Bye, Opel
O Carsale anunciou a morte do Corsa Sedan, por enquanto negada pela GM. Pouco importa: se não for agora, será em breve. E o irmão hatch vai junto, logo depois.
Convivemos no M4R com um Corsa Sedan dos primeiros, motorização 1.0 a gasolina. Desempenho sofrível, câmbio extremamente curto e um gasto de combustível nem tão parcimonioso assim. Mas esses são detalhes de um motor claramente inadequado para o projeto (mesmo caso do malfadado Polo 16v). Nas versões 1.4 e 1.8, o Corsa agregava um bom desempenho às qualidades notadas mesmo na versão 1.0: ótimo acerto de suspensão, rodar “plantado”, com estabilidade e conforto, boa posição de dirigir, bom acabamento, ótimo espaço interno e porta-malas. O câmbio ficava a desejar.
Podia não ser o carro perfeito, mas ainda é melhor que Prisma e Agile (não dirigimos o Cobalt, mas se for parecido... putz...). Herança da origem alemã.
E é por isto que a morte do Corsa Sedan é importante. Com ele, e as mortes iminentes do Corsa hatch e do Astra, acabarão os produtos GMB de origem Opel alemã. O Celta é baseado no Corsa de 1994, com tantas alterações que em nada lembra o saudoso ovinho. Prisma, Agile e Cobalt vêm da mesma herança. O Cruze é um projeto global (Coreano, se a memória não falha), assim como nossa Captiva. O Omega é australiano. E a S10/Blazer têm longas e antigas raízes na S10 americana.
Isto é o sintoma de uma empresa querendo sair de uma crise. Os projetos alemães, via de regra muito bons e caros, ficam restritos ao mercado europeu, mais exigente. Países com motoristas menos exigentes ficam com projetos menos bons, mais baratos – tanto é que o Cruze, esse fenômeno todo que a GMB tenta vender, não é nada disso na Europa. O mesmo vale para a Captiva.
O próprio Corsa sofreu com a crise da empresa e o “depenation team”, responsável por privar os carros nacionais de diversos itens de acabamento e conforto. No primeiro ano de produção, o Corsa podia ser equipado com teto solar opcional e revestimento na parte interna do porta-malas. A própria campanha publicitária falava em “central de sistemas integrada”, ou algo assim, que controlava itens como o apagamento gradual da luz interna – nos últimos anos, vinha somente nos Corsas com ABS. Hoje o Corsa Hatch é um cadáver na linha da GM, somente com equipamentos e cores básicas.
O encerramento da produção do Corsa Sedan é mais um prego no caixão da GM brasileira com raízes Opel, somando-se à morte dos Vectras I e II, Omega nacional, Calibra, Tigra e Corsa ovinho. O que vem aí é uma nova GM, mais Daewoo.
O que pode ser bom para a empresa, mas não necessariamente será para os consumidores.
Convivemos no M4R com um Corsa Sedan dos primeiros, motorização 1.0 a gasolina. Desempenho sofrível, câmbio extremamente curto e um gasto de combustível nem tão parcimonioso assim. Mas esses são detalhes de um motor claramente inadequado para o projeto (mesmo caso do malfadado Polo 16v). Nas versões 1.4 e 1.8, o Corsa agregava um bom desempenho às qualidades notadas mesmo na versão 1.0: ótimo acerto de suspensão, rodar “plantado”, com estabilidade e conforto, boa posição de dirigir, bom acabamento, ótimo espaço interno e porta-malas. O câmbio ficava a desejar.
Podia não ser o carro perfeito, mas ainda é melhor que Prisma e Agile (não dirigimos o Cobalt, mas se for parecido... putz...). Herança da origem alemã.
E é por isto que a morte do Corsa Sedan é importante. Com ele, e as mortes iminentes do Corsa hatch e do Astra, acabarão os produtos GMB de origem Opel alemã. O Celta é baseado no Corsa de 1994, com tantas alterações que em nada lembra o saudoso ovinho. Prisma, Agile e Cobalt vêm da mesma herança. O Cruze é um projeto global (Coreano, se a memória não falha), assim como nossa Captiva. O Omega é australiano. E a S10/Blazer têm longas e antigas raízes na S10 americana.
Isto é o sintoma de uma empresa querendo sair de uma crise. Os projetos alemães, via de regra muito bons e caros, ficam restritos ao mercado europeu, mais exigente. Países com motoristas menos exigentes ficam com projetos menos bons, mais baratos – tanto é que o Cruze, esse fenômeno todo que a GMB tenta vender, não é nada disso na Europa. O mesmo vale para a Captiva.
O próprio Corsa sofreu com a crise da empresa e o “depenation team”, responsável por privar os carros nacionais de diversos itens de acabamento e conforto. No primeiro ano de produção, o Corsa podia ser equipado com teto solar opcional e revestimento na parte interna do porta-malas. A própria campanha publicitária falava em “central de sistemas integrada”, ou algo assim, que controlava itens como o apagamento gradual da luz interna – nos últimos anos, vinha somente nos Corsas com ABS. Hoje o Corsa Hatch é um cadáver na linha da GM, somente com equipamentos e cores básicas.
O encerramento da produção do Corsa Sedan é mais um prego no caixão da GM brasileira com raízes Opel, somando-se à morte dos Vectras I e II, Omega nacional, Calibra, Tigra e Corsa ovinho. O que vem aí é uma nova GM, mais Daewoo.
O que pode ser bom para a empresa, mas não necessariamente será para os consumidores.
Comentários
Quando possível teste o Cruze, queria muito ver sua opinião