Queremos melhores condições


A Hyundai decidiu trazer o Veloster ao Brasil. O cupê vem com motor 1.6 16v de alta potência específica – 145 cv e um pacote completo de equipamentos (veja abaixo) pelo preço sugerido de R$ 63 mil ou R$ 66 mil com teto.

Muito mais do que dizer se o carro é bom ou não, cabe mais uma vez tirar o chapéu para a Hyundai. É impressionante como as montadoras tradicionais são uns paquidermes, tocadas por uns energúmenos, imbecis preocupados unca e exclusivamente com as vendas do próximo trimestre.

O motivo da revolta é simples: é só dar uma olhada nos catálogos das montadoras lá fora para entender como poderíamos receber, via importação, uma série de carros muito interessantes e que ficamos a ver navios. A Argentina, essa potência econômica, recebe o Corvette importado oficialmente pela GM. A Fiat tem na Itália o Panda, um ótimo carro na faixa dos compactos.

A Ford e a VW têm uma prateleira cheia de carros desejáveis para trazer. Um concorrente direto do Veloster seria o VW Scirocco, cupê magnífico derivado do Golf europeu. E o Golf plus, minivan excelente para concorrer com Meriva, Idea, Zafira e quetais? Nessa linha a Ford também tem um ótimo veículo, a C-Max, derivada do Focus. E por falar nele, que tal a Focus SW, perua bem desejável. Sem falar, é claro, na linha Mondeo, provavelmente o carro de grande volume mais bonito do mundo hoje, nas versões sedã e perua.


Não que adiante trazer os carros e cobrar o olho da cara por eles – a VW tentou com o conversível Eos, que não foi para frente. Carro conversível no Brasil é complicado, ainda mais custando R$ 120 mil. Precisava custar tudo isso mesmo?

A Hyundai vende o Veloster no Reino Unido, com o mesmo pacote de opcionais válido para o Brasil, por 16 mil libras. No mesmo país, a VW oferece o Scirocco 1.4 turbo, com 122 cv, por R$ 19.845 libras. É uma diferença de 4 mil libras, ou cerca de 10 mil reais. Não poderíamos ter um Scirocco aqui por R$ 70 mil? E isso lembrando que a Hyundai no Brasil se vê como marca de elite e agora cobra caro pelos seus carros - os preços poderiam ser ainda menores.

Sobre o Veloster:

Produzido na Coreia, 3 portas, motor 16 válvulas com CVVT (Comando de Válvulas Variável), a gasolina, 4 cilindros, aspiração natural, injeção eletrônica MPFI, cabeçotes em alumínio, tração dianteira 4x2, tanque de 73 litros, volume do porta-malas de 470 litros e capacidade para 5 passageiros. Transmissão automática de 6 velocidades . Com 5 Anos de garantia.

Direção Hidráulica Progressiva
Sensor de fárol automatico
Sistema de ignição keyless c/sensor de proximidade e botão start
Bluetooth
Camera de ré
Direção,manopla e freio de couro
Sensor de estacionamento
Câmbio Automático (sistema de pro-drive)
Ar Condicionado Automático Dual Zone
Vidros e travas elétricas dianteiros e traseiros
Retrovisores retrateis
Tampão
8 Air Bags
Banco de couro
Freio ABS
Piloto Automático e Controle de som no Volante
Rodas de liga leve 17"
Teto solar(panorâmico)
Pedais de aluminio
Faróis de Neblina
Entrada USB e Auxiliar
Cd Player MP3
Ajuste dos Bancos Elétricos do motorista
Porta Óculos, Porta Objetos, Porta Copos e Tomadas Extras 12V
Capacidade para 5 passageiros
Suporte Lombar

R$63.000,00 s/teto(2011/2012)
R$66.000,00 c/teto(2011/2012)

CORES DISPONÍVEIS: PRETO E PRATA

Comentários

Anônimo disse…
Po, q carrinho interessante cara, deu até vontade de ter um Hyundai.
Se a CAOA não fizer o favor de estragar ele, vai ser uma bela opção. 1.6 de 145 cv deve ser bem nervoso
Anônimo disse…
Muito bem colocado, Dub.
Só espero que, além da Caoa não estragar, o "ilustre Rei" consumidor brasileiro, saiba protestar junto as outras montadoras?fabricas, não comprando certas latas-velhas que são vendidas como a "ultima novidade". Então, Ford e VW abram os olhos e mexam-se!!!
Raphael Ramos disse…
Eu penso da mesma forma: Porque as montadoras não ampliam o porrifólio ou porque elas ignoram alguns nichos?

Por outro lado temos aquela situação abordada em outro tópico de alguns bons produtos que não vendem bem. Amarok, Fluence e outros.

Será que o nosso mercado sabe valorizar bons produtos? O que explica a GM usar o mesmo motor em 90% dos seu carros há 3 décadas?

Penso que temos o paradoxo do ovo e da galinha: Quem nasceu primeiro?
Um consumidor que não percebe valor ou um fornecedor mal acostumado e preguiçoso?

Responder a esta pergunta não é fácil haja visto o sucesso do Corolla por aqui. Um excelente produto que tem boas vendas apesar de ser caro, é reconhecido como um carro robusto e bom de revenda. Outros sucessos como o saudoso Scenic, que já tive e me surpeende até hoje, aumentam a bagunça. O que o consumidor quer? O que a grande maioria, que não tem tanta informação e nem curiosidade, quer?

Nas reuniões das equipes das montadoras que decidem o que vai ou não vai deve ser uma confusão. Imaginem a frustração da equipe que desenvolveu a Amarok.
Dubstyle disse…
Oi Raphael,

Talvez no caso da Amarok a explicação não seja difícil. A VW não tem tradição em picapes grandes e lançou a Amarok somente com câmbio manual - duas falhas graves.

Mas tem razão em relação a muitos carros ótimos que não emplacam - Mégane, Fluence, Focus.
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Anônimo disse…
Eu sempre quis ter um carro assim! nao dessa cor, mas aceitaria igualmente!
Combina muito bem com os meus oculos absurda que acabei de comprar :)

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