O pau vai comer
E
começou o auê com o Golf 7 batendo à porta. Depois de seis anos convivendo com essa
aberração chamada Golf 4,5, finalmente será dado aos brasileiros comprarem um
dos hatches médios mais vendidos do mundo – e, melhor ainda, lado a lado com o
Focus Mk3.
A
VW soltou as informações das versões inicias a serem importadas da Alemanha –
Highline 1.4 TSI manual ou automática com o DSG de sete marchas, e a GTI 2.0
com o DSG de seis marchas. Highline é o nome da linha de topo da Volks e é de
se imaginar portanto que estas serão as versões mais caras dos Golfs não
esportivos – portanto com preços que deveriam ficar na casa dos R$ 70 mil. E é
complicado custar mais caro, já que com pouco mais já é possível comprar Fusca
e Jetta TSI, com 200 cv.
O
pacote escolhido para importação é o que a Hyundai chamaria de “este aqui é o
completo-eto-eto-completaço de verdade, aquele ali é só o completo-eto e o
outro é somente completo”. Sete airbags, sopa de letrinhas, tudo elétrico,
aquela coisa toda que se espera de um carro atualizado com o que se faz na
Europa. São de certa forma os mesmos equipamentos presentes nos Focus Mk3, 308
e o novo C4, todos dignos representantes do velho continente.
Não
temos como deixar de expressar nossa alegria por uma competição de verdade no
segmento dos hactehs médios. Carros que são a coluna cervical da indústria
automobilística na Europa, agora disponíveis em conjunto para o brasileiro
(endinheirado) comprar.
O
Golf GTI deve ser comercializado como sonho de consumo, na faixa superior a R$
110 mil. Podemos aqui reclamar do preço abusivo, mas vamos preferir ficarmos
contentes com termos esta opção novamente; a VW podia simplesmente ter deixado
o GTI de fora e aí seria muito pior. Vamos lembrar que nenhuma outra montadora
traz um hatch médio esportivo de verdade.
A
estratégia de começar a trazer modelos da Alemanha é similar à adotada quando o
Golf 3 chegou ao Brasil entre 94 e 95. A versão 1.8 era importada da Alemanha,
enquanto as 2.0 GLX e GTI vinham do México. A produção nacional só começou com
o Golf 4, em 99. Quem comprar esta primeira leva alemã pode ter certeza de um
carro extremamente bem-construído e que vai durar para sempre – mas a
habilidade das concessionárias em mexer nele, e a disponibilidade de peças
ficam em xeque. Uma vez montado no Brasil, as coisas facilitam.
E
o Golf deve chegar junto do Focus Mk3, antes do final do ano. O Ford vem com um
motorzaço 2.0 flex de 178 cv, segundo as previsões, e um belo pacote de
equipamentos similar ao do Golf – não vamos esquecer que o carro imediatamente
superior, Fusion, traz em sua versão completa equipamentos do mesmo nível de
sedã médio alemão. A julgar pelas avaliações no exterior, a dirigibilidade e o
acabamento voltam a ser pontos fortes, como eram na primeira geração.
Briga
das boas.
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