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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Ponto de saturação

Será lançado em breve nos EUA o novo Sonata, a aposta da Hyundai no segmento médio daquele país. Concorrerá com Accord, Camry, Malibu... e o nosso Ford Fusion. Na linha de produtos coreana, o Sonata ocupa justamente o lugar entre o i30 e o Azera, um carro de maior porta que deveria competir originalmente com os alemães de entrada (BMW série 3, Mercedes classe C). Hoje, a briga entre Azera e Fusion chega a ser covarde. O Azera é ao menos tão grande quanto, é mais equipado e oferece motor V6 por R$ 10 mil a MENOS que o Fusion de 4 cilindros. O Fusion V6, que briga razoavelmente em pé de igualdade, é R$ 30 mil mais caro. Muita coisa. No segmento médio, onde o i30 não tem uma vantagem de preço significativa frente a seus rivais, a coisa muda de figura. Infelizmente ainda convivemos com dinossauros como Golf 4,5, Stilo e Astra. No entanto, um embate entre i30, Focus e C4 é bastante parelho, e em comparativos realizados por revistas especializadas o Ford e o Citroën ficaram à frente do corea...

Recall do capitalismo

Eu sei quais os motivos dessa quantidade enorme de recalls de diversas montadoras. A origem de tudo é o próprio sistema econômico no qual elas estão inseridas: o capitalismo selvagem. Isso aqui não é um ranço comunista. Um blog entusiasta por automóveis não pode defender nunca coisas como Lada Laika e Zaporozhets, pelo menos não como a totalidade da frota. O capitalismo vai bem, obrigado, mas não em sua variação selvagem. Esta selvageria impõe o seguinte: lucro máximo, sempre. Tudo o que puder ser feito em prol do lucro máximo será feito. E aí você vê as empresas tirando os notebooks dos gerentes que, através de uma análise feita por TI, trabalham sempre no mesmo lugar e, portanto, não precisam de um computador móvel. Ignorando, claro, o efeito nefasto que isso tem na relação deste gerente com o trabalho. Outros lucros máximos envolvem oferecer o mínimo plano de saúde possível, e pedir para os funcionários arcarem caso queiram ter um atendimento minimamente civilizado. E, um clássico d...

Os poucos e bons projetos

A qualidade de um parque automobilístico é diretamente proporcional à quantidade de lançamentos de bons carros que acontecem no país. Para ficarmos no exemplo americano, as grandes de Detroit simplesmente desaprenderam a fazer carros a partir da segunda metade da década de 70, e ficaram mais de dez anos produzindo veículos horripilantes, com motores antigos, pouca potência e muito consumo, e um comportamento dinâmico digno de um queijo. Foi bem nesse período que as montadoras japonesas e alemãs se estabeleceram no mercado nos EUA, oferecendo produtos muito melhores, carros realmente novos e bons. De maneira geral, um carro novo pode seguir dois conceitos: o da excelência ou o do conformismo. Um bom exemplo de excelência é o McLaren F1, um carro no início dos anos 90 que é respeitado ainda hoje pelos aficionados em velocidade. Ele não tinha compromissos: tudo ali era voltado ao desempenho máximo. O cofre do motor era revestido com ouro, mas não para ficar bonito; ouro é o metal que melh...

Aos de estômago forte

Direto do Carplace: A Honda lança no México o novo City. O sedan brasileiro, produzido na fábrica da Honda localizada em Sumaré – SP, chega ao mercado mexicano com apenas duas importantes diferenças: a primeira é a entrega mais equipamentos desde a versão de entrada e a segunda é o preço equivalente a menos da metade do cobrado no Brasil. No México, todas as versões são equipadas com freios à disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar condicionado além dos vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo que equipa a versão vendida no Brasil, ou seja, um 1.5 litro que entrega 116 cv de potência. Por lá, a versão de entrada será oferecida por 197 mil pesos mexicanos, o que equivale a cerca de R$ 25.800. No Brasil, o City LX com câmbio manual (versão de entrada) que não conta com freios ABS, tem preço sugerido de R$ 56.210. ----------------------- Juro que nessas horas dá vontade de apoiar quem sonega imposto. Governo inútil.

Dr. Goebbels

Da coluna do Fernando Calmon no Webmotors: GRUPO Caoa/Hyundai surgiu, em 2009, como maior anunciante da indústria automobilística e quinto no ranking geral do Ibope Ratings. Além de superar a Fiat, gastou 53% a mais em publicidade que a Volkswagen. Algo surpreendente para uma empresa detentora de apenas 2,4% de participação de mercado, contra aproximadamente 24% de cada uma das duas maiores.