Teste: Fiat Stilo 1.8 8v Dualogic

O mesmo amigo que escreveu o teste do Fusion também conseguiu dirigir o Stilo Dualogic. Nunca gostei do carro (design alemão com engenharia italiana, quando deveria ser o contrário) por fugir de todo o conceito italiano de fazer automóveis – é mais do mesmo, sem o refinamento dinâmico do Focus, o acabamento e dirigibilidade do Golf ou mesmo a potência do Astra. Já dirigi o Stilo com o falecido motor 1.8 16v, e achei mais ou menos. Vem aí o Bravo, esse sim um legítimo herdeiro da tradição italiana de se fazer automóveis.

A Fiat vem apostando bastante no câmbio Dualogic, a ponto de acreditar que ele pode substituir um automático convencional no Linea, sedã de topo. Será? Veremos então como o câmbio se comporta no Stilo.

Por fim, uma propaganda: este amigo é chef e possui um programa muito interessante de cozinhar para jantares comemorativos. Você quer fazer uma reunião com amigos em casa? Ele pode tanto fazer o jantar para você ou promover uma aula coletive em torno dos pratos do jantar. É muito interessante, vale a pena conhecer o site em www.chefacasa.com.br

Excesso de misturas pode resultar em grandes resultados ou grandes desastres. E talvez fosse esse o objetivo do Stilo Dualogic para a Fiat, uma mistura de conforto com esportividade, uma mistura de acabamento com visual.

Mas você já imaginou um italiano, com cara de alemão, jeito de francês e coração americano?

Bom, isso é o Stilo Dualogic. Uma idéia fantástica num carro nem tão fantástico.

Visualmente cansado, o Stilo precisava agüentar mais algum tempo até a chegada do Bravo. Para isso, um leve face-lift era mais do que suficiente.

Tirando o Abarth, que utiliza o incrível 2.4 5 cilindros do finado Marea, o Stilo sempre foi um veículo sem sal. Pessoalmente o acho bonito, mas sem personalidade.
Anda na média, tem itens de conveniência na média e empolga abaixo da média. Com isso, veio a idéia de colocar um câmbio automatizado para retomar o conceito de novidade do carro. Funcionou? Em partes.

O câmbio é muito interessante. Não tem a suavidade de um automático e precisa de uma pequena adaptação por parte do motorista. Pequenos trancos nas trocas de marcha serão sentidos caso se escolha não aliviar levemente o pé durante a troca (tanto no modo automático quanto no manual).

Por outro lado, a operação no modo manual, utilizando as borboletas no volante (item opcional) é muito divertida. A troca é muito mais rápida que num auto com tiptronic e chamar o giro no meio das curvas sem tirar a mão do volante é fantástico.

No mais, frisos cromados e saídas falsas de escape na traseira (ruim, né?) acabaram por piorar o design cansado do carro. Era muito melhor apenas ter trocado o símbolo dianteiro pelo novo símbolo da Fiat. Aliás, outro item que mudou e ficou feio foram as rodas. Estragaram o design.
A Fiat tentou, mas já é hora de aposentar o Stilo. Não chega a empolgar e custa muito caro. Não vai decolar em vendas e acredito que nem é a idéia da Fiat. Isso foi apnas o ultimo suspiro de um moribundo.

O câmbio Dualogic é muito interessante e pode ser uma opção muito interessante para o Punto e família Palio, pois custa menos que um câmbio automático.
Punto vermelho Ferrari (ou rosso corsa) com o motor 1.9 de 132cv do Linea, câmbio dualogic, rodas 16, ar-digital e teto solar... esse sim poderia emplacar.

Estilo 6 - Masculino e sem personalidade. Bonito, mas cansado. Tá na hora de partir.
Acabamento 7 - Não é um 307 nem um Golf, mas é bom. O material do painel (parte superior) é muito agradável e os bancos têm tecido macio, igual ao do Punto HLX.

Posição de dirigir 6 - Como os carros de teto alto, permite fácil acomodação, auxiliado pelo ajuste de altura e profundidade do volante. Posição de dirigir que até instiga alguma vontade no pé direito.

