Só carrão

Nessa semana tive a oportunidade de entrar e realmente conhecer o VW Jetta um pouco mais. É interessante notar o abismo que ainda separa o nosso mercado dos mais desenvolvidos. Hoje mesmo passei por um Civic novo, estacionado na rua, mas já maltratado: amassado nas duas laterais e bem sujo. É uma exceção; Civics aqui são carros de prestígio, estacionados na porta dos estabelecimentos pelos motoristas. Toda essa gama de carros que são alvos de nosso desejo – Jetta, Fusion, Civic, Corolla, Sentra – são modelos de entrada nos EUA e representam o que para nós são os sedãs compactos – Siena, Prisma, Clio, etc. A primeira opção três-volumes no catálogo das marcas.

Conhecer o Jetta levou-me à conclusão que o comprador médio dos países desenvolvidos está muito bem de carro. Os produtos concorrentes nesta faixa já chegaram a um patamar de espaço e refinamento que começa a tornar supérflua a escolha por um modelo mais sofisticado.

O Jetta tem um acabamento absolutamente fantástico, onde toddas as peças encaixam-se com precisão, fazem ruídos e movimentos sólidos ao serem acionadas, e ainda por cima compõem um ambiente atraente. A solidez da alavanca de seta é exemplar, assim como dos botões do ar condicionado.

O banco oferece um suporte bastante adequado e apóia bem toda a extensão das costas. O volante tem a grossura de aro ideal, embora seja um pouco plano demais para o meu gosto – aprecio volantes com ondulações, como os de Focus e Punto.

É um salto notável se compararmos o Jetta à sua versão anterior que ainda é vendida por aqui, o Bora. Não revolucionário, mas sim em maturidade – o Jetta é mais bonito por fora e por dentro, usa materiais mais duráveis e é um melhor produto.

É um produto muito competente, que não chegou com estardalhaço – como o Fusion – mas que conquista seus proprietários aos poucos. E é discreto, o que pode ser uma grande qualidade nessa categoria. É difícil julgar se vale mais que o Fusion, já que não dirigi nenhum dos dois, mas tem muitos predicados.

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