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Mostrando postagens de maio, 2017

Descubra Argo de errado

O lançamento do Argo contou com a presença de Fernanda Lima, Bruna Marquezine, Marcos Pigossi, Maria Rita, mas dinheiro pra um farol elipsoidal ou um teto solar não teve. Aí você descobre onde estão as prioridades da montadora.

Como melhorar o mercado brasileiro de carros?

Vira e mexe acabamos envolvidos em conversas sobre os motivos do mercado automobilístico no Brasil ser essa porcaria. Carros caros, poucas opções, interiores e motores defasados, aquela coisa toda que nosso leitor sabe bem. Ouvimos de muita gente que o Brasil deveria fazer uma abertura total e irrestrita. Derruba o imposto de importação e deixa o pessoal degladiando. Nosso problema com esse posicionamento é que falta o estímulo para manter fábricas e centros de desenvolvimento por aqui, gerando empregos e pagando impostos. Uma derrubada das importações permitiria que as grandes importassem tudo de suas fábricas em outros países, que inclusive são muito mais competitivas em custo que as nossas, e poderiam fechar o parque fabril por aqui. Quem duvida, achando que as montadoras instaladas aqui são grandes demais para isso, pode acompanhar o que aconteceu na Índia recentemente. A GM simplesmente desistiu de vender por lá, embota vá manter a fábrica com viés exclusivo de export

Argo vai mal

As piadas já deixaram claro que a escolha do nome foi bastante infeliz, aparentemente num processo “top-goela-down” de um executivo gringo que não tem como compreender as piadas e comentários negativos que o nome tem. Dada a pusilanimidade dos executivos brasileiros, bando de lambe botas, ficou esse nome mesmo. Aì tem o problema do espaço no mercado. Qual será a faixa de preço do Argo? Quem serão os concorrentes? Muito se diz sobre concorrer com o Onix, só que a Fiat já tem um produto nessa faixa: o Uno. Tudo bem que o Uno já tá ficando irreconhecível dadas as plásticas infelizes e exageradas na dianteira, mas ele tá aí no mercado. Faz mais sentido o Argo vir mais caro. Câmbio automático de seis marchas e faixa colorida na frente são itens de hatch médio. O Argo deve vir mesmo como substituto do Punto, com as versões mais baratas competindo com as mais caras do Onix e as mais caras mordiscando o território dos hatches médios. Não dá para um carro ser competitivo na faixa d

Falta cultura

Ler comentários em matérias sobre carros em portais de ampla audiência, como o UOL, é tomar um tapa na cara de como o brasileiro é em geral muito pouco evoluído na discussão sobre automóveis. O UOL fez uma chamada na capa desta avaliação do Golf 1.0 TSI, e de forma bizarramente amadora usou como manchete o porta-luvas refrigerado, item presente em diversos outros carros da VW e de outras marcas há muito tempo. Claramente uma avaliação amadora, infeliz, típica do jornalismo automotivo escroto que se propaga por aí. Porém, mais estúpidos ainda são os comentários. Ao menos dois terços vão na lista do “R$ 77 mil num 1.0 é um absurdo”. Não vamos discutir o preço dos carros no Brasil, que já sabemos ser nocivo por uma combinação de ganância – das montadoras e do governo –, mas sim a relação entre cilindrada e potência. Sujeito parece estacionado nos anos 80 onde quem tinha carro “dois ponto zero” estava na crista da onda. Esse Golf tem desempenho superior a carros 1.8 e até 2.0 de

MINI participação

Na recente apresentação do novo Mini Countryman, executivos da empresa comentaram que a marca vendeu cerca de 1,2 mil unidades no Brasil em 2016, uma queda drástica das 2,5 mil vendidas em 2014 e pior ainda se considerarmos que os planos da marca eram de expansão e de vender mais. Parte disso se explica obviamente pela crise econômica. Mas parte disso se explica pela imaturidade do mercado automotivo brasileiro. Os Mini custam entre 100 e 160 mil. São carros de espaço interno exíguo, porta-malas pequeno, suspensão dura e nível de equipamentos similar ao dos outros carros na mesma faixa de preço. Quem compraria um Mini então? Um britânico, que tivesse ligação com os Mini originais. Não é o caso do Brasil, que nunca teve o Mini original e que portanto não possui ligação sentimental com o carro. Um jovem que curte um carro esportivo e não precisa de espaço. Sim, porém com muitas opções interessantes na faixa de preço, como o Fiat 500 Abarth – pena que ele não existe –, o