Instrumentos 8 - Muito bem equipado, com um bom computador de bordo, My car da Fiat, indicador sonoro de velocidade e indicador de marchas. Ótima leitura com iluminação em vermelho (fundo branco).

Itens de conveniência 6 - O carro avaliado era bem completo, com som com mp3 e entrada para iPod com controle no volante, além dos itens básicos (A/C, DH, trio).
Mas o que pesa nesse carro é que quase tudo é opcional, desde o ar digital (que não tinha no avaliado, mas vale os 1.500 reais de investimento) até o som.

Espaço Interno 5 - Razoável. Um Honda Fit é maior, principalmente atrás.

Porta-Malas 7 - Para os hatches médios ele é bom. O acesso é muito simples e permite acomodação fácil.

Motor 7 - O GM 1.8 com o acerto da Fiat impressiona. Com 113 cv e 18,5 m.kgf de torque ele é voluntarioso até as 5000 rpm. Não é muito girador e nem precisa. Em carros mais leves (Punto e Palio) dá para fazer bonito com ele. No Stilo é suficiente.

Desempenho 7 - O peso não ajuda, mas ele vai bem. O acerto do câmbio é bastante voltado para quem tem o pé mais pesado e quando solicitado não envergonha. Vale apenas lembrar que não é uma Ferrari com câmbio no volante.

Câmbio 7 - Já havia guiado o Corsa MTA (exportado para o México) com o mesmo tipo de câmbio que o Stilo, só que da Bosch (o Stilo é Magneti Marelli) e ele era muito pior. Mais trancos e menos agilidade. No Stilo isso foi resolvido parcialmente. Demanda uma adaptação e vale realmente pelo modo manual com as borboletas.

Freios 6 - O carro testado tinha ABS e disco nas 4 rodas. Ou seja, muito eficiente. Mas a versão com tambor atrás e sem ABS deve ser mais “desagradável” para parar.

Suspensão 7 - Sem nenhuma novidade, mas muito bem acertada. Mérito também dos pneus 205/55 R16. Como a rigidez do carro é muito boa, ele apresenta resuldados muito bons de estabilidade.

Segurança passiva 5 - Depende de quanto se quer gastar. Pode ser com tambores atrás e sem ABS nem air-bags ou pode ser com discos nas 4 e 4 air-bags. Vai do bolso.

Custo-benefício 5 - Complicado. Apesar de interessante de guiar, não passa muito disso. Custa caro completo, o que permite a compra de um 307 (2.0 auto).

Comentários

Anônimo disse…
Dá uma olhada no 6000 giros e delicie-se com a equação de Wolfsburg, sobre a atuação da Volkswagen no Brasil.
Anônimo disse…
Amigo nada contra cargo/profissão, mas a sua opnião é inflexisível, o que você diria sobre o I30? Também trata-se de uma salada de frutas do marketing, o Stilo é um carro bom, pode ser maravilhoso comparando com os recursos internos e eletrônicos, e pode ser ruim comparando a estabilidade. Tem que saber separar as classes, precisa melhorar seu texto e objetividade.
Anônimo disse…
Meu caro, Vc tem condição de trocar seu carro todo ano, por isso seu texto é mais voltado para critica do stilo. Na classe média-popular esse carro propicia design, conforto e qualidade num excelente preço. Qdo escrever sobre um carro, lembre-se sempre que ele fica rodando nos solos brasileiros por pelo menos 10 anos. Adorei que ele saiu de linha, pois o preço caiu e vou ter a possibilidade de comprar o meu stilo dualogic...
Amigos,
Que tal um 2008/2009 por 23mil, completíssimo (só não tem o teto solar).
Estou seriamente inclinado a comprar um, de um conhecido, com quilometragem alta, mas por preço de carro chinês (pensem que são 152.000 KM de Rodov. Airton Senna).
Qual a opinião de vcs?
Agradeço a sinceridade!
Abraços,
aleandro disse…
Stilo tem um péssimo custo benefício, apenas cito um entre outros exemplos, Astra 2.0/16v, consome menos q o 1.8/8v do Stilo.

Postagens mais visitadas deste blog

Gol G4 com interior de G3

Teste: Nissan Livina S 1.8 automática

Comparativo: Celta Life 1.0 VHC x Palio 1.0 Fire