O que comprar?
Recentemente estivemos envolvidos em
algumas conversas sobre compra e troca de carros considerando os aspectos
econômicos da questão.
Existem muitas vertentes. Existem as
pessoas que não passam mais de dois anos com um carro para evitar a
desvalorização e a manutenção cara. Existem quem só compre carro zero, por
considerar a melhor marca de todas. Tem quem só compre usado para reduzir a
desvalorização. Tem quem se enforque para andar com um modelo novo, completo,
desejado. E tem quem tem posses e anda por aí de carro relativamente simples
para não chamar a atenção ou não gastar dinheiro com isso.
Em termos racionais, os economistas são um
tanto unânimes ao afirmar que você deve comprar o carro que atenda suas
necessidades, sem se enforcar, e de preferência pagando à vista. Portanto, se é
solteiro ou casal sem filhos, um hatch compacto é suficiente. A família
cresceu? Um sedã médio. Precisa levar parentes? Um carro maior, talvez uma
minivan. Enfrenta caminhos ruins? Picapes e SUVs. Pensando sempre de forma
utilitária, sem investir em luxo e marcas.
Gostamos de racionalidade no M4R. Mas
gostamos de carros ainda mais.
Assim sendo, nosso critério de avaliação de
compra de carro é simples:
“se o dinheiro é seu e foi ganho
honestamente, execute”.
Dinheiro ganho de forma desonesta não dá
pra defender. Tem de ser devolvido a quem pertence de direito.
Excluída essa hipótese, faça o que quiser.
Claro que não defendemos aqui famílias passando fome para andarem de carro
novo, mas uma vez atendidos critérios mínimos, defendemos que a compra do carro
é algo que deve te trazer sobretudo alegrias.
É um cara solteiro, abonado e gosta de
peruas? Então bom rolê de RS6 Avant. Tá mais na pegada da mulherada? Evoque.
Casal com filho pequeno que curte estilo e brincar de Tetris no porta-malas?
Fiat 500. Mulher estilosa que aprecisa visão de comando no trânsito? SUV. Já
tem um carro para as necessidades e quer só prazer? Invista num antigo, ou
réplica de Cobra. Sua visão de alegria é um carro que rode 300 mil km com o
mínimo de dissabores? Civic e Corolla.
Para os entusiastas, a função de um carro
não é e nem nunca foi levar de A para B. A função do carro é te fazer sorrir
toda vez que olhar para ele. E aí a racionalidade sai pela janela.
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