GM Blazer DLX 2.4

Nesse final de semana pude guiar um dos carros mais anacrônicos da produção nacional: a Blazer. E como desgraça pouca é bobagem, não guiei uma das novas turbodiesel, nem uma das divertidas V6, mas sim uma 2.4 a gasolina.

Eu tenho um amigo, outro entusiasta, que cerat vez me disse: “por mais que eu tente gostar da Blazer, eu não consigo. Já me imaginei como pai de família, dois filhos pequenos, com idas freqüentes a um sítio... Nem assim eu teria uma Blazer.” Bom, nem eu. Teria uma Frontier ou uma Ranger cabine dupla, ou se precisasse de um compartimento fechado de bagagem, teria um Eco 4WD ou uma Hilux.

Um pouco dessa aversão à Blazer é, sim, motivo pessoal. Eu gosto de carro que sejam bem resolvidos mecânica e tecnologicamente. Carros que tragam para seu segmento conceitos avançados da indústria automobilística. Pode ser o acabamento do Golf/206, a suspensão multilink do Focus/Vectra, os opcionais do Stilo. A Blazer não agrega em absolutamente nada – ela segue o conceito antiquado de se fazer SUV nos Estados Unidos. Suspensão traseira com eixo rígido, muito mole e com excessiva inclinação da carroceria, tanto em curvas quanto aceleração e frenagem. Um espaço interno que não faz jus ao tamanho do carro. Isso cria uma sensação das mais estranhas: impressão de velocidade. Acelerando e esticando as marchas, quando você joga terceira na Blazer, parece que vai decolar. O ponteiro marca 50 km/h. Demais, né?

Uma vez colocado na cabeça que aquele é um carro diferente, é divertido guiar a Blazer, como é divertido guiar qualquer coisa que tenha mais de 1,5t. A direção muito mole é uma diversão nas manobras. A tração traseira também, ainda mais em pisos com pouca aderência, onde ela patina por falta de peso. Os pedais são leves, em se considertando o porte do carro, e o câmbio, de curso longo, tem engates precisos.

Grande senão, além da estabilidade, para os freios. Alguém põe freio naquela porcaria! As rodas travam muito facilmente e parecem que não vão reduzir a velocidade do carro. Dá até medo de acelerar depois, ainda mais levando-se em conta a inclinação da carroceria nas curvas.

Outro grande não para a ergonomia. A Blazer não tem nenhum comando que lembre o de um carro normal; talvez a seta e a buzina. O pára-brisa dica junto da alavanca das luzes de direção, à esquerda. è um comando giratório que vai da graduação do temporizados (isso é bom) até as velocidades normais. O conjunto lanterna e farol baixo é acionado por um botão de apertar, parecido com os da família BX quadrada. A luz interna pode ser acendida por um botão muito bizarro que tem três posições: 1 – tudo apagado; 2 – luzes do painel (velocímetro); 3 – luzes do painel e luz interna. Vai entender...

De fato, eu nunca compraria uma Blazer com grana do meu bolso. Mas se eu ganhasse uma, é capaz que ficasse com ela por algum tempo. É tosca, sim, mas carrega um bocado de diversão como único SUV nacional.

Comentários

Unknown disse…
TU QUESTIONA MECANICA DA BLAZER E SITA;-206 E STILO?TU SÓ PODE ESTAR NA FILA DE MUDANÇA DE SEXO!COMPRA UM C3 QUE É TUA CARA E COLA NO VIDRO VIDA LOKA!

ELIESER SARMENTO.

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