Podia ser mais fácil...

Esses dias precisei entrar em contato com concessionárias e oficinas a fim de resolver problemas automobilísticos. É sempre uma decisão conturbada, optar por qual serviço levar o seu carro.

Se ele está na garantia, a maioria dos proprietários acaba levando o dito na concessionária. Afinal, não se paga a mão-de-obra e, o que muita gente acaba esquecendo, as primeiras revisões de um carro são normalmente muito simples, envolvendo pouco mais que uma troca de óleo e filtros, o que ajuda a baixar o preço. Ainda assim, existem muitos casos por aí de trocas de óleo e filtros mais vantajosas em oficinas e postos de gasolina do que na concessionária mesmo.

E aí temos uma armadilha desses carros com garantias extensas, de 3 ou 5 anos: você acaba “preso” à rede de concessionárias, que mesmo não cobrando pela mão-de-obra segue praticando preços abusivos nas peças que troca. Se eu entendo um pouco de mecânica ou conheço uma oficina de confiança, é uma grande perda de dinheiro levar um carro por todo esse tempo a uma concessionária.

Isso, claro, levando-se em conta um detalhe que me enfurece quando se trata de concessionárias: fazer o serviço ali não é garantia nenhuma, mas nenhuma mesmo, de que o serviço será bem executado. Quantos exemplos não temos de defeitos que custariam um assombro de grana na concessionária e são satisfatoriamente resolvidos na oficina por uma fração do preço?

As concessionárias precisam se tocar e cobrar preços mais justos pelos serviços, para que mais pessoas recorram a elas quando têm problemas no carro. É trabalhar mais para ganhar mais, um raciocínio simples que tanto concessionárias quanto taxistas aparentemente não compreendem.

No entanto, a concessionária tem uma vantagem relevante sobre a oficina: ela é uma one-stop shop, ou seja, ali você resolve todos os problemas do carro. São poucas as oficinas que têm essa abrangência: problemas elétricos e no acabamento do carro muitas vezes não são consertados por ali, e os próprios mecânicos pedem que você leve o carro um auto-elétrico ou num tapeceiro para resolver os problemas. Claro, como se fosse só isso que eu fizesse da minha vida. A concessionária, embora bem mais cara, tem a obrigação de resolver tudo por ali mesmo.

Nesta briga entre o melhor preço (e muitas vezes melhor serviço) das oficinas versus a praticidade e a suposta “garantia” das concessionárias, o melhor mesmo é optar por um carro robusto e que reduza ao mínimo as visitas a esses serviços. Não é à toa que tanta gente opta pelos japoneses.

Comentários

Rodrigo Laranjo disse…
Fora os casos de concessionárias que "terceirizam" o serviço para oficinas independentes. Você paga o preço da concessionária mas o serviço é feito na "FuladoCar" ali do lado.

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