Nóis capota mais num breca
A primeira coisa que faz um carro andar muito é o freio. É bizarro, mas é verdade. Um carro com um motorzão mas sem freio e estabilidade, acaba tolhendo a sua vontade de dirigi-lo rapidamente. Você sabe que, na reta, vai ser uma delícia, mas vai ficar tão frustrado ao ter que começar a parar um quilômetro antes da curva, que prefere nem andar rápido. Fora o risco do fading acabar com os freios.
Por sua vez, se o seu carro for estável e freiar bem, você vai querer levá-lo ao limite mais vezes. Pois vai sentir a força da gravidade atuando nas curvas e nas freiadas, e sabe que o freio está lá caso o mané do Gol bolinha 96 resolva te fechar no meio da Marginal Pinheiros (baseado em fatos reais).
Tem pai de amigo meu que não liga pra airbag, mas não compra carro sem ABS. ABS é maravilhoso, mas não fundamental – um sistema de freios bem projetados dá conta do recado. O Golf, por exemplo, é um dos carros que freiam melhor, mesmo sem ABS. Todos têm disco nas 4 rodas e rodas grandes. Dirija um e tente travar as rodas – a freada tem que ser muito brutal. Já um Corolla, com a mesma configuração de disco nas 4 rodas e pneus largos, freia mal. Questão de projeto.
Estabilidade também é tudo. Um amigo conta de um racha subindo a estrada que vai para Campso do Jordão. Eu já citei essa estrada quando elegi o melhor carro para SP. É uma subida com muitas curvas, mas não uma estupidez como a estrada dos Tamoios, em que você é obrigado a fazer as curvas a 40 km/h ou seu carro capota. Na serra de Campos as curvas são mais suaves e gostosas de fazer com o pé embaixo. Enfim, o racha envolvia um Fiesta Zetec 1.4 16v e um Mercedes A 160. Nas retas, o Fiesta abria, em especial graças ao câmio curto e ao baixo peso do carro. Nas curvas, mesmo sendo o Fiesta um carro notoriamente bem certado de suspensão, o Classe A chegava junto, graças à interferência do sensor de estabilidade, que permite ao carro chegar no limite – aliado aos excelentes freios, coisa que o Fiesta não tinha. Experimente colocar uma Palio Weekend 1.8, com 103 cavalos mas com freio e estabilidade precários, ao lado de um Ka Rocam 1.0, de 65 cavalos mas um capeta nas curvas. O pega é muito interessante.
Demorei, mas voltei. Por quanto tempo? Não faço idéia. Enquanto isso, FELIZ ANO NOVO pra todos!
A primeira coisa que faz um carro andar muito é o freio. É bizarro, mas é verdade. Um carro com um motorzão mas sem freio e estabilidade, acaba tolhendo a sua vontade de dirigi-lo rapidamente. Você sabe que, na reta, vai ser uma delícia, mas vai ficar tão frustrado ao ter que começar a parar um quilômetro antes da curva, que prefere nem andar rápido. Fora o risco do fading acabar com os freios.
Por sua vez, se o seu carro for estável e freiar bem, você vai querer levá-lo ao limite mais vezes. Pois vai sentir a força da gravidade atuando nas curvas e nas freiadas, e sabe que o freio está lá caso o mané do Gol bolinha 96 resolva te fechar no meio da Marginal Pinheiros (baseado em fatos reais).
Tem pai de amigo meu que não liga pra airbag, mas não compra carro sem ABS. ABS é maravilhoso, mas não fundamental – um sistema de freios bem projetados dá conta do recado. O Golf, por exemplo, é um dos carros que freiam melhor, mesmo sem ABS. Todos têm disco nas 4 rodas e rodas grandes. Dirija um e tente travar as rodas – a freada tem que ser muito brutal. Já um Corolla, com a mesma configuração de disco nas 4 rodas e pneus largos, freia mal. Questão de projeto.
Estabilidade também é tudo. Um amigo conta de um racha subindo a estrada que vai para Campso do Jordão. Eu já citei essa estrada quando elegi o melhor carro para SP. É uma subida com muitas curvas, mas não uma estupidez como a estrada dos Tamoios, em que você é obrigado a fazer as curvas a 40 km/h ou seu carro capota. Na serra de Campos as curvas são mais suaves e gostosas de fazer com o pé embaixo. Enfim, o racha envolvia um Fiesta Zetec 1.4 16v e um Mercedes A 160. Nas retas, o Fiesta abria, em especial graças ao câmio curto e ao baixo peso do carro. Nas curvas, mesmo sendo o Fiesta um carro notoriamente bem certado de suspensão, o Classe A chegava junto, graças à interferência do sensor de estabilidade, que permite ao carro chegar no limite – aliado aos excelentes freios, coisa que o Fiesta não tinha. Experimente colocar uma Palio Weekend 1.8, com 103 cavalos mas com freio e estabilidade precários, ao lado de um Ka Rocam 1.0, de 65 cavalos mas um capeta nas curvas. O pega é muito interessante.
Demorei, mas voltei. Por quanto tempo? Não faço idéia. Enquanto isso, FELIZ ANO NOVO pra todos!
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