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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Fui!

Dez motivos que podem ter levado a Denise Johnson a largar a presidência da GM do Brasil: 1. Trancaram ela numa sala olhando dez minutos sem parar para uma Monstrana. 2. Queriam colocar o nome dela como designer responsável pelo Agile. 3. Trocaram a mesa de mogno por uma revestida pelo mesmo plástico usado no painel do Vectra. 4. Seguindo com a política de contenção de custos, o próximo carro da presidência da GMB teria suspensão de eixo de torção na traseira e seria impulsionado pelo veterano motor 2.0. 5. A iluminação da sala dela virou "Ice Blue". 6. Tiraram o auxílio combustível e ela teria que pagar do bolso a gasolina da Captiva V6. 7. Pediram pra ela explicar porquê o Malibu, feito no México, é mais caro e pior do que o Fusion, vindo do mesmo país. 8. Ela se atreveu a pensar em talvez quem sabe um dia de forma muito discreta tirar o Astra de linha. 9. Ela achou que já estava na hora de substituir a linha S10 e Blazer por alternativas compatíveis com o século 21. 10. El

Revoltante

Leitura obrigatória . E parabéns ao Lucas Bessel por se aprofundar nesse assunto. E dá pra ir um pouco mais longe. A melhor época recente para se comprar carro no Brasil foi na virada do milênio, com a economia estagnada após a crise de 98 e o boom econômico até 97. A Argentina está hoje em crise, o que ajuda a baratear os carros. O México é vizinho dos EUA e inundado pelos carros usados de lá, a preços baixos, o que força as montadoras a cobrarem menos. Embora o custo Brasil seja um problema grave, se tivéssemos uma redução repentina de 30% nessa despesa, os carros continuariam tão caros quanto. É a questão da margem de lucro que é, de longe, a maior vilã dessa história. Enquanto o Brasil continuar comprando carros nessa velocidade, não faz sentido a montadora melhorar seu produto. O que vai acontecer, embora seja difícil prever quando, é que esse crescimento vai diminuir. E aí, com a redução do bolo, vai ficar com a maior fatia quem tiver o melhor produto. As boas vendas de Focus, i3

Momento Super Bowl

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Chama-se Super Bowl a final do campeonato de futebol americano nos Estados Unidos. É um dos eventos mais assistidos do mundo, televisionado ao vivo para milhões de pessoas e assistido por muitíssima gente, especialmente no mercado mais rico e poderoso do mundo. Como não poderia deixar de ser, os espaços publicitários na TV durante a transmissão do Super Bowl são caríssimos, e essa nobreza e exclusividade criou um certo ritual entre as agências de publicidade norte-americanas: é comum, hoje em dia, criar anúncios exclusivos para o evento, ou fazer a estréia de alguma propaganda num intervalo do jogo. Este ano não fugiu à regra, e três montadoras apresentaram comerciais muito inteligentes: a Kia, a Chrysler e a Mercedes. O fato de serem empresas de continentes diferentes só ajuda a tornar esta questão ainda mais interessante. Comecemos pelo mais curto, o da Kia: O carro em questão é o Optima, que tínhamos aqui como Magentis. Um sedã médio-grande, que aqui custa mais de R$ 60 mil e nos EU

Apaixonado

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O polonês Robert Kubica, de 26 anos, piloto da equipe Lotus Renault de F1, sofreu um grave acidente ao pilotar um Skoda Fabia num rali na Itália. Ele escapou numa curva e bateu em alta velocidade contra um muro. Após uma operação de sete horas, médicos conseguiram recuperar sua mão, que ficou estraçalhada. Kubica está fora da temporada de F1 em 2011. Equipes de F1 como Ferrari e McLaren proíbem seus pilotos de disputarem outras competições. Há muito risco envolvido e, nos esportes a motor, a alta velocidade é um convite a acidentes. É um dos fatores fascinantes do esporte, assim como um jogador de futebol é mais propenso a estourar os joelhos. A atitude de Kubica, de pilotar um carro de rali numa etapa obscura na Itália, sem correr um campeonato e sem depender daquilo para seu sustento, é reflexo de uma coisa somente: absoluta paixão pelo automobilismo. Isso é amar dirigir e pilotar levado às últimas consequências. Lubica é um excelente piloto e tem muito pouco a provar nas corridas

Teste: Chevrolet Camaro SS V8 6.2

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São muitos os fatores que compõem o prazer em dirigir. Sentir o carro sobre trilhos ao entrar numa curva de alta é um deles. Sentir um freio com uma modulação precisa, aplicando às rodas exatamente a pressão desejada, é outro. Existem diversos itens nesta lista, como uma direção milimetricamente precisa, uma suspensão de respostas rápidas, e por aí vai. E um dos fatores mais importantes, e divertidos, desta relação é a capacidade de um carro de colar suas costas no banco nas acelerações, entregando potência a baldes. Essa sempre foi a proposta dos muscle cars. Alegrar seu dono oferecendo uma maneira muito brutal e rápida de acelerar de um semáforo ao outro, sendo ao mesmo tempo um carro simples e acessível. E o fator preço baixo, que é parte inseparável de um verdadeiro muscle car, significa que muitos dos outros fatores, mais refinados, do prazer em dirigir são esquecidos. Fazer curvas com um Chevelle 1970 é mais assustador do que divertido. Dirigir o Camaro sem ter plena consciência

Uma volta pela manhã

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Para os que estão com o inglês em dia, segue um conto de 1973, de Richard Foster, publicado na revista Road & Track americana. É uma ficção, mas vale perceber como, há TRINTA E OITO anos, os carros cada vez mais pesados e menos eficientes já causavam preocupação. A Nice Morning Drive It was a fine morning in March 1982. The warm weather and clear sky gave promise of an early spring. Buzz had arisen early that morning, impatiently eaten breakfast and gone to the garage. Opening the door, he saw the sunshine bounce off the gleaming hood of his 15-year-old MGB roadster. After carefully checking the fluid levels, tire pressures and ignition wires, Buzz slid behind the wheel and cranked the engine, which immediately fired to life. He thought happily of the next few hours he would spend with the car, but his happiness was clouded - it was not as easy as it used to be. A dozen years ago things had begun changing. First there were a few modest safety and emission improvements required on n