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Mostrando postagens de junho, 2009

Esse é o caminho

A Mitsubishi acabou de lançar no mercado o primeiro motor V6 flex do Brasil. Ele equipa o SUV Pajero Sport, atualmente várias remodelações sobre a plataforma original de 1996. O carro é feio, velho, apertado, duro, de acabamento péssimo para seu preço, ruim de dirigir, uma aberração, enfim. Desperdício de dinheiro.   O motor, no entanto, espero que sinalize uma nova era, na qual até as unidades de maior cilindrada e desempenho poderão rodar com álcool. É claro que aqui faz pouca diferença o ganho de potência e torque com álcool (5 cv e 1 m.kgf de torque, isso numa unidade com 200 cv e 31 m.kgf), e o consumo neste combustível pode se tornar exacerbado.   Porém, como falei há alguns posts, o álcool é um combustível renovável, e do ponto de vista ambiental é mais interessante um carro fazendo 5 km/l de álcool do que 10 km/l de gasolina. Além disso, o uso do álcool diminui nossa dependência do petróleo estrangeiro. E, por fim, somos o único país a adotar o álcool em larga escala, num

Teste: Renault Symbol Privilège 1.6 16v

É confuso entender a linha de sedãs de entrada da Renault. O Mégane está bem posicionado no segmento de topo, com luxo, equipamentos e porte adequados. O problema reina na distinção entre Logan e Symbol. Ambos têm basicamente o mesmo comprimento, mas o Logan é mais alto, mais largo e, principalmente, tem um entreeixos muito maior, o que resulta num espaço interno digno de carro médio. Já o Symbol vem com parcos 2,47m nessa distância, o que o enquadra na categoria de sedãs pequenos. A grosso modo, o Logan é como a Kombi: o maior espaço possível com o mínimo de requinte possível. O Symbol troca espaço por acabamento e equipamentos. O que a Renault mira, aqui, é o consumidor que foge do Logan pelo seu mau aspecto, essência de carro de baixo custo, sem necessariamente ter a bala na agulha para comprar um Mégane. O estranho é comprar um carro teoricamente superior ao Logan (ao menos em preço), mas menor que este. Se pensarmos na concorrência, o Symbol está bem inserido, em termos de tamanho

GM vende Celta nos EUA

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Para um comércio dar certo...

Ainda falando de combustíveis, a média do preço do álcool em São Paulo chegou a 1,21 o litro. Na capital os preços mais comuns são 1,199 e 1,099, isso em bostos grandes e de bandeira reconhecida. Já vi o litro a 0,99 em postos bons e a 0,94 centavos naqueles altamente desconfiáveis.   Que eu saiba, combustível é commodity. Ignoremos os postos que adulteram combustível – qual o motivo de eu pagar mais caro o litro do álcool ou gasolina num posto ao invés de outro? Alguns postos oferecem regalias como ducha grátis, mas é muito difícil encontrar uma diferenciação real além da localização. O que é bem relativo.   Vejamos: ao abastecer um carro, o motorista está evidentemente com ele, certo? Então o deslocamento não é um problema. Em cidades grandes, o motorista passa por dezenas de postos num trajeto razoavelmente longo. Mesmo nos curtos, são várias opções: num trajeto de 4 km que eu fiz durante muito tempo em São Paulo, eu passava por seis postos.   Faz sentido, então, cobrar por

(Meio) Off-topic: Blog da Petrobras

Eu digo que é apenas meio off-topic pois tudo que envolve a Petrobras nos afeta diretamente, amantes de automóveis no Brasil. Mas o assunto não tem a ver com carros, e sim com o blog recém-lançado pela empresa com o objetivo de comentar as atividades da CPI instaurada contra si.   Tenho visto um grande rebuliço na imprensa, todos os jornalistas mostrando-se radicalmente contra este blog, que isto é um absurdo, é contra-informação, e tudo mais. Pois eu digo: bando de jonalistas decrépitos e bastardos. Bem-vindos ao século 21, era da informação de todos os lados. O papel da imprensa é outro, é de conviver com outras fontes de informação, como inclusive um blog oficial da companhia. Se ele vai divulgar informações corretas ou não, é problema do blog e da empresa; o jornalista não tem nada a ver com isso.   Acabou o tempo em que um jornalista tinha o poder do veículo de mídia em suas mãos. Hoje as pessoas obtêm seu conhecimento de várias fontes, e se a empresa quiser escrever o que d

