Vai o Vectra


Morre o Vectra. O último foi produzido na sexta-feira, 24 de junho de 2005, e a próxima geração nacional deve começar a sair do forno daqui três meses. É o tempo de se esvaziar os estoques e começar a criar expectativa para o novo carro – aliás, lindo, conforme vocês podem conferir na foto que talvez eu tenha conseguido colocar.

Eu admiro bons projetos. Eu gosto muito de talento, e alguns carros passam exatamente isso: o talento da equipe que o projetou, seja em termos de design, engenharia, ou os dois. Nitidamente, ambos estavam inspirados quando criaram a geração do Vectra que agora se despede de nós. A começar pelo design: o carro é lindo e nem parece um desenho de nove anos atrás. Mecanicamente ele sofreu na mão de motores que não lhe faziam jus, evoluções do mesmo usado no Monza. Melhorou quando ele foi equipado com os motores 2.2, tanto o de 8 válvulas e um excelente torque, quanto o mais moderno e de bom desempenho 2.2 16v. Ainda assim, nenhum deles fazia juz ao 2.0 16v de 150 cv do primeiro Vectra GSi...

Internamente, o Vectra sempre foi um carro muito bem acabado e de excelente posição de dirigir, ótima resposta dos comandos, ergonomia e uma sensacional suspensão traseira multilink que permitia que o carro fosse confortável e muito bom de curvas.

Pecados haviam, porém poucos: o excesso de quadradinhos no painel que pareciam desalinhar; o câmbio poderia ser melhor (tanto o manual quanto o automático); as rodas de liga leve alternavam desenhos lindos (Challenge, Premium Sound, primeiro CD) com horríveis (primeiro e último GLS), o espaço interno que não condizia com o porte do carro e ainda os retrovisores externos, muito pequenos e de formato estranho.

O Vectra foi um dos primeiros carros a desembarcar por aqui quase ao mesmo tempo que na Europa e, por muito tempo, foi sinônimo de status e elegância. Em breve, assim como seu “primo” Omega, vai fazer a festa da periferia. Pois que tenha vida longa!

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