Etanol: é bacana
Desde já vamos deixar claro que somos contra o aumento do etanol anidro na gasolina, dos 25% atuais para 27,5%. A quantidade atual é a máxima determinada por lei, e uma alteração para cima pode trazer problemas aos carros a gasolina.
Mas não é por isso que deve-se bater sem dó no etanol, como se tem feito, e muito menos associar o nome etanol a qualquer homossexualismo ("etanol é coisa de viado", algo totalmente sem noção). Etanol é o nome internacional do antigo álcool, e reclamar disso é como reclamar que Brasil se escreve com Z em inglês: apego a coisas sem importância.
A produção de etanol dá emprego a milhares de pessoas no interior do Brasil. É a chance que muita gente tem de melhorar de vida, e sem precisar inchar ainda mais as favelas de uma cidade grande em busca de oportunidades.
As usinas de etanol produzem eletricidade com a queima do bagaço da cana, ajudando a gerar energia limpa e renovável.
Canaviais representam menos de 5% do uso das terras agrícolas do Brasil (pecuária usa mais de 40%), e tem sido cultivados em determinadas regiões do Brasil continuamente a quase 500 anos, demonstrando que não destroem o solo.
Por fim, é a única alternativa viável hoje em termos de combustíveis sustentáveis para transporte. O petróleo está ficando cada vez mais raro, mais difícil de extrair (não é à toa que o preço do barril tem se mantido acima de 100 dólares há algum tempo, recorde histórico), e carros elétricos tem os problemas de reciclagem da bateria e seus metais pesados após o uso, e também de saber de onde vem a energia no caso de elétricos carregados em tomadas: não é muito ecológico se a energia vem de uma usina a carvão, certo?
Etanol é a única experiência de combustível líquido sustentável que deu certo no mundo. Existisse em todo o planeta, e talvez a preocupação com o aquecimento global não fosse tudo isso. E nego vem exclamar do combustível porque obriga as montadoras a adaptarem os motores no Brasil e o cara fica putinho porque não pode pegar um Mustang emprestado com a Ford.
Sério.
Comentários
ISM
Pois é Anônimo, coisa de gente antiga, que não quer aprender coisas novas. Faz igual há 20 anos. E nem dá pra mudar muito, pois se mudar perde o jabá.
ISM