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Mostrando postagens de setembro, 2007

Se conselho fosse bom, não era de graça

Estava conversando com um amigo igualmente (ou até mais) fanático por carros, e ele veio com algumas sugestões assaz interessantes para otimizar, com baixo custo, a oferta atual de veículos e principalmente motores das montadoras nacionais. A primeira foi a VW. Disse ele: “Não colocar o motor 1.4 flex (da Kombi e Fox exportação) no Fox nacional, barateando a linha/deixando o 1.6 exclusivo para o CrossFox e aumentando as vendas do carro.” Hm. Concordo em termos. O Fox 1.6 é caro demais – um conhecido acabou de comprar um completo por 43 mil reais. É território de Polo, de Focus, de Punto. Se um Fox 1.4 fosse realmente ficar mais barato, sem dúvida otimizaria a gama VW, e a montadora poderia matar de vez as versões superiores do Gol, que não vendem nada mesmo. Problema é que a popularidade do Gol obrigou a VW a posicionar o Fox como um compacto Premium, coisa que ele não é, a não ser no espaço interno. Uma alternativa seria, então, deixar de oferecer o Fox 1.0 e ofertá-lo apenas com o 1.

GT Lixo

E quando todos achávamos que a GM estava indo no lugar certo com a aplicação do motor 1.4 na linha Corsa, eis que a empresa volta às suas origens malignas com o lançamento do Vectra GT. O conceito de marketing envolve oferecer o produto que o consumidor deseja. Na média, o consumidor brasileiro deseja o Vectra GT? Ora, ele não deseja nem o Vectra sedã! Existe espaço no mercado para um hatch médio premium, moderno e recheado de equipamentos? Não só existe como temos vários: Golf, Focus, 307, Stilo. Mas e para quem dispões de mais dinheiro mas não deseja as opções mais caras, invariavelmente sedãs? Hm, um hatchback cairia bem. Mas é uma faixa de preço elevada, portanto há de se oferecer um carro moderno, equipado, esportivo e requintado. O que a GM faz? Pega o Vectra, um produto por sí só bem razoável, e mata as duas maiores qualidades do carro: o amplo espaço interno (incluindo-se aí o porta-malas) e a beleza das linhas externas (não se enganem; a traseira do Vectra GT é bonita sim, mas

Óleo no lance

Fui trocar o óleo do possante estes dias. Chamou-me a atenção a pequena diferença de preços entre as opções mineral, sintética e semi-sintética. A opção mais barata é o velho óleo mineral 20W50, já antigo em concepção e pouco eficaz nas partidas (para entender o que os números querem dizer, clique aqui) com o motor frio. A evolução e o clime no sudeste/sul do país pedem por um óleo mais avançado; aí temos já como boas opções os 10W40 ou os 5W40 para os mais exigentes. É caro fazer essa exigência? Então: não. Quatro litros de óleo mineral do mais vagabundo saem por menos de 40 reais. Puxa, super barato. Quatro litros do semi-sintético, mais eficiente e que dura o dobro, saem por 100. Quatro litros do totalmente sintético, para máxima proteção, saem por 200. Ok, proporcionalmente a diferença é grande (cinco vezes mais que o mineral), mas não só os benefícios de conservação do motor são multiplicados, como o custo total está longe de assustar: são dois tanques de gasolina. Então este é um

Só carrão

Nessa semana tive a oportunidade de entrar e realmente conhecer o VW Jetta um pouco mais. É interessante notar o abismo que ainda separa o nosso mercado dos mais desenvolvidos. Hoje mesmo passei por um Civic novo, estacionado na rua, mas já maltratado: amassado nas duas laterais e bem sujo. É uma exceção; Civics aqui são carros de prestígio, estacionados na porta dos estabelecimentos pelos motoristas. Toda essa gama de carros que são alvos de nosso desejo – Jetta, Fusion, Civic, Corolla, Sentra – são modelos de entrada nos EUA e representam o que para nós são os sedãs compactos – Siena, Prisma, Clio, etc. A primeira opção três-volumes no catálogo das marcas. Conhecer o Jetta levou-me à conclusão que o comprador médio dos países desenvolvidos está muito bem de carro. Os produtos concorrentes nesta faixa já chegaram a um patamar de espaço e refinamento que começa a tornar supérflua a escolha por um modelo mais sofisticado. O Jetta tem um acabamento absolutamente fantástico, onde toddas a