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Mostrando postagens de novembro, 2007

Exemplo de relacionamento com consumidores

A Hyundai começou uma campanha para levar os proprietários às concessionárias para um check-up grátis antes das viagens de final de ano. Eu nunca fui com a cara dessa história de check up grátis. Você lá, todo feliz com o seu carro, e a oficina diz que precisa trocar tudo e gastar 2 mil reais nele. Agora, se for um check up realmente honesto e confiável, aí eu gosto da idéia. No entanto, o mais interessante em si não é o check up, mas o relacionamento que a Hyundai vem tentando construir com seus consumidores. O mercado brasileiro permite aberrações que devem virra a cabeça dos profissionais de marketing do mundo todo. Aqui, Hyundai é marca de luxo, competindo em segmentos caros – exatamente o oposto da Hyundai no mundo, famosa por veículos simples e baratos. Então no Brasil ela pode aproveitar e experimentar táticas de marca de luxo, que ela pretende aplicar no exterior. Essa iniciativa de manter-se próxima aos consumidores é algo importante e que as grandes montadoras pecam. O futuro

Escolas de automóveis

Não é difícil identificar os atributos que indentificam os carros italianos em geral, e que tanto seduzem os aficionados. São carros lindos, onde toda a interação do humano com a máquina passa necessariamente por um detalhe pensado, desde o peso dos pedais até o revestimento de maçanetas e bancos. O design é irrepreensível. Nota-se claramente que ali existe uma paixão por automóveis, algo que falta em muitos carros por aí. Sobra personalidade. Na edição mais recente do Top Gear, sensacional programa sobre automóveis da BBC inglesa, um dos apresentadores (James May) testa uma Alfa Romeo 159, e faz uma brincadeira, colocando um centavo de libra numa caixinha toda vez que usar palavras cliché para definir o carro, como “alma” e “paixão”. E de fato é difícil não caracterizá-los com esses adjetivos. O calcanhar de aquiles dos projetos italianos costuma ser a confiabilidade. O motor é gostoso, sobe de giro bem, o carro é uma delícia de dirigir e super bem acabado, mas quebra. E muito. É exat

Que demora!

Caros e caras, desculpem a demora. Feriados mais dias atribulados levaram a essa ausência não-programada. Passei um bom tempo nesta semana pensando no Civic LXS, o carro que analisei aqui há pouco. Por um lado, qualidades de produto irrepreensíveis – suspensão bem acertada, câmbio justo e preciso, pedais de curso curto, volante preciso e rápido nas respostas (embora ainda um tanto pequeno demais para meu gosto), acabamento excelente, em especial na precisão da montagem das peças e no acionamento dos botões. No entanto, a lista de equipamentos do carro é sofrível. A Honda cobra, e caro, pelo fato de ter um produto claramente superior em termos mecânicos. Colocar lado a lado a lista de equipamentos de um 307 e de um Civic LXS chega a ser ridículo, o Honda parece um Celta. Ar digital? Iluminação nos espelhos de cortesia? Dobradiças pantográficas? Computador de bordo? Mostrador de temperatura externa? Repetidores dos piscas? Tudo isso é de série no 307 sedan Feline, a versão intermediária

Porcaria nos olhos dos outros...

Da coluna do Fernando Calmon no WebMotors: “QUEDA de exportações não atinge igualmente todos os fabricantes, apesar do real valorizado. Fiat venderá até 10% mais unidades no exterior em 2007. Renault vai bem mais longe, com 50% de crescimento. E a Honda não deixa por menos, vendendo fora do país em ritmo 30% superior ao de 2006. Quem dispõe de produto adequado vai bem.” Quem reclama de queda nas exportações? VW e GM. Construir aberrações como Vectra e Golf 4,5 e ainda querer vender bem lá fora é demais, né não?

Honda Civic LXS 1.8 16v manual

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Vamos supor que o leitor ou a leitora seja uma pessoa especialista ou estudiosa em algum assunto, digamos companhias aéreas. Ao viajar de avião, portanto, dificilmente algo te surpreenderá, já que você estuda o assunto e compreende todas as dinâmicas: como são feitas as refeições; como são os uniformes das aeromoças; como é o tecido dos bancos; como é o sistema de entretenimento. É óbvio: quanto mais você estuda e aprende sobre um assunto, menos algo consegue te surpreender dentro daquele assunto. Essa confusão toda para tentar explicar a minha sensação de absoluto embasbacamento, queixo caído, absoluta surpresa, ao dirigir o Honda Civic LXS de câmbio manual. É muito difícil hoje um carro me surpreender. Pode acontecer com veículos de luxo ou super esportivos, mas não com um carro nacional e inclusive cuja versão de topo eu já havia dirigido . Mas aconteceu. Já discutimos várias vezes por aqui que existem muitos aspectos num carro que caem no gosto pessoal. Eu teho o meu, e para os mai

Zooropa

O mercado Europeu tem muitas semelhanças com o nosso quando o assunto é automóveis – muito mais que o americano. Enquanto nos EUA Golf e Focus são carros de entrada, e as linhas Fusion-Accord-Camry são o típico sedã classe média, na Europa as coisas ganham mais parâmtero. Existe uma linha de carros super compactos, ou urbanos, que é bastante valorizada. O exemplo mais extremo é o Smart, o diminuto carrinho de 2 lugares criado numa joint-venture da Mercedes com a Swatch, fabricante suíça de relógios. Aparece bastante na Europa, embora quem ganhe as ruas mesmo sejam seus rivais compactos, categoria da qual o Fox faz parte, junto com Fiesta, C3, 206 (agora 207) e Polo. São os carros de entrada, como o nosso Celta. A categoria seguinte é a dos hatchbacks. A rigor, esta é a categoria de entrada. Os compactos, na Europa, não são o carro da família, como aqui, mas sim as alternativas para quem tem pouco espaço ou anda sozinho. São carros de nicho. Os produtos de verdade começam com Golf, Focu