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Mostrando postagens de setembro, 2019

Que me perdoem as feias

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Queremos falar do HB20 novo. Mas pra isso vamos falar do Renegade primeiro. Pois é, siga o raciocínio. O carro de volume da Jeep é o Compass. O Renegade é um carro num segmento inferior, que não é pensado em ser o único carro da família. É um exercício de design extremamente bem sucedido, porém com falhas importantes em aspectos práticos: nesse caso, espaço interno no banco traseiro e tamanho de porta-malas. Aliás, normalmente é assim: carros muitos bonitos são ruins de espaço. O principal mercado da Jeep é o norte-americano, e é com isso em mente que fizemos as considerações acima. O Renegade no Brasil é ainda pior, pois recebeu um motor flex totalmente inadequado para o peso do carro. Então temos um carro apertado, de desempenho ruim e alto consumo de combustível. Fracasso? Pelo contrário, vende mais que pão quente. Por que? PORQUE É BONITO. O sucesso do Renegade mostra claramente a importância do design para o sucesso em vendas de um carro. Um veículo ruim, p

Considerações sobre o novo Onix

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Pelo que vimos até agora, todos os culhões que faltaram à GM para tornar o Cruze competitivo sobraram no Onix e sua versão sedã. Comecemos pela adoção de motor turbo nas opções de topo, com a saudável potência de 116 cv (curiosamente a mesma do antigo 2.0 8v da VW que equipou Santana e Bora e da própria GM usado no Astra), aliado às respostas ágeis em baixa rotação e consumo de combustível. Um passo ousado considerando que o consumidor dessa faixa de renda é mais sensível a manutenção cara e que a experiência da Hyundai com o 1.0 turbo não foi um sucesso. Vamos agora com a adoção da plataforma global GSE que aumentou a distância entre-eixos do sedã para 2,60, medida que era de carro médio até pouco tempo. Fica claro que o sedã vai matar o Cobalt e brigar com Cronos e Virtus. Seguimos com a classificação 5 estrelas no LatinCAP, crítica antiga à família Onix antiga e que lhe rendei o apelido de “bateu morreu”. Isso envolve um forte planejamento de segurança, reforços estr

Trabalhar dá trabalho

Dois sedãs passaram por mudanças importantes nos últimos meses. Um ganhou face-lift na frente, novas lanternas traseiras, novo padrão de revestimento interno, central multimídia atualizada e o principal atrativo é um chip embutido que permite conectar até sete aparelhos em uma rede 4G. Outro mudou completamente. Nova plataforma, design completamente novo. Interior redesenhado, com materiais de melhor qualidade. Dois novos motores, um híbrido inédito no segmento e um outro de ciclo Atkinson com alta potência específica. Um câmbio completamente novo e inédito, com engrenagem para melhorar as saídas e CVT para o restante da condução. Ganhou também auxílios à condução, como piloto automático adaptativo e sensor de farol alto. Um desses sedãs é líder inconteste de mercado, vende mais que o dobro do segundo colocado. O outro amarga a terceira colocação em vendas, atrás de dois concorrentes de fabricantes cuja presença no Brasil é bem inferior à sua. Obviamente o sedã co