Postagens

Mostrando postagens de 2025

Camioneta

 A gente tenta gostar do autoentusiastas, juro. Tem coisa boa lá. Mas obrigar a chamar perua, ou station wagon, de "camioneta", é delírio de quem não saiu dos anos 60. Quem sabe com menos ranço vai mais gente no próximo encontro presencial.

Difícil é enxergar o óbvio

Aconteceu o que era totalmente previsível no aniversário de 100 anos da GMB: a agência de marketing, sob a aprovação da empresa, fez um evento triste e um vídeo baratinho feito com IA com erros históricos pavorosos (um Chevrolet 38 num evento de 1932 e um Opala 1969 na construção de Brasília em 1961), investindo muito mais na Fernanda Torres como locutora do que no conteúdo.   Os mais pragmáticos dizem que tudo bem. Que a GMB tem mais é que olhar pra frente mesmo, que não adianta gastar dinheiro com o passado.   Pois aqui nós achamos que ignorar a sua história é um erro estratégico brutal.   Vamos olhar mara o mercado futuro. É de se imaginar que, no mundo ocidental, a proporção de automóveis vendidos em 2050 será algo em torno de 1/3 elétricos, 1/3 híbridos e 1/3 a combustão (ICE, internal combustion engine). É claro que isso vai variar de país para país; na Noruega os elétricos já dominam; na América Latina ainda vai demorar.   Esta proporção é base...

Teste: Chevrolet Caravan Diplomata SE 1992

Imagem
  (Todas as fotos créditos de Brunelli Veículos Antigos) Talvez o maior salto tecnológico que o brasileiro tenha feito numa troca de carros, considerando uma diferença de um único ano-modelo na mesma marca, seria o proprietário de um Opala ou Caravan 1992 dando seu carro na troca por um Omega ou Suprema 1993. Numa só tacada a pessoa entregava um carro cujo projeto remontava aos anos 1960, e pegava um muito mais moderno (embora o Omega seja um carro dos anos 80 na Europa). Qualidade de construção, acabamento, opcionais, eletrônica, não havia um senão para essa troca. Eram mundos diferentes.   Um dos charmes da linha Opala e Caravan atualmente é esse: permitir retomar a experiência de condução de um carro projetado nos anos 60, submetido a melhorias ao longo dos anos, mas essencialmente um produto daquela época. Qualquer outro carro vendido nos anos 90 já é muito próximo ao que temos hoje – embora mesmo assim bem mais envolvente do que as geladeiras sobre rodas que nos empur...

100 anos de General Motors no Brasil

A General Motors completou 100 anos de Brasil no dia 26 de janeiro deste 2025. Para isso fizeram um evento patético poucos dias antes, com uma amostra ridícula dos carros que fizeram essa história. Um Chevette, um Opala, uma Caravan, uma Ipanema (feia por sinal), uma Veraneio, e um Opala e Omega de corrida (stock car). Sério, simplesmente NÃO TINHA Kadett, Omega, Suprema, C10, D20, nem mesmo Corsa que foi o sucesso que foi!.   Os carros não têm culpa que a “gestão” da empresa é formada por um bando de incompetentes. Então, em respeito aos carros que fizeram essa história, e às pessoas que passaram por lá e que efetivamente fizeram um bom trabalho, publicamos aqui um extenso teste de um GM histórico.

Mustang merecedor

  Aqui no M4R a gente odeia a Ford com todas as forças por ter tomado a decisão de desmantelar a operação brasileira, demitindo milhares de trabalhadores, unicamente devido à falta de competência de uma liderança vergonhosamente bem remunerada que não soube fazer exatamente aquilo que era paga pra fazer, que é tocar a operação com lucratividade. E a presença das outras fabricantes no Brasil mostra que isso é perfeitamente possível.   Mas a gente precisa reconhecer que em algum momento isso permitiu à Ford tomar algumas decisões interessantes para o entusiasta. Claro que estamos falando da importação do Mustang e, mais recentemente, a decisão de trazê-lo com câmbio manual.   Já queremos elogiar a propaganda do Mustang atual, no qual ele aparece junto com um Mustang da primeira geração e ao final vem o texto “desde 1964”. Homenagear a história sempre terá lugar em nossos corações, especialmente uma tão rica e significativa quanto a do Mustang.   Agora, apar...