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Mostrando postagens de junho, 2003
Frota portenha Passei o feriado de Corpus Christi na Argentina. Entre um “bife de chorizo” e uma “copa de vino”, reparei na frota da capital, Buenos Aires. A crise acabou com os veículos de lá. Há os “sem-crise”: vi Audi A6, Mercedes Sportcoupé, BMW X5 e até um Boxster. Numa linha mais abaixo, mas de pouca presença também, estão Corolla, Civic e Focus. Pouquíssimos Astra e Golf. Mais disseminados estão o Renault 19 e o Peugeot 405, este último em versões tão despojadas que não contam com vidros elétricos ou conta-giros. Somam-se a esses dois uma série de modelos antigos, remendados com durepox, batidos e imundos (aliás, como todo carro de Buenos Aires – acho que lá não se lava carro). Ford Taunus e Sierra, VW 1500 (o nosso Dodge Polara), Renault 11, 12 e 18, Peugeot 505 e o carro mais visto em Buenos Aires: o Peugeot 504. Para quem não conhece, o 504 é antecessor do 505, que é do 405, que é do 406. Portanto, é um carro que está defasado há quatro gerações. É um sedã grande, do po
Felinos gatos Por falar em Jaguar, os britânicos estão acertando a mão nos últimos lançamentos. Além do interessantíssimo “Baby Jag”, aquele 4x4, há os XKR, Coupé e conversível, um primor de desenho, e agora o novo Type-SR com um V8 de mais de 400 cv e belas rodas de 18 pol. Ficou classudo e agressivo. Quem quiser conferir as fotos pode ir até o BCWS, já que eu não sei publicar aqui.
Fumar a caranga Insulfilm virou febre entre os carros de São Paulo, e inclusive eu aderi. É viciante tal qual uma carreira de cocaína ou um salário no quinto dia útil. Uma vez que você experimenta, não fica sem. Hoje em dia eu ando em carros sem filme e me sinto desprotegido, quase nu. Quando estaciono um carro desses na rua, acho o interior totalmente exposto e vulnerável. Na estrada, viajando com aquele sol forte, os braços do motorista não ficam mais em carne viva por conta da exposição – e inclusive diminui o efeito “irmão caminhoneiro”, quando o braço esquerdo é bem mais queimado que o direito. Filmar o carro virou moda em todas as classes, e lembro que no início a única diferenciação possível era se um carro tinha filme ou não. Hoje já existem diversos tipos de películas, que acabam determinando se o carro ficou elegante. Na minha opinião, filmes muito escuros (G5 ou aplicação de películas duplas) só ficam bem em carros muito caros (Mercedes, BMW, Jaguar, onde a usual blinda
Super Compacto, do Balão Mágico Estou um tanto quanto descrente nesta nova leva de “Super Compactos Premium” a assolar o mercado. Uma coisa é você revolucionar o seu segmento de mercado com um acabamento interno diferenciado e atenção nos mínimos detalhes (VW Golf em 99, GM Vectra em 96, Fiat Tempra em 92). Outra coisa é você usar uma suposta superioridade construtiva como argumento para mascarar problemas em outros segmentos, como porte e motorização (numa linha contrária, o Marea disfarça seu chassi antigo e apertado de Tempra com os melhores motores disponíveis no Brasil). O VW Polo foi o primeiro, criando uma linha artificial de compactos premium. Resultado? Quem podia comprar um Golf hoje não pode mais. O preço do 1.6 subiu de R$ 32 mil para R$ 37 mil, sem que o carro tenha melhorado. Nessa linha, o VW Polo também é caro, por conta da “construção superior”, e o Gol, no rebolo, continua caro. É interessante pensar que o novo presidente da VW, Paul Fleming, tenha justamente com
Ford mania Nos tempos áureos da Autolatina, eu lembro de ter lido uma matéria sobre o Versailles Ghia, e o texto começava com: “Se você é Ford Futebol Clube e estava decepcionado com a falta de modelos de luxo desde o Landau...” E depois fazia uma série de elogios que o Versailles não merecia. Eu não sou, nem nunca fui “Ford FC”. Comecei a gostar de carros justamente na época da Autolatina, quando, a grosso modo, os Ford se tornaram uns VW mal feitos – donde se explica os parcos 7% de mercado que a montadora norte-americana chegou em 1995. Mas eles decidiram ganhar terreno e, para isso, acabaram montando uma gama de veículos bem completa e interessante, mas que falha num ponto vital: os carros abaixo de R$ 20 mil. O novo Fiesta é um ótimo carro e vende bem, o EcoSport tem 70 dias de espera nas concessionárias, o Focus está bem situado na corrida dos médios, a Ranger é uma picape muito melhor do que a S10. O problema é que Fiesta Street (sedan inclusive) e Ka não têm a mesma aceita