Equipamentos - o que é bacana? Parte 1

O recente editorial do Best Cars Web Site antecipou algo que já pensávamos em comentar aqui há algum tempo: dentre os vários equipamentos novos disponíveis em cada vez mais carros, quais os que realmente valem a pena?

Vamos começar pela lista do Best Cars:

Abertura e fechamento de vidros a distância – Temos o hábito de conferir se todos os vidros estão fechados antes de fechar o carro, portanto o comportamento padrão é fechar tudo antes de desligar o carro. Mas não deixa de ser útil, em caso de esquecimento. Abrir também é bom, antes de entrar no carro em dias quentes, mas a verdade é que o refresco que vem dessa ação é bem pouco.

Acesso ao interior sem uso de chave – Nada contra o acesso, embora se estamos com as mãos tão ocupadas que não posso apertar um botão na chave, como vamos abrir a porta? O problema aqui é confiar que o carro vai trancar sozinho quando você se afasta dele; e mesmo que tranque, quanto tempo leva? Aqui preferimos abrir e fechar pelo botão da chave mesmo.

Articulações pantográficas – Uma pena estarem acabando, pois separar espaço no porta-malas para os pescoços de ganso é algo que não deveria mais acontecer. Mesmo os que preveem espaço para isso acabam perdendo capacidade total.

Comandos de marchas no volante – Deveriam ser obrigatórios em todos os carros automáticos e automatizados. Tornam o trocar de marchas prazeroso e simples. É importante lembrar que motoristas de carros automáticos tendem a deixar a alavanca em D e manter as mãos no volante, portanto aquele raciocínio automático de “preciso de potência, vou reduzir uma marcha” que o motorista de um carro manual tem acaba se perdendo. Colocar a redução de marchas ao alcance das mãos é ótimo, pensando que estes motoristas perderam o hábito de acessar a alavanca de câmbio com frequência.

Controlador de velocidade – Cada vez mais difícil de usar, pois as estradas estão cada vez mais cheias, mas sem dúvida faz falta em trechos mais calmos. Ficar com o pé no acelerador o tempo todo realmente não faz sentido. Vale mencionar aqui o controle adaptativo, que mantém a distância do carro da frente; ainda não testamos, mas quem dirigiu diz que muda tudo.

Freio de estacionamento elétrico – Não testamos, mas podemos adiantar que siginificam o fim do cavalo-de-pau.

Bluetooth – Indispensável. Não dá pra entender posturas como a da Honda, que o reserva somente para as versões de topo. A integração entre smartphones, cada vez mais computadores pessoais móveis, e o carro é caminho sem volta.

Monitor de pressão de pneus – Não testamos, mas faz sentido. Só gostaríamos de algo mais sensível, não uma luz vermelha no painel indicando que o pneu está com 5 psi (algo que dá pra ver tranquilamente pelo lado de fora do carro). Algo que indicasse 5 psi abaixo da pressão ideal, para que pudéssemos já calibrar. E dois comentários: primeiro, que tirar a tampinha pra calibrar o pneu é pré-histórico; há anos existem tampas com aberturas nas quais pode-se encaixar diretamente o aplicador. E em segundo, não é possível num mundo que manda sondas para marte não existir um pneu que não perca ar.

Navegador – De maneira geral faz sentido, mas seria muito mais útil se tivesse Waze embutido, com os alertas de tráfego. Pois a enorme maioria dos trajetos feitos são entre pontos conhecidos, e o que faz a diferença é fugir do trânsito.

Para-brisa com faixa degradê – Que paranoia do BS/AE com isso não? Não faz falta nenhuma. Um bom óculos escuro é mais útil em mais situações.

Porta-luvas refrigerado – Útil na teoria. Na prática, qual porta-luvas que tem espaço para guardar bebidas? No máximo uma latinha. E depois, o quanto vai refrescar mesmo? Vai levar duas horas para qualquer coisa. Não faz falta. Pode ser substituído com folgas por porta-copos à frente das saídas de ar-condicionado, como no Fit e Outlander antigos.

Sensores de estacionamento – Outros indispensáveis. Obviamente, quanto maior o carro, mais importantes. Inclusive na frente. O problema está em se confiar demais no sistema – olhar ainda é a melhor prevenção.

Teto solar – Como colocado no editorial, não dá pra usar totalmente aberto durante o dia devido ao sol – e também pelo medo de assaltos, ou de alguém vá jogar alguma coisa ali dentro (sabemos de um relato que um passageiro de um ônibus jogou uma casca de mexerica dentro de um carro com o teto aberto). Mas é gostoso abrir à noite, em trajetos seguros. Mais útil ainda é usá-lo basculado, para troca de ar, ou então abrir só o forro, para um interior mais arejado ou então olhar as luzes da cidade sob nova perspectiva. Fundamental, ainda, é um forro bem fechado para não deixar entrar uma nesga de sol quando não se quiser.


Ventilação nos bancos – Nunca testamos, mas parece ser algo muito útil nas temperaturas altas comuns no Brasil, ainda mais com bancos de couro.

Comentários

Marcelo disse…
Tenho quase tudo isso aí num Golf DSG Elegance + teto. E vale cada centavo pago.

Você mencionou um que não tenho no meu mas testei num Fusion: o controlador de velocidade adaptativo. Simplesmente excelente. Coloca-se a velocidade permitida na estrada(eu uso muito Dutra e Carvalho Pinto/Ayrton Senna) e esquece-se de tudo. Ele funciona muito bem, pelo menos o do Fusion. Diminui a velocidade até bem pouca coisa e basta sair de trás de quem está te segurando pra retomar sozinho. Show de bola.

Aliás, fica a dica: tente arrumar um Fusion Titanium pra teste. Se você achava o antigo acima da média, esse novo está sensacional.

Quanto às borboletas no volante, um dos motivos de eu ter ficado com o Golf em vez do Focus Titanium foi esse, entre outros também (acabamento, câmbio, motor). E um teste com esses dois seria legal também.

Um abraço,
Marcelo Schwan
Anônimo disse…
dub, estou entre um corolla 2004 (modelo brad pitt) ou modelo 2009. vou comprar um carro usado. o mais importante para mim é espaço interno e suspensão a mais macia de todos. estou querendo a versão seg que é a mais completa e pouca coisa mais cara. estou com receio de fazer a escolha errada entre esses modelos, uma coisa defini vai ser um toyota. abs arthur

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