Quem sou eu pra falar da Volkswagen?

Voltando a falar de carros, hoje li uma ótima entrevista do Paulo Sérgio Kakinoff no CarSale. Acho meio estranho o cara virar executivo da VW, uma empresa tradicional, com 23 anos e com 31 já ter vasta experiência como executivo de marketing. Mas pode ser inveja.

Enfim, ele assume que a VW amargou um ano difícil, com prejuízo, em 2005. Segundo ele, a culpa foi a valorização do real, que tornou os carros brasileiros menos interessantes no exterior. O mercado interno vai bem, obrigado.

Além disso, Kakinoff ressaltou a durabilidade e confiabilidade dos carros da VW, que pra ele ainda são a grande bandeira da VW. Nota 10 para a pergunta do repórter: “essa confiabilidade, que leva os carros da VW a terem vida longa, não é prejudicial ao seguro?”.

Kakinoff disse que sim, e que a própria VW tomou medidas para baratear o seguro dos mais críticos: Gol, Parati, Saveiro e Golf. Não sei até que ponto isso é realmente efetivo, mas sem dúvida é um calcanhar de Aquiles.

Agora, a VW precisa revisar esse conceito de confiabilidade. A GM já é preferida dos mecânicos e dos taxistas. A própria Fiat vem ganhando muitos pontos nesse quesito. Em compensação, com exceção da família Gol, não vejo um VW que se destaque muito da concorrência nessa questão de durabilidade.

Palpitando, acho que a VW precisa de um super trunfo. O Fox não foi, não vingou como deveria (é um carro interessante, mas feio que dói) e o Gol G3, que era bonito e bem acabado, virou uma monstruosidade. A VW precisava de algo como o Tempra em 92, ou o Vectra em 96 ou mesmo o Golf em 99: algo que abalasse o mercado; e de preferência no segmento de entrada. Lupo?

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