom desempenho, necessário ao estar associado a
motores VHC que sempre só renderam em altíssima rotação.
Foi importante para muita gente, mas
em termos de automóveis não vai deixar saudade.
Comentários
Abs, parabéns pelo blog.
Abs, parabéns pelo blog.