Impressões: Toyota Etios
Há algum tempo elogiamos no M4R a estratégia de marketing da VW quando do lançamento do Golf 4,5. Mesmo com produtos ruins na mão, a turma se esforça para tirar leite de pedra. Foi assin no lançamento do Etios, da Toyota. Um show tecnológico com projeções de imagem, música, cadastro para pré-vendas e test drives. Tudo bonito, eficiente, correto. Muito bem feito. Só faltou uma coisa, um banheiro.
Para as pessoas vomitarem após ver o carro.
Dizer que o Etios é feio é sacanear a palavra feio. O Etios leva o segmento dos sedãs espaçosos e mal desenhados – Logan, Cobalt, Versa, Grand Siena – a novos níveis de horror. A frente é achatada; a lateral é desproporcional; a traseira usa elementos de design redondos de vinte anos atrás.
Por dentro, o que se esperava de um compacto japonês: muito plástico duro, tecidos ásperos, e um desenho totalmente sem criatividade. As poucas ideias diferentes, como o cluster central e a maxi-tampa do porta-luvas, são mal executados: o primeiro tem cara de brinquedo e o segundo bate nas pernas do passageiro.
Não foi possível dirigi-lo, mas a imprensa especializada que já o fez não elogiou muito: motor fraco, suspensão molenga. A ver como se comportam as unidades no Brasil. Os motores 1.3 e 1.5 ainda não tiveram potência divulgada.
Como qualidades, uma sensação geral de solidez típica de carros japoneses, incluindo botões e alavancas com acionamento e peso corretos; e o bom espaço interno. O porta-malas do sedã é bom, do hatch não.
Mas o Etios, assim como seus concorrentes, não é para o entusiasta; é para quem procura um transporte de A para B. Neste segmento, a qualidade percebida de um produto japonês – e a Toyota está melhor nisso do que a Nissan – pode ser o diferencial para que o Etios venda razoavelmente bem. Problema serão os preços altos: Hatch 1.3 começa em 35 mil e sedã 1.5 a 48 mil. Caro, bem caro.
E feio.
(Obs: o blogger é um lixo. Desculpem a total falta de layout.)
(Obs: o blogger é um lixo. Desculpem a total falta de layout.)
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