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Mostrando postagens de junho, 2005

Vai o Vectra

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Morre o Vectra. O último foi produzido na sexta-feira, 24 de junho de 2005, e a próxima geração nacional deve começar a sair do forno daqui três meses. É o tempo de se esvaziar os estoques e começar a criar expectativa para o novo carro – aliás, lindo, conforme vocês podem conferir na foto que talvez eu tenha conseguido colocar. Eu admiro bons projetos. Eu gosto muito de talento, e alguns carros passam exatamente isso: o talento da equipe que o projetou, seja em termos de design, engenharia, ou os dois. Nitidamente, ambos estavam inspirados quando criaram a geração do Vectra que agora se despede de nós. A começar pelo design: o carro é lindo e nem parece um desenho de nove anos atrás. Mecanicamente ele sofreu na mão de motores que não lhe faziam jus, evoluções do mesmo usado no Monza. Melhorou quando ele foi equipado com os motores 2.2, tanto o de 8 válvulas e um excelente torque, quanto o mais moderno e de bom desempenho 2.2 16v. Ainda assim, nenhum deles fazia juz ao 2.0 16v de 150 c

Raladinhos

Tenho uma dúvida cruel. Quando tirei minha carta e guiava peu primeiro carro, há algum (bom) tempo, não tolerava que ele tivesse um amassadinho. Mal juntava dinheiro, já mandava o carro no martelinho pra resolver tudo; e olha que aquele carro sofreu. Uma vez, bati em um Vectra que parou de repente numa avenida, porque um imbecil de uma ambulância vinha na contramão com a sirene desligada. Tirei o meu carro dali e levei no martelinho na hora – depois fui ver como iria trabalhar no dia seguinte... Hoje eu não estou mais tão desesperado. Aprendi que raladinhos e amassadinhos são absolutamente normais numa cidade com a frota e a malha viária de São Paulo. Além do mais, meu carro tem pára-choques pintados e sem friso – o menor toque num outro carro já deixa marca. Como os dois raladinhos são nos pára-choques, não estava me preocupando em arrumar – além do risco criminoso, com chave e com vontade, no pára-lama dianteiro esquerdo. Se eu pego quem fez isso, quebro a cara... Mas o manobrista do

GM Blazer DLX 2.4

Nesse final de semana pude guiar um dos carros mais anacrônicos da produção nacional: a Blazer. E como desgraça pouca é bobagem, não guiei uma das novas turbodiesel, nem uma das divertidas V6, mas sim uma 2.4 a gasolina. Eu tenho um amigo, outro entusiasta, que cerat vez me disse: “por mais que eu tente gostar da Blazer, eu não consigo. Já me imaginei como pai de família, dois filhos pequenos, com idas freqüentes a um sítio... Nem assim eu teria uma Blazer.” Bom, nem eu. Teria uma Frontier ou uma Ranger cabine dupla, ou se precisasse de um compartimento fechado de bagagem, teria um Eco 4WD ou uma Hilux. Um pouco dessa aversão à Blazer é, sim, motivo pessoal. Eu gosto de carro que sejam bem resolvidos mecânica e tecnologicamente. Carros que tragam para seu segmento conceitos avançados da indústria automobilística. Pode ser o acabamento do Golf/206, a suspensão multilink do Focus/Vectra, os opcionais do Stilo. A Blazer não agrega em absolutamente nada – ela segue o conceito antiquado de

Mais do mesmo

A Apple devia começar a fazer carros. Sério. É preciso pensar diferente. Conforme as novas gerações de carros que conhecemos vão aparecendo na Europa e nos Estados Unidos, as coisas parecem seguir um padrão, um tanto entediante por sinal: carros ligeiramente maiores, mais bem acabados, incorporando novas soluções tecnológicas. Todos seguindo o manual. Aí, conforme o carro aumenta de tamanho, um outro é “inventado” para ocupar o nicho: Golf/Polo, por exemplo. Faz tempo que um carro não pensa fora da caixa (think out of the box). Acho que o último a aportar em terras brasileiras foi o C3, e antes dele, o Focus. São carros que inovaram nos seus segmentos. O EcoSport criou o seu segmento, e a inovação deve lhe ser creditada nesse sentido – daí o seu sucesso, embora como carro tenha vários defeitos. Esses modelos são, para recorrer ao inglês novamente, breathtaking. Quando um carro com inovações mecânicas e tecnológicas é aliado com um design diferenciado e agradável (não ame-o ou deixe-o,

Cerâmica é o futuro

Acabei de ver que o novo Audi A8 é o primeiro sedã de série a sair com discos de freio de cerâmica como opcionais. Já falei da importância do freio num post antigo; mas o que me impressionou neste caso é como a cerâmica é melhor do que os freios atuais: vida útil 4 vezes maior, até 300 mil km rodados, maior resistência ao aquecimento, e menor massa suspensa – economia de 5 kg em cada roda. Já tá na hora de se baratear custos e espalhar os discos de cerâmica em mais carros por aí...

Cousas da GM

Acabei de descolar umas informações bacanas da General Motors. Celta Flex é coisa pra já; questão de alguns meses ou mesmo semanas. Não tenho mais detalhes, mas deve ficar interessante – o motor VHC tem taxa de compressão de carro a álcool, 12,7:1, então se mantida inalterada pode resultar num carrinho muito bacana. Já a S10/Blazer com motor diesel novo não está indo tão bem. O motor, além de não ser tão moderno quando o das concorrentes Ranger e Hilux, ainda tem um problema de alimentação e de turbina que impede o carro de pasar de 150 km/h. Eu sinceramente tenho muito medo de uma Blazer a 150 por hora e acho que não devia passar de 100, mas tudo bem, eles precisam de argumentos de venda. E tem mais: vem aí o concorrente do EcoSport. Pontos altos: desenho, mecânica Flex, inclusive o motor 1.8, porte ligeiramente menor e preço idem. Se for bem colocado no mercado, vai achar um nicho ótimo. Ponto fraco: vai usar a plataforma do Corsa Classic/Celta. Como isso vai se desenvolver eu quero

Voltei galera

Aqui é lugar de séries ambiciosas. Então, após a escolha do melhor carro para SP, vamos para outra série fantástica. "O que faz um carro ser bom?" Se você quer uma resposta rápida e crua, lá vai: o seu gosto. Se você gosta, ponto final, acabou a discussão. "Ah, mas é um Santana 88." Gosto não se discute. Agora, se você costuma ouvir conselhos racionais de utilização do seu veículo, é bom prestar atenção no que vem abaixo. Câmbio (manual) Sério, não dá pra ter um carro com câmbio ruim. Uma vez, quando eu não fazia idéia do que era dirigir, há uns bons 13 anos, eu voltei da escola com um amigo no carro do pai dele (memória pouca é bobagem? Era um Fiat Prêmio CSL branco. Agora, vai perguntar o que eu almocei ontem...). No curto trajeto da escola até a casa dele, de digamos uns 5 km, contamos mais de 120 trocas de marcha. Então não dá pra ter um carro com câmbio ruim. Engatar as marchas tem que ser um prazer, ainda mais na terra dos câmbios curtos como o Brasil. Definir