Mais uma morte evitável



A foto acima é de um acidente acontecido no final de semana passado em São Paulo. Um manobrista com limite alcoólico no sangue acima do permitido bateu o Evoque de um cliente no Onix acima. Um ocupante do Onix morreu e outros três ficaram feridos.

Onix, aquele mesmo carro que foi reprovado no teste de colisão do LatinNCAP com nota ZERO em proteção contra colisões laterais.

E que é de longe o carro mais vendido do Brasil, tá vendendo mais que o dobro do segundo colocado.

Temos a combinação nefasta da omissão do Poder Público, que ignora resultados de crash tests e permite a comercialização de carros inseguros; da ganância da GM em continuar comercializando carros inseguros e cobrando caro por eles, visando um lucro que não se repete em outros países nos quais opera; e a ignorância do brasileiro, que continua comprando e dirigindo carros inseguros sendo que existem outras opções no mercado. Ou, no caso específico, alugando para prestar serviços de Uber.


Uma lástima.

Comentários

Anônimo disse…
É claro que vc percebe que a culpa não é do carro e sim da imprudência, né? O ser humano pega todo e qualquer avanço tecnológico e de engenharia e anula sua vantagem simplesmente dirigindo de forma imprudente, seja por embriaguez, excesso de velocidade, falta de juízo, etc. Não há ABS, Airbag, controle de tração, crumpling zone, gaiola de tubos de cromo-molibdênio, santo, reza ou macumba, que resolvam isso. A morte poderia ter sido evitada, evitando o acidente.

Dito isso, sou totalmente a favor dos avanços tecnológicos, para os momentos em que não havia absolutamente nada que se pudesse fazer para evitar o acidente.

Só não acho que nesse caso específico (e na quase totalidade dos demais) seja culpa do "carro".
Dubstyle disse…
Claro. Note que em nenhum momento escrevemos "principal culpado".

Só que a imprudência é o elemento mais difícil de tirar da equação. Então vamos tentar evoluir os outros elementos. É mais ou menos o mesmo raciocínio do controle de armas de fogo: você não pode garantir uma população totalmente em plenas faculdades mentais, então vamos controlar a venda de armas para que seja mais difícil matarem os outros.
Anônimo disse…
É fato. Talvez, num exercício fútil de futurologia, isso venha a diminuir bastante, quando (e se) os veículos forem controlados inteiramente por computadores. De certa forma é um golpe nos entusiastas, mas quem sabe com isso proliferem autódromos e track days para "matar a vontade" e no dia-a-dia a função seja relegada a quem faz com perfeição (e com isso até mesmo o trânsito melhore).

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