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Mostrando postagens de outubro, 2008

Salão do Automóvel de São Paulo

E aguardem: a única cobertura de verdade do Salão do Automóvel de São Paulo aparecerá aqui mesmo neste blog a partir da próxima terça, dia 4 de novembro. Por que este jornalista vai com o povão, e não com o ar-condicionado.

Procura-se desenhista criativo

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O de cima é o Voyage. O de baixo é o Chevrolet Aveo, montado no México e já vendido com sucesso em países como Venezuela e Equador, e que agora está chegando à Argentina. Vem com motor 1.6 16v de 103 cv em opção unicamente a gasolina, provavelmente substituindo o Astra (para o Brasil não deve vir, é muito moderno para a GM do Brasil, imagine se eles iriam se atrever a lançar um carro com motor 16v?). Eu tenho a nítida impressão que foi o mesmo projetista que desenhou os dois; repare nas portas e na curva suave de saída na traseira. Praticamente só as lanternas traseiras os diferenciam. E dá-lhe mesmice! Enquanto isso, o lindo Voyage fastback, parecendo um Passat CC, mofa em algum arquivo escuro na VW.

Estande Lago Ness

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Nossa Renault, como você é ridícula. Colocasse um monte de gelo no lugar desses carros e o espaço de seu estande no salão do automóvel seria mais bem aproveitado, pelo menos teríamos água ao final do evento. Muito antes de adesivos, um carro verdadeiramente interessante se faz com design, engenharia, motorização, NVH (noise, vibration and harshness). Não adianta pegar umas porcarias com o retrovisor igual dos dois lados, entupir de adesivos e falar que ficou bonito. Monstrengos.

NBSR: Ford Edge

A Ford acaba de divulgar que trará para o Brasil diretamente do Canadá o Ford Edge, mais um daqueles crossovers que eu não entendo para que servem. Mas é um belo carro, espaçoso, com um motorzão. Eu prefiro um sedã, mas tudo bem. O Edge é concorrente direto do Captiva nos EUA, que lá é vendido pela GM sob a marca Saturn, como Saturn VUE (não deixa de ser um elogio, pois a Saturn representa os carros menores e mais “europeus” da GM no mercado norte-americano). O Ford Edge top de linha, V6 Limited com tração integral, é vendido por lá a 33.640 dólares. O Saturn VUE, na mesma configuração V6 topo de linha com tração integral, sai por US$ 29.900, portanto bastante competitivo. O Edge é penalizado por ser feito no Canadá, e portanto por pagar 35% de imposto de importação, ao contrário do Captiva/VUE, feito no México. O Captiva chega aqui por R$ 93 mil, já um preço abusivo e injustificável em relação ao que é praticado na venda no México e nos EUA. O Edge? Ah, esse vem por CENTO E CINQÜENTA

GM: Discussão estratégica

Sabe aquele seu amigo perna de pau, que não jogava bola nenhuma, mas ficava tentando tanto que você não conseguia mais sentir raiva dele por prejudicar o time, e só ficava com pena, ou então achava engraçado? Essa é a GM. É tanta estupidez e boçalidade junta que só passando a mão na cabeça mesmo. O Classic será remodelado na linha chinesa, como o blogauto já antecipou. Se ficou bonito ou feio, pouco importa, esse carro tem de morrer. Se não é bom o suficiente para os países desenvolvidos, então não quero, e que se dane. Ultimamente peguei uma birra tão grande desse carro que, se vou pegar um táxi e o primeiro da fila é um Classic, espero sair para pegar o segundo. Carro apertado, lerdo, horrível de dirigir, credo. Já a linha Corsa, que é composta por carros razoáveis, sai de linha definitivamente para dar lugar ao projeto Viva, uma outra porcaria de suspensão antiquada e construção barata para países emergentes, na linha do Logan, mas sem um design tão atroz. Outro lixo sobre rodas, e