Há que ter foco

Já é a segunda vez que vejo um compartivo entre Polo Sedan e Linea. O primeiro foi num globado VW x Fiat, se não me engano na revista Carro, e o segundo apareceu no site iCarros. Estranho, pois são carros de categorias diferentes. O Polo é um sedã compacto, o Linea é um sedã médio.   Polo e Linea têm, sim, similaridade em preços. O Polo top de linha com motor 2.0 sai por 53 mil reais, enquanto o Linea de entrada – em versão nova, chamada LX - sai por   54 mil. Na prática, no entanto, os descontos concedidos ao Linea são bem maiores dos que à linha Polo. O Fiat tem ainda airbag duplo de série, que no Polo são opcionais. Em compensação, o VW vem com rodas de liga leve e ar digital.   O site deu a vitória ao Polo pelas respostas do motor e câmbio. Esse 1.9 do Linea é meio apático mesmo, só acorda após 2500 rpm, enquanto o 2.0 Old School que o Polo compartilha com Golf e Bora é uma unidade com 18 m.kgf de torque já a 2200 rpm. Isso, aliado aos câmbios tradicionalmente curtos da VW, c

Vida inteligente

Pintou mais um blog decente (não que sejam muitos) sobre carros. Vale olhar e conferir sempre. Aqui, já foi pros favoritos da casa. http://blogcarro.zip.net

Gasolina cara?

Esses dias rolou um protesto em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Belo Horizonte contra os altos impostos embutidos no preço da gasolina. Em SP, o combustível era vendido a R$ 1,462 o litro, que seria seu preço sem os tributos cobrados pelo governo. A fila foi enorme, mas como dono de posto não é exatamente um filantropo, apenas 400 pessoas puderam abastecer seus veículos com no máximo 25 litros do produto em preço promocional.   Num primeiro momento, pensei em aplaudir a ideia de pé. Os impostos que pagamos neste país são um absurdo, e nosso dinheiro serve para construir castelos de deputados no interior de Minas. Mas, no fundo, a gasolina é como o cigarro: quanto mais impostos, melhor.   Vários motivos. O primeiro, e mais óbvio, é que a gasolina é um recurso não-renovável, do qual deveríamos depender cada vez menos. Um preço alto força uma redução no uso desse recurso, algo que nosso planeta precisa – e muito. Em segundo lugar, a gasolina cara força o desenvolvimento de tecnologia

Rumos para a GM do Brasil

Hoje cedo teve coletiva da GM do Brasil para na anunciar que tudo está bem com a filial brasileira e que a concordata pedida pela matriz nos EUA não afetará as operações na América Latina. Duas considerações: A Opel foi vendida para um consórcio formado por duas empresas russas e uma canadense. Não sei se a GM continua com participação no negócio. A Vauxhall, que opera de forma independente, mas na verdade apenas renomeia os Opel para serem vendidos no Reino Unido, ainda não teve sua situação divulgada, mas é muito difícil que ela sobreviva sem a parceira alemã. A GM do Brasil comercializa quase que exclusivamente projetos da Opel. Celta, Classic e Prisma usam a base do Opel Corsa de 1993 – aquele com cara de ovo que revolucionou o mercado de compactos em 94 -, enquanto Corsa, Corsa Sedan, Montana e Meriva se valem da geração seguinte do Opel Corsa, lançada na Alemanha em 2000 e aqui em 2002. Já a linha Astra (hatch e sedan), Zafira e Vectra compartilha a plataforma do Opel Astra de