Novas medianas
Com o acesso exclusivo aos carros que lhe é privilégio por ser a revista especializada de maior vendagem no Brasil, a Quatro Rodas comparou os quatro sedãs médios que devem abalar o mercado em 2011: Corolla, Jetta, 408 e Fluence. Deu Renault.
É muito interessante notar como os quatro produtos são filhos de estratégias distintas, que respondem a necessidades de mercado distintas.
O Corolla é líder de mercado, respaldado pelo poderio da Toyota e toda sua fama de construir carros confiáveis e inquebráveis. É um carro que se mantém constantemente atualizado com o que se faz lá fora, prática louvável das japonesas. E segue a lógica de quem tem o mercado a seus pés: nenhuma inovação, conteúdo comparável ao da concorrência. Nada, absolutamente nada que faça brilhar os olhos.
O Jetta tem a missão de abalar esse reinado, com o respaldo de uma montadora completamente tradicional no mercado brasileiro. Então, a ideia é que essa marca desempenhe parte do papel e o produto não precisa jogar sozinho. Apostando nisso, a VW se permitiu manter o 2.0 do Bora na versão de entrada, assim como o ar-condicionado mais simples. Falhas que são teoricamente relevadas pelas outras qualidades do produto (quatro air-bags de série, boa lista de equipamentos) e pela tradição VW.
Peugeot e Renault não contam com esse respaldo institucional. A primeira não emplaca um sedã faz tempo e a segunda tinha um bom produto nas mãos e se atrapalhou. Então os carros precisam falar, e falam alto. Os dois são muito mais equipados, com um acabamento muito melhor (Peugeot) ou um conjunto mecânico mais evoluído (Renault). E deveriam ser ainda melhores, com suspensão multilink, por exemplo.
Não é à toa que, no comparativo entre os produtos, os franceses tenham ficado com os dois primeiros lugares.
E o que acontece quando uma marca alia sua tradição a um produto impecável? Lembram do Fusion? A Ford, com tradição em sedãs grandes, traz dos EUA um carro com ótimo motor, câmbio, suspensão, equipamentos a um preço competitivo. Vendeu cinco vezes mais que a previsão inicial da montadora.
E existem outros exemplos. Grandes produtos (e um marketing extremamente agressivo e de mau gosto, mas enfim) fizeram o nome da Hyundai. Um bom carro sozinho não faz milagres (Mégane e Focus foram vítimas de estratégias estúpidas), mas não se enganem: o primeiro passo é o bom produto, e só depois o marketing.
É muito interessante notar como os quatro produtos são filhos de estratégias distintas, que respondem a necessidades de mercado distintas.
O Corolla é líder de mercado, respaldado pelo poderio da Toyota e toda sua fama de construir carros confiáveis e inquebráveis. É um carro que se mantém constantemente atualizado com o que se faz lá fora, prática louvável das japonesas. E segue a lógica de quem tem o mercado a seus pés: nenhuma inovação, conteúdo comparável ao da concorrência. Nada, absolutamente nada que faça brilhar os olhos.
O Jetta tem a missão de abalar esse reinado, com o respaldo de uma montadora completamente tradicional no mercado brasileiro. Então, a ideia é que essa marca desempenhe parte do papel e o produto não precisa jogar sozinho. Apostando nisso, a VW se permitiu manter o 2.0 do Bora na versão de entrada, assim como o ar-condicionado mais simples. Falhas que são teoricamente relevadas pelas outras qualidades do produto (quatro air-bags de série, boa lista de equipamentos) e pela tradição VW.
Peugeot e Renault não contam com esse respaldo institucional. A primeira não emplaca um sedã faz tempo e a segunda tinha um bom produto nas mãos e se atrapalhou. Então os carros precisam falar, e falam alto. Os dois são muito mais equipados, com um acabamento muito melhor (Peugeot) ou um conjunto mecânico mais evoluído (Renault). E deveriam ser ainda melhores, com suspensão multilink, por exemplo.
Não é à toa que, no comparativo entre os produtos, os franceses tenham ficado com os dois primeiros lugares.
E o que acontece quando uma marca alia sua tradição a um produto impecável? Lembram do Fusion? A Ford, com tradição em sedãs grandes, traz dos EUA um carro com ótimo motor, câmbio, suspensão, equipamentos a um preço competitivo. Vendeu cinco vezes mais que a previsão inicial da montadora.
E existem outros exemplos. Grandes produtos (e um marketing extremamente agressivo e de mau gosto, mas enfim) fizeram o nome da Hyundai. Um bom carro sozinho não faz milagres (Mégane e Focus foram vítimas de estratégias estúpidas), mas não se enganem: o primeiro passo é o bom produto, e só depois o marketing.
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