Novo Focus visitado

É interessante ver o Focus na parte mais elevada das concessionárias. Quem freqüenta os salões de venda da Ford sabe que, por muito tempo, este foi o lugar de exposição destinado ao EcoSport (que desperdício) e ao Fusion, esse sim um automóvel digno de exposição. Pois qual não foi a minha surpresa ao chegar na concessionária e ver, todos pimposos, dois exemplares do novo Focus no local mais elevado do recinto: um hatch preto e um sedã prata, ambos GLX, o segundo automático. Essa disposição já mostra que a Ford realmente “mean business” com a nova linha. Parece finalmente ter cansado de fazer apenas figuração após anos com o melhor carro do segmento e vai para as cabeças. Não que isso importe muito para o comprador típico de Civic e Corolla, mas ainda assim. O carro é bastante imponente, ainda mais no segmento dos hatches onde estamos há anos comendo cozidos de gerações atrás (Astra, Stilo, Golf). Mostra que é atual. Já o sedã é mais classudo, e embora a traseira de fato não seja apaixo

Teste: Fiat Stilo 1.8 8v Dualogic

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O mesmo amigo que escreveu o teste do Fusion também conseguiu dirigir o Stilo Dualogic. Nunca gostei do carro (design alemão com engenharia italiana, quando deveria ser o contrário) por fugir de todo o conceito italiano de fazer automóveis – é mais do mesmo, sem o refinamento dinâmico do Focus, o acabamento e dirigibilidade do Golf ou mesmo a potência do Astra. Já dirigi o Stilo com o falecido motor 1.8 16v, e achei mais ou menos. Vem aí o Bravo, esse sim um legítimo herdeiro da tradição italiana de se fazer automóveis. A Fiat vem apostando bastante no câmbio Dualogic, a ponto de acreditar que ele pode substituir um automático convencional no Linea, sedã de topo. Será? Veremos então como o câmbio se comporta no Stilo. Por fim, uma propaganda: este amigo é chef e possui um programa muito interessante de cozinhar para jantares comemorativos. Você quer fazer uma reunião com amigos em casa? Ele pode tanto fazer o jantar para você ou promover uma aula coletive em torno dos pratos do jantar

Piorar é legal

Admirador do Focus, fiquei um tanto indignado quando a 4R afirmou, em seu comparativo de capa da edição de outubro, que o Linea possui um acabamento melhor. Soava no mínimo estranho, pois o Focus antigo possuía um dos melhores acabamentos da categoria – competitivo com o do Golf, que por sua vez era muito parecido com o do Passat, carro de classe superior. A solução seria comparar dos dois. Mas o Focus ainda não está disponível nas concessionárias, em mais uma jogada brilhante da Ford: faz o evento de lançamento do carro em Bariloche, convida toda a imprensa da América Latina, disponibiliza o carro para avaliações das revistas especializadas (o Focus foi capa das maiores e mais conhecidas publicações do segmento durante todo o mês de setembro), obtém excelentes resultados de mídia, e na hora que o comprador vai à concessionária conhecer e comprar o carro... Não tem nada! Genial! Brilhante! Espetacular! Aí o consumidor injuriado vai na Honda e leva um Civic. E a Ford não entende como o

Adianta um carro bom?

Como é porco o atendimento em concessionária. O pessoal parece que se contenta em ganhar aquele salário medíocre e não faz o mínimo esforço para satisfazer o consumidor. Incrível, acho uma classe de profissionais (????) tão ridícula quanto os políticos. Não estão nem aí. Se alguém me disser que comprou um Civic ou um Corolla puramente pelo atendimento decente que as concessionárias dessas marcas têm, eu entendo. O resto é muito ruim de serviço. Gente ridícula e ignorante. Bando de vidas sem sentido.

Quando é preciso ser racional. Ou não.

Recentemente tivemos dois comparativos entre sedãs pequenos nas revistas Quatro Rodas (4R) e Car and Driver (C/D). Na primeira, o Logan ganhou o embate contra Fiesta, Voyage, Siena e Prisma, na ordem. Na segunda, o Voyage 1.6 ganhou de Logan 1.6 e de Fiesta 1.6. Peguei-me concordando com o resultado de ambos os comparativos, o que é insólito, pois Logan, Voyage e Fiesta estiveram em ambos, mas com posicionamentos diferentes. O que acontece? É tudo uma questão de lidar com a expectativa do consumidor. No caso do comparativo da 4R, de sedãs 1.0, motorização e dirigibilidade estão realmente abaixo da média em todos os carros, e quem busca um carro nessa categoria não está preocupado com esses quesitos – ou até está, mas a situação financeira ou a necessidade de espaço não permitem outra compra. Isto posto, a compra de um sedã 1.0 é racional por opção. “Não tenho mais dinheiro para um sedã 1.4”; “a família cresceu e preciso trocar motorização por espaço”; “não ligo para desempenho, quero e