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Mostrando postagens de abril, 2010

Poesia a motor

Abaixo está a conclusão do Carlos Cristófalo (do Argentina Auto Blog, link aí do lado) após ter rodado por 48 horas com um Porsche Cayman S. Esta é a poesia que emana de estar em contato com um carro realmente superior, uma realização sublime. Quem gosta de carros não tem como não ler e não se identificar. Esta no puede ser una conclusión cualquiera, porque el Porsche Cayman S no es un auto común. Tampoco fue normal lo que me inspiró a hacer durante las 48 horas que estuvo en mis manos. Colgué el trabajo, postergué llamados y no respondí e-mails. Salí a la ruta e hice 300 kilómetros sólo para almorzar una picada de fiambres con dos amigos que viven en un pueblo de la provincia de Buenos Aires, donde la gente todavía tiene tiempo de juntarse al mediodía y después dormirse una siesta antes de volver a trabajar. Saqué a pasear a otro amigo, al que la puta vida lo está golpeando en este momento donde más duele, sólo para compartir durante una hora la frívola alegría de salir a dar una vuel

Do que eu já enjoei

- Palio - New Civic - Golf - Suspensão traseira por eixo de torção - Barulho de alarme Positron (plim plim) - CarSystem avisando que "este veículo está sendo roubado" - Marketing da Hyundai - Reestilizações seguidas - Plataforma do Corsa de 94 - Dobradiças do porta-malas de "pescoço de ganso" - Mostradores digitais para combustível e temperatura - Depenações seguidas a cada ano/modelo de um carro - Vagas apertadas em estacionamentos - Gente que não respeita a delimitação da vaga - Tecido áspero nos bancos - Câmbio curto sem necessidade - Asfalto ruim - Lâmpadas de xenon instaladas em qualquer carro - Buzina de moto - Caminhão soltando fumaça preta

Globalização de verdade

A erupção vulcânica na Islândia é a responsável pela paralisação de duas fábricas da Nissan nos Estados Unidos. Elas não conseguem montar os carros pela falta de um componente, um sensor pneumático feito na Irlanda, e embarcado em aviões para os EUA. Tenho conhecidos que entendem de supply chain muito melhor do que eu, mas o que pude absorver nas andanças por aí é o seguinte: a eficiência de uma fábrica é medida pelo quanto ela consegue produzir, versus o quanto ela custa. São notórios os exemplos de que uma fábrica automotiva, hoje, produz 30% mais que há 40 anos com 30% menos gente. Menos gente é menos custo, mais produção é mais lucro. Além de demitir gente, outro método de redução de custos é o que se convencionou chamar de just-in-time, ou “bem a tempo”, ou seja: as peças chegam à fábrica bem na hora de serem montadas. Assim, os pneus da Pirelli chegam à fábrica da Fiat em Betim bem na hora de serem colocadas nas rodas. Isso permite que a Fiat não mantenha um armazém enorme guarda

Padronização, até a página 2

Lentamente, algumas alterações significativas se impõem na indústria automotiva. Pequenas melhoras, que no geral contribuem para um carro se tornar mais agradável. Comentei o lançamento do Logan reestilizado no Twitter, e um dos itens que chamou a atenção foi o controle dos vidros elétricos, que saiu do painel e foi para a porta. A maioria dos carros coloca estes botões ali; é um lugar prático, que mantém os botões à mão do motorista. Quase uma unanimidade na indústria. O Clio foi ganhar os botões na porta somente após bons anos de mercado, ao passo em que o Logan já o faz na primeira reestilização. Outro que ganhou uma adaptação para o controle de vidros na porta foi o Gol G4, embora o Gol G5 já contasse com isso desde o início do projeto. Outra quase unanimidade são os difusores de ar no alto do painel, que hoje somente a família Palio, Mille e Vectra não adotam. Era mais comum antes, como no Gol bolinha ou no Corolla quadrado. Difusores altos permitem jogar o ar frio para cima, otim

Professor Gol

A Volkswagen promoveu um grande evento em São Paulo, no final de semana passado, em comemoração aos 30 anos do início da produção do Gol, o carro mais vendido do País por 13 anos consecutivos. Este blog é a favor de que, ao invés dessa bobagem toda, a homenagem fosse feita com o lançamento de um novo Gol GTI que honrasse a tradição da sigla que foi sinônimo de desempenho e alta tecnologia nas versões de 1989 (primeiro carro a injeção do Brasil) e 1995 (2.0 16v, 145 cv, bolha charmosíssima no capô). De qualquer modo, estudar a história do Gol é tirar importantes lições a respeito da indústria automobilística nacional nestes últimos anos. A ver: - A primeira geração do carro manteve-se em produção por 14 anos, sofrendo somente mínimas alterações na frente e na traseira durante este tempo todo. O projeto original do Gol previa o estepe no cofre do motor; no entanto, o baixo desempenho do motor 1.3 oferecido inicialmente forçou a VW a adotar um 1.6, que por sua vez ocupava mais espaço no c

Consumo consciente

Há oito anos, o topo de linha da Fiat era o Marea. Na versão HLX, o carro vinha com teto solar, bancos em couro, transmissão automática de quatro velocidades, um motor de 21 m.kgf de torque e 160 cv, suspensão traseira independente por sistema de braço arrastado, ar-condicionado automático, ajuste de apoio lombar, além dos equipamentos de sempre. Naquela época, o topo de linha da Fiat na Itália também era o Marea. Hoje, o topo de linha da Fiat é o Linea. Na versão Absolute, não há teto solar e o câmbio automático foi substituído por um automatizado. Os bancos são em couro, mas o motor é bem mais simples, gerando 132 cv e 18,6 m.kgf de torque. A suspensão traseira é convencional, por eixo de torção. Entre os equipamentos, evolução discreta: ar-condicionado igualmente automático, mas com mostrador digital, ajuste da profundidade do volante, computador de bordo, e sem ajuste lombar. O topo de linha da Fiat na Itália é o Croma. A situação se repete na GM. Em 2001, o Vectra CD vinha